Honduras marcha para eleger novo presidente
Os americanos e alguns países latinos inclusive o Brasil, dizem que não reconhecerão o resultado da eleição, embora outros acreditam que só essa nova eleição, poderá solucionar o impasse depois da deposição de Manuel Zelaya
Foto: Getty Images
Manuel Zelay, o presidente deposto, completa 57 anos nesse domingo, quando saía do Departamento de Estado Americano em Washington
Fontes: Ansa Latina , Estadão, G1, O Globo, El Heraldo
Ninguém mais se lembra de Manuel Zelaya o presidente de Honduras que foi posto para fora do governo, vestido de pijamas, por ter ido pela cabeça de Hugo Chávez e tentado fazer um plebiscito, considerado ilegal, pela Suprema Corte e pelo parlamento.
O cowboy latino americano completará 57 anos no próximo domingo, e ameaça voltar ao país, mais uma vez, antes do fim de setembro. Seus partidários preparam manifestações para comemorar o seu aniversário, e há quem diga que será nesse domingo o seu retorno ao país. Foto: AP
Zelaya, pediu de sua base política, na vizinha Manágua, que seus partidários que não participem do processo eleitoral que só não ocorre normalmente em Honduras, por que os partidários do presidente deposto, passam o tempo todo destruindo os cartazes de propaganda dos candidatos.
As eleições já estavam marcadas quando o presidente Manuel Zelaya foi deposto, em 28 de junho, e substituído por Roberto Micheleti. Desde então, os EUA e a União Europeia cortaram parte da ajuda financeira ao país. Além disso, muitos países, incluindo o Brasil, já anunciaram que não reconhecerão os resultados da votação em 29 de novembro.
A exigência desses países é que Micheletti aceite a chamada Proposta de San José, que prevê a volta de Zelaya antes de novembro. O presidente de fato declarou que somente uma invasão dos Estados Unidos o tiraria do cargo.
Seis são os cadidatos que concorrem ao pleito, Porfirio Lobo Sosa, do Partido Nacional; Elvín Santos, do Liberal; Bernard Martínez, do Inovação e Unidade e Felícito Ávila, do Partido Democrata Cristão, César Ham, do esquerdista Unificação Democrática e Carlos Reyes, candidato presidencial independente.
Foto:Reuters
O candidato Elvin Santos do Partido Liberal, beija criancinhas na campanha eleitoral para presidente de Honduras
Os EUA indicaram que não devem reconhecer o resultado das eleições presidenciais em Honduras, mas ao tratar das eleições, o Departamento de Estado não foi tão incisivo quanto países sul-americanos. Disse que não reconhecerá o resultado das eleições de novembro a menos que o processo seja livre e aberto.
Mas o jornal " The New York Times " veiculou em seu site que, segundo autoridades americanas, " se as coisas continuarem como estão [com Zelaya afastado], o governo Obama não reconheceria o resultado das eleições presidenciais hondurenhas " . Essa posição, porém, não está oficializada.
Os países sul-americanos e também o México já manifestaram que não considerarão legítimas as eleições de Honduras se estas forem organizadas e supervisionadas pelo governo interino. O Canadá e os países caribenhos não fecharam questão sobre como tratar o presidente que for eleito.
O risco, do ponto de vista diplomático, é que as eleições abram um racha na região. De um lado, países que não reconheçam o resultado da disputa presidencial; do outro, aqueles que talvez considerem que uma eleição pode ser a única forma pacífica de por um fim a crise em Honduras.
O Departamento de Estado Americano já deu mostras que não considera um Golpe de Estado o que aconteceu em Honduras, embora não aceite a deposição de Zelaya. Em resumo estão fazendo jogo duplo, não querem parecer apoiar um regime que depôs o presidente, não estão tão interessados em apoiar um aliado de Hugo Chávez, o Presidente deposto Manuel Zelaya.
Repetimos o que já afirmamos anteriormente, se as eleições transcorrerem com o mínimo de normalidade, todos acabarão reconhecendo o novo presidente. |
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