Nicolas Sarkozy em apuros
FRANÇA Nicolas Sarkozy em apuros Trinta dias após deixar a presidência, o ex-presidente perde todas as imunidades do cargo, segundo a legislação francesa. Nessa situação de cidadão comum, é que o presidente Sarkozy está enfrentando uma enxurrada de investigações, fruto de coisas mal feitas, dos tempos em que estava no poder. Estão remexendo o seu passado, em busca de evidências de corrupção e irregularidades econômicas de sua campanha eleitoral. Foto: Thibault Camus , AP/The Canadian Press Postado por Toinho de Passira
Essa acusação de financiamento ilegal da campanha de 2007, o conhecido estilo “caixa 2” brasileiro, tem ingrediente explosivos, por envolver a viúva bilionária, Liliane Bettencourt, 89 anos, herdeira do império de cosméticos L’Oréal. Há indícios que muito dinheiro em espécie, proveniente das contas suíças da anciã, acabaram oxigenando a campanha de Sarkozy. O lastro do escândalo, “caixa 2” na França é um crime grave, o ex-gestor da fortuna de Bettencourt, Patrice de Maistre, está sob custódia, liberdade vigiada, por ter sido o intermediário da transferência do dinheiro, provavelmente entregue, ao ex-ministro do Trabalho Eric Woerth, então tesoureiro da campanha de Sarkozy. A bilionária Liliane Bettencourt, também está sob tutela judicial, uma espécie de interdição, a pedido da filha, Françoise Bettencourt-Meyers, que denunciou haver indício de depilação do patrimônio, usando como evidências, as enormes quantias que teriam sido doadas clandestinamente a campanha de Sarkozy. No momento, por ordem da justiça de Versalhes, o neto mais velho de Liliane Bettencourt, Jean-Victor Meyers, encarregar-se da tutela pessoal da anciã, enquanto os dois outros netos e sua filha, Françoise, cuidam de sua fortuna. Porém outros fantasmas que povoam o passado do ex-presidente Nicolas Sarkozy, começarão provavelmente a se materializar nos próximos meses. Por exemplo, em outro caso, o chamado "Caso Karachi", os juízes estão tentando desvendar uma série de negociações nebulosas por intermediários e possíveis propinas ligadas à venda de submarinos pelo governo francês para o Paquistão na década de 1990. Sarkozy, que era ministro do Orçamento e porta-voz do candidato presidencial Edouard Balladur na época, irritadamente rejeitou as especulações da imprensa de que ele poderia ter conhecimento dos pagamentos. Os juízes querem saber se eles foram utilizados na campanha de Balladur. Foto: Scanpix A denúncia publicada no site investigativo de notícias “Mediapart” exibindo um documento que, segundo eles, mostra que o líder líbio deposto Muammar Gaddafi pode ter doado secretamente algo em torno de R$ 160 milhões, para financiar a campanha de Sarkozy em 2007. Oficialmente a campanha teria custado apenas R$ 60 milhões é a mais recente dor de cabeça do ex-presidente. |
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