As secas na Amazônia pioram a cada ano
BRASIL – MEIO AMBIENTE As secas na Amazônia pioram a cada ano Em algumas regiões da Amazonia passaram 100 dias sem chover. Os rios batem recordes de baixo nível de água. Todo o eco sistema das águas das florestas, da fauna e do caboclo amazonense está comprometido. Como os rios são as estradas da região e os barcos não conseguem navegar com o baixo nível das águas, começam a faltar alimentos, combustível e remédios nas localidades mais distantes, onde até as aulas estão sendo suspensas, por falta de merenda escolar.
Foto: Euzivaldo Queiroz/A Crítica/AE) Postado por Toinho de Passira Uma das maiores secas dos últimos anos registrada na Amazônia atingiu a navegação, abastecimento e transporte de algumas comunidades da região, de acordo com informações da Agência Nacional de Águas (ANA). Por causa da falta de chuva, os rios Javari, Juruá, Japurá, Acre, Negro, Purus, Iça, Jutaí, Solimões e Madeira, que têm papel fundamental para o transporte e o abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis, estão com níveis abaixo da média. Em razão disso, a Capitania dos Portos da região proibiu o transporte por barcos de alimentos e passageiros no período noturno e ameaça suspender por tempo indeterminado o transporte de veículos pesados pelas balsas, o que pode prejudicar o abastecimento de alimentos e outras mercadorias essenciais, como combustíveis, nos Estados de Rondônia e, principalmente, do Acre. Além da proibição, a população necessita percorrer grandes distâncias para obter água de boa qualidade, já que, em muitos casos, a qualidade da água disponível está comprometida devido à mortandade de peixes, segundo a ANA. Dados da estação telemétrica de Tabatinga (AM) indicam queda acentuada no nível do Rio Solimões na cidade, a mais baixa desde 1982, quando começou a ser aferida, o que dificulta a navegação até Tefé, fazendo com que, por razões de segurança, a navegação seja limitada ao período diurno. Cidades no Peru já sentem os efeitos do baixo nível de água no Rio Amazonas, como é chamado o Solimões antes de entrar em território brasileiro. No Brasil, a seca isolou quatro municípios no interior do Amazonas abastecidos pelo Purus e pelo Juruá, afluentes do Solimões. Além disso, a Defesa Civil emitiu estado de alerta para 25 cidades. Foto: Reuters No Porto de Manaus, o nível do Rio Negro estava em 20,67 metros no último dia 8, mas vem baixando dia a dia. A menor cota já registrada no Porto foi de 13,64 metros, em 1963. Foto: Reuters Pelo menos três mil estudantes de 35 escolas da Zona Rural do município de Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus) podem ficar sem aula por conta da vazante dos rios. Foto: Reuters No ano passado, a estiagem no município de Manaquiri provocou uma das maiores catástrofes ambientais, com a morte de toneladas de peixes no rio que leva o nome da cidade. Na ocasião, vários quilômetros das margens do rio Manaquiri cobertas por uma cama de peixe podre, uma desastre ecológico incomensurável, causando um inusportável odor de podridão e deixando a água sem condições de consumo humano. incomensúravel. |
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