SENADO - MERCOSUL: Obedecendo a Lula senadores aprovaram Chávez
SENADO - MERCOSUL Obedecendo a Lula senadores aprovaram Chávez Durante nove horas, em duas sessões, o senado discutiu a adesão da Venezuela de Hugo Chávez ao Mercosul. A oposição se postando contra e os governistas pondo-se a favor. Mas mesmo entre os governistas mais rastejantes, ninguém ousou defender Chávez, diziam que votavam pela Venezuela. No fim, o placar do senado aprovou o protocolo por 35 votos a favor e 27 contra.
Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado Fontes: Folha de São Paulo ,Globovision, Estado de São Paulo, Agencia Estado , A tardeQuando o senado brasileiro discutia a aprovação da entrada da Venezuela ao Mercosul, o principal motivo de recusa, dos que negavam a permissão, era o enfraquecimento da democracia venezuelana tratada com desdém pelo coronel Hugo Chávez. Mas a democracia brasileira tem seus momentos venezuelanos, quando, por exemplo, o presidente Lula, não resistindo em exibir, seus poderes sobre o submisso Congresso nacional, anunciou, sem o menor respeito pela instituição, que os senadores iriam aprovar, na quinta-feira, o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Não foi numa conversa reservada, nem era um gesto de expectativa otimista, anunciou com certeza de favas contadas, num fórum internacional, a 38ª Reunião de Cúpula do Mercosul, diante do Coronel Chávez, que aproveitou para pressionar o senado Paraguaio, o último bastião parlamentar de rejeição ao presidente venezuelano. É bem verdade, que para manter um mínimo de dignidade, os senadores destoando da promessa presidencial, demoraram cinco dias a mais, para cumprir a palavra empenhada de Lula, que prometera a aprovação para quinta-feira, o que acabou acontecendo, só ontem, na terça. Mas observando bem, como os senadores, não comparecem ao expediente do senado as sextas, nem as segundas, com o fim de semana no meio, pode-se dizer, que a resistência do senado, foi de apenas um dia legislativo. Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), (foto) um primor em elegância, defendeu a aprovação do protocolo, confiante na morte de Hugo Chávez: “Chávez vai morrer um dia. E eu não estou fazendo acordo aqui com Hugo Chávez, eu estou fazendo com o povo da Venezuela. Hugo Chávez é “morrível”! Ele vai morrer em algum momento. Entendeu? “ – argumentou o senador mineiro.
É vexatório imaginar que o presidente assim falou, pois tem maioria parlamentar no senado. Ser da base aliada do governo, não deveria significar um alinhamento automático e subserviente a todas as vontades do governo, lembrar que os senadores estão naquela casa legislativa representando a federação e os interesses dos seus estados de origem e que esses deveriam ser o mais importante norte de suas decisões. Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado Os argumentos apresentados pelos líderes defensores da inclusão resumiam-se na óbvia argumentação de que se estava votando da adesão da Venezuela e não do presidente Hugo Chávez, embora se saiba que ele não pretende apear do poder nunca. Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado O presidente do senado José Sarney (PMDB-AP) , (foto) em 2007, usou da tribuna para dizer que Chávez não estava pronto para participar do bloco (Mercosul) e afirmou que o presidente venezuelano poderia comandar uma corrida armamentista na América do Sul, o que representaria "o desequilíbrio estratégico do continente". Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado Fica vivo e atual o que foi dito pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), (foto) no relatório apresentado a comissão de Relações Exteriores do Senado, quando o protocolo foi discutido: Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado |
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