Governo de Honduras quer que Brasil entregue ZelayaForças Armada hondurenhas, tiram manifestantes das ruas próximas a embaixada brasileira em violento confonto
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Fontes: G1
, La Tribuna
,
El Heraldo,
La Prensa,
EstadãoMilitares hondurenhos usaram força na manhã desta terça-feira (22) para expulsar os manifestantes pró-Manuel Zelaya que cercavam a Embaixada do Brasil, na capital, Tegucigalpa, e cercaram o prédio.
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Soldados e policiais com rostos cobertos chegaram ao local às 6h locais (9h de Brasília) e lançaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra a multidão, além de enfrentar os manifestantes com bastões. Os manifestantes estavam armados com paus e pedras, segundo testemunhas. As cerca de 4.000 pessoas que estavam no local se dispersaram.
O jornal El Heraldo comenta, que a outrora pacífica região de Palmira em Tegucigalpa, transformou-se numa praça de guerra.
O porta-voz da polícia, Orlin Cerrato, disse que os agentes tiveram que usar "níveis de força adequados" e que os manifestantes continuam nas imediações.
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Segundo testemunhas, os militares ligaram um sistema de alto-falantes, viraram-no contra o prédio da embaixada e começaram a tocar o hino de Honduras em volume exagerado.
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Foi cortada a luz, a água e o telefone da embaixada, que tem energia elétrica precária graças a um gerador. O próprio Zelaya disse à agência France Press que acredita que a polícia está preparando um ataque ao prédio.
O governo estendeu o toque de recolher para todo o dia de hoje, para evitar manifestações e fechou todos os aeroportos do país. Ao que parece o presidente Roberto Micheletti não está disposto a negociar.
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A multidão se abrigando dos efeito do gás lacrimogêneo enquanto outro grupo enfrenta a políciaFoto: El Heraldo
Dezenas de veículos foram incendiados pelos manifestantes
Há relatos de inúmeros feridos, e até de um morto, mas sem confirmação oficial. Também há informações que um grande número de seguidores de Zelaya estão saindo de outras regiões do país em direção a Tegucigalpa, mas estão sendo impedidos de prosseguir, pelas forças armadas.
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O presidente de Honduras, Roberto Micheletti, pede que o Brasil entregue Zelaya
O Presidente de Honduras, Roberto Micheletti, pediu nesta segunda-feira ao Brasil para entregar o deposto Manuel Zelaya, que voltou secretamente para Honduras e está na embaixada brasileira, para ser levado à justiça.
"Eu apelo ao governo brasileiro o respeito da ordem judicial emitida contra o Sr. Zelaya entregando-o à autoridade competente de Honduras", disse num pronunciamento pelo rádio e televisão.
"O Estado de Honduras está empenhada em respeitar os direitos do Sr. Zelaya ao devido processo legal", disse Micheletti.
Por outro lado, oficialmente o Ministerio hondurenho de Relações Exteriores enviou uma nota de protesto à embaixada brasileira por albergar o deposto presidente, Manuel Zelaya, em sua embaixada em Tegucigalpa, responsabilizando o Brasil, "pelos atos violentos que possam acontecer adiante, dentro e fora da representação diplomática brasileira".
Na verdade o governo hondurenho está protestando o fato de Zelaya está usando a embaixada brasileira, como base revolucionária.
A nota lembra que “o senhor José Manuel Zelaya Rosales, é fugitivo da Justiça hondurenha", e que entrou de forma irregular no país.
Por convenção internacional o governo hondurenho não pode invadir a embaixada brasileira para prender Zelaya, pois o edifício da representação diplomática é território brasileiro e o presidente deposto está protegido como uma espécie de refugiado.
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Zelaya usando a sacada da embaixada brasileira para conclamar a multidão, um desreispeito às convenções internacionais
Mas também não é permitido que de dentro da embaixada o refugiado faça discursos políticos, muito menos tentando sublevar a ordem pública.
Manuel Zelaya espera desfrutar das garantias que lhe dão o direito internacional, mas se sente dispensado de cumprir a sua parte. Por enquanto o governo brasileiro está sendo conivente com o comportamento irregular do seu hóspede.
O Governo do Micheletti está dizendo, que se as coisas continuarem assim, sentem-se descompromissados com as convenções devido a “ingerência nos assuntos privativos dos hondurenhos”, pelo governo brasileiro.
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No momento, Zelaya está isolado dentro da embaixada e seus seguidores são mantidos a distância pelas forças armadas.
Há um risco altíssimo de um desfecho trágico, como muitas mortes, e o Brasil está envolvido nisso até o pescoço.
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