Supremo decide hoje o futuro da Lei da Ficha Limpa
ELEIÇÕES 2010 Supremo decide hoje o futuro da Lei da Ficha Limpa Segundo os observadores, será apertado o placar para a decisão do Supremo sobre a validade para esse pleito da famosa Lei da Ficha Limpa. Com quase todos os ministros já demonstram acatamento ou repulsa pela lei, parece estar nas mãos dos Ministros Cezar Peluso e Ellen Gracie, que não tiveram oportunidade de demonstrarem seus convencimentos. A decisão sobre se a norma valerá ou não para estas eleições, seguirá, portanto, o que for decidido no julgamento da inelegibilidade de Joaquim Roriz
Foto: Arquivo Toinho de Passira O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa na sessão plenária desta quarta-feira (22), a partir das 14 horas, o Recurso Extraordinário interposto pelo candidato a governador do Distrito Federal Joaquim Roriz contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O esforço de dois milhões de pessoas que conseguiram aprovar, um projeto moralizador da vida política brasileira, através de uma lei de iniciativa popular, valerá daqui a duas semanas ou terá um frustrante adiamento, ou mesmo extinção definitiva determinado pelo Supremo Tribunal Federal. A partir do caso do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que renunciou de seu mandato no Senado para não ser cassado, o STF definirá hoje, as regras de inelegibilidade impostas pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) valerão ou não para as eleições deste ano. Tudo indica que o placar da decisão judicial mais esperada do ano será apertado. Advogados com trânsito no Supremo, especialistas em direito constitucional e ministros apontam, porém, que os integrantes da corte caminham para afastar a aplicação das novas regras de inelegibilidade para as eleições de outubro. Segundo os juristas ouvidos pelo Congresso em Foco, o placar mais provável de ocorrer é o de seis votos favoráveis ao recurso de Roriz, com quatro ministros negando a candidatura dele. Barrado que foi no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da renúncia ao mandato de senador, em 2007, para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar. A princípio, são apontados como votos contrários à aplicação da ficha limpa em 2010 os ministros Marco Aurélio Mello, José Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ellen Gracie e o presidente do STF, Cezar Peluso. Já o relator do caso, Carlos Ayres Britto, o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia e Joaquim Barbosa se colocarão a favor das novas regras de inelegibilidade. Fotos: Arquivos Nada disso, porém, pode ainda ser dado como certo. Por conta da pressão da sociedade, já que a ficha limpa é uma lei de iniciativa popular e pesquisa do Ibope revelou que 85% dos eleitores brasileiros são favoráveis à regra, há os que acreditam que a decisão poderá ser política. O que não é usual, mas não raro. Desde a aprovação da Ficha Limpa que “thePassiranews” comentou que a lamentavelmente a lei era capenga. Dissemos, na ocasião, que ela “nem será aplicada nesse ano, nem valerá no futuro, por se inconstitucional”. Agora estamos torcendo para estarmos errados.
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