15 de set. de 2009

Libertado jornalista que atirou sapatos em Bush

Libertado jornalista que atirou sapatos em Bush
O jovem saiu confirmando que foi torturado na prisão por membros do governo iraquiano

Foto: Reuters

Muntadhar al-Zeidi abraça a sua irmã, hoje de manhã, na sede da Baghdadiyah TV, onde trabalhava a época dos fatos

Fontes: Al Jazeera, Washington Post, BBC Brasil

Muntadhar al-Zeidi abraça a sua irmã, hoje de manhã, na sede da Baghdadiyah TV, onde trabalhava a época dos fatos. O jornalista iraquiano Muntadhar al-Zaidi, de 30, anos que atirou os próprios sapatos no ex-presidente dos EUA George W. Bush, no ano passado, foi finalmente solto hoje.

Do lado de fora da prisão, Muntadhar voltou a afirmar que foi torturado por funcionários de alto escalão do governo do Iraque enquanto estava na prisão. Fora espancado, submetido a choques elétricos e afogamentos simulados, o que resultou em fraturas nos braços e nas costelas e hemorragia interna, durante os seus primeiros dias de prisão preventiva.

Atendendo as autoridades que pediram para ele não ser recebido com grandes manifestações, nem como herói, apenas um pequeno grupo de parlamentares que o apoiaram e seu irmão, foram recebê-lo quando da saída da prisão.

A festa pela sua libertação se concentrou na sede da televisão Al-Baghdadiya, seu local de trabalho quando os fatos aconteceram. Segundo informa o porta da Al Jazeera, pelo menos três ovelhas foram abatidas em sua honra, para serem servidas na festa.

Mosab Jasim, produtor de Al Jazeera no Iraque, disse: "eu costumava acompanhar Muntadhar nas coberturas jornalísticas. É um homem estável, sem radicalismos, portanto, foi realmente uma surpresa que ele fez.

Muntadhar al-Zaidi exigiu desculpas do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki pela retenção de informações sobre sua tortura.

Afirmou que enquanto o primeiro ministro dizia na televisão que “não poderia dormir sem ser tranquilizado sobre meu destino... eu estava sendo torturado das formas mais graves, espancado com cabos elétricos e barras de ferro. "

"Hoje Sou livre novamente, mas minha casa ainda é uma prisão," acrescentou ele que segundo os seus parentes ainda teme por sua vida.


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