COLOMBIA: No fogo cruzado vilarejo pede cessar fogo a Farc
COLOMBIA No fogo cruzado vilarejo pede cessar fogo a Farc A pequena localidade de Toribío no Departamento de Cacua, sudoeste da Colômbia, cansada e amedronta, vivendo debaixo de uma chuva de balas e explosivos, de confrontos entre as Forças Armadas colombianas e os guerrilheiros da FARC, fizeram acordo de cessar fogo com os guerrilheiros e protestaram quanto a permanência do exercito regular em seu território Foto: Getty Images Postado por Toinho de Passira Depois de aguentar quase 72 horas de confrontos entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e tropas do Exército colombiano, a população civil do município de Toribío, no Departamento de Cauca decidiu procurar os líderes da guerrilha para pedir um cessar-fogo. No último domingo, líderes indígenas, camponeses e a população urbana da cidade de pouco mais de 26 mil habitantes falaram diretamente com as Farc. De acordo com a contagem oficial, os ataques que começaram na sexta-feira deixaram cinco feridos, embora a população contabilize ao menos 13. Entre os atingidos estão funcionários de uma missão médica que trabalhavam em um centro de saúde, alvo de um explosivo lançado por guerrilheiros baseados nas montanhas. Além disso, pelo menos dez casas foram atingidas e 600 pessoas foram deslocadas por conta da ofensiva. O líder indígena Gabriel Pavi contou à BBC Brasil que, apesar da presença do Exército na região, a situação estava incontrolável. Segundo Pavi, no começo da tarde do domingo a comunidade se dividiu em quatro comitivas que caminharam a diferentes áreas rurais para falar com as Farc. "Cada grupo levou entre uma e duas horas até chegar aos guerrilheiros. Nós conversamos com eles e exigimos que parassem de lançar bombas contra a cidade", explicou. De acordo com o Pavi, a "missão civil" foi concluída com sucesso e, por volta de seis horas da tarde de domingo, os ataques cessaram. Além de ir atrás da guerrilha, a população local também protestou contra os militares. Nesta segunda-feira, um grupo de indígenas destruiu trincheiras usadas pelos militares para se proteger das investidas da guerrilha. O prefeito da cidade, Ezequiel Vitonás, deixou transparecer em entrevistas a rádios e jornais colombianos que a situação ainda é delicada. Ele contabiliza que a região foi atacada mais de 450 vezes pela guerrilha nos últimos dez anos. Foto: Captura de Video/El Pais.com> Um dos maiores ataques ocorreu há exatamente um ano, quando as Farc instalaram em uma "chiva" (microônibus típico da região) explosivos que destruíram uma delegacia e afetaram 400 casas. Nesse incidente, três pessoas morreram e 70 ficaram feridas. Fotos: Reuters |
Nenhum comentário:
Postar um comentário