POLÍTICA EXTERNA Governo Lula vai abrir as pernas em Honduras
Lula mandou Dilma dizer que as eleições vão ser “consideradas”, dando inicio ao afrouxamento na política contra os hondurenhos e o Marco Top Top Garcia, saiu correndo atrás, para se alinhar com a nova corrente, começando por tentar explicar como o Brasil vai continuar dizendo que as eleições hondurenhas foram ilegais, mas vai aceitar o resultado
Fotomontagem Toinho de Passira
CADA UM TEM O ÍDOLO QUE MERECE: Marco Aurélio Garcia, o Top Top, esforça-se cada vez mais para ser uma Dilma Rousseff
Fontes: Agência Lusa, O Globo, Agência Brasil, O Globo
O presidente da Costa Rica, Óscar Arias, desde segunda-feira, deixou o Governo brasileiro, no que se refere a política externa com Honduras, numa situação vexatória, ao pedir que as nações sejam coerentes e reconheçam as eleições do último domingo em Honduras:
"Não reconhecer o processo eleitoral e, no futuro, não reconhecer o governo é fazer muito mal ao povo hondurenho, que não merece isso", disse o dirigente costarriquenho na cúpula de chefes de Estado e de governo ibero-americanos, no Estoril, Portugal.
Em coletiva de imprensa, Arias defendeu que no passado o mundo já reconheceu eleições convocadas até por ditaduras.
"Na América Latina as eleições não são perfeitas. Sempre tivemos ditaduras e sempre foram essas ditaduras que organizaram as eleições como transição para a democracia", afirmou.
No Brasil, Tancredo Neves e José Sarney foram eleitos pelo colégio eleitoral, em eleições indiretas, convocada pela ditadura, e foi assim que o país, nas eleições seguintes, pode fazer eleições diretas.
Se bem que coerentemente, o Partido dos Trabalhadores não votou no Colégio Eleitoral, não apoiou Tancredo, quase dando a chance para Paulo Maluf ser presidente do Brasil, é que está registrado na história.
Óscar Arias continuou:
"Estou a pensar no povo de Honduras e isso é o que mais me anima e incentiva ao advogar pelo reconhecimento das eleições. O povo de Honduras não merece um novo furacão Mitch", disse ainda, fazendo referência ao fenômeno que, em novembro de 1998, devastou a região e deixou 20 mil mortos em vários países.
Arias falou sobre os processos eleitorais no Afeganistão e no Irã, que não foram considerados livres, apesar de os governos eleitos serem reconhecidos.
"O pior seria atuar com moral dupla", ressaltou, mas não quis responder a questões dos jornalistas sobre se fazia referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mantém relações com o Irã, mas já afirmou que não vai reconhecer as eleições hondurenhas.
"Não quero criar polêmica com ninguém", disse.
Depois disso Marco Aurélio Garcia, o TopTop, tem se revezado consigo mesmo em dá opiniões contraditórias sobre a posição brasileira em Honduras. No começo da semana disse que o governo americano ia ficar isolado apoiando a eleição e o resultado e com veemência disse que o Brasil não ia reconhecer as eleições nem dialogaria com o presidente eleito Porfirio “Pepe” Lobo.
Desde quinta feira adotou um discurso mais ameno sinalizando que apesar de continuar afirmando que a eleições foram ilegítimas, poderia se reconhecida sob algumas condições.
- “Consideramos que esta eleição é ilegítima. Mas se evidentemente tivesse tido uma fortíssima participação popular, não poderíamos ficar indiferentes a este dado. Uma coisa é repudiarmos a eleição como procedimento. Outra é considerarmos como um fato político. Para quem faz política, como fazemos, são elementos que devem ser considerados - disse.
Os jornalistas questionaram se não parecia um absurdo considerar algo ilegítimo e aceitá-lo em seguida.
Garcia não admitiu, mas, entre suas primeiras falas no começo da semana, e as da quinta feira, aconteceram dois fatos significativos:
Primeiro a previsão de Marcos Aurélio de que os Estados Unidos ficariam isolados, não aconteceu, pelo contrário, o Brasil e seu vizinhos liderados por Hugo Chávez, e que estão cada vez mais sozinhos em tentar dá um nó insolúvel para a crise hondurenha. Cada dia mais países sinalizam ou já apóiam totalmente a tese americana.
Depois, apesar de Lula continuar afirmando que não vai reconhecer o pleito, a candidata mãe, Dilma Rousseff deu os primeiros sinais de que o Brasil está abrindo as pernas. O sargentão Dilma, na Alemanha, entre uma fala e outra de Garcia, disse que o governo brasileiro terá que considerar as eleições hondurenhas nas discussões sobre a crise política no país:
- “Houve uma eleição. Há uma nova situação. Esse processo vai ser considerado. Não podemos desconsiderar o golpe, mas também não podemos desconsiderar as eleições” - disse Dilma.
Marco Aurélio Garcia, o TopTop, teve que correr atrás do prejuízo, pois não quer aparecer publicamente discordando de Dilma, já que desde outubro do ano passado, autonomeou-se coordenador da campanha da Ministra rumo ao planalto.
Assim a política externa brasileira, demonstra continuamente estar sem rumo e sem coordenação, guiada por amadores, e por conveniências momentâneas. Isso vai custar muito caro, no futuro imediato, do Brasil e dos brasileiros. |
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