16 de set. de 2009

Senado pagou assessor de Renan na Austrália

Senado pagou assessor de Renan na Austrália
O senador alagoano diz que não liga para freqüência de funcionário, pois não é porteiro do Senado e fez uma chantagenzinha para não perder a viagem

Foto: Valter Campanato/ABr

Renan, lixando-se para a opinião pública

Fontes: Agência Senado, G1

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), há pouco absolvido no Conselho de Ética por autorizar um assessor a estudar no exterior à custa do Senado, acusou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de ter autorizado, quando presidente da Casa, o então funcionário Rui Palmeira a estudar no exterior sem interromper o pagamento de salários.

Rui é filho de Guilherme Palmeira, ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Atualmente deputado estadual, em entrevista ao blog do jornalista Fábio Pannunzio, Rui contou que, entre dezembro de 2005 e março de 2006, fez um curso de inglês na Austrália - com os salários mantidos -, sob a ciência de Renan Calheiros.

Renan se recusou a entrar em detalhes. Irritado, afirmou apenas que não é responsável pela frequência dos funcionários.

"Não compete a nenhum senador tratar aqui de frequência de funcionários. Pelo amor de Deus! Eu nunca cuidei disso e nunca vou cuidar", afirmou o peemedebista, dizendo que não é porteiro do Senado.

"Não tenho nada a responder sobre essa questão, nada, absolutamente nada.” E acrescentou considerar resolvida a discussão sobre cursos de servidores. Conforme o parlamentar alagoano, isso ficou patente quando recomendou à bancada do PMDB que votasse pelo arquivamento de representação contra Virgílio no Conselho de Ética. A opinião pública talvez ainda não tenha ficado satisfeita.

Para garantir sua absolvição de ter permitido que o servidor de seu gabinete, Carlos Alberto Andrade Nina Neto, ficar 18 meses fazendo um curso de teatro na Espanha sem deixar de receber seus vencimentos pelo Senado, o senador Arthur Virgílio, teve de devolver R$ 210 mil aos cofres da Casa.

O senador Renan Calheiros aparentemente quer resolver a questão com uma frase:

- Não quero aqui delongar uma discussão que ninguém mais agüenta nesta Casa - disse concluindo.

Antes, porém, para mostrar que ainda tem bala na agulha, Renan mencionou uma situação considerada mais grave. Sem citar o nome do senador responsável, relatou o caso de um servidor que ficou preso por dois anos e não deixou de receber salário do Senado.

A curiosidade agora é descobri quem é o senador protetor do funcionário preso.


Um comentário:

Anônimo disse...

O funcionário público, preso, seria Givon Siqueira Machado Filho, técnico legislativo que ocupa cargo de confiança no gabinete do senador Cícero Lucena (PMDB-PB)?

Preso na Operação Bruxelas ?

O funcionário, que já ocupou a mesma função nos gabinetes do senador Sibá Machado (PT-AC) e do então senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO)

http://www.boonic.com.br/noticiasbr/1051118.php