10 de set. de 2010

Venezuela: Empresário português tem suas terras de volta

Venezuela
Empresário português tem suas terras de volta
O português, naturalizado venezuelano, Francisco Alves, conseguiu com uma greve de fome, que o governo Hugo Chávez revisasse o decreto que confiscava suas terras, para a conturbada reforma agrária venezuelana. Com há investimentos significativos de portugueses no país, o presidente não quis arriscar um confronto com o governo de Portugal, que deu total apoio diplomático ao seu cidadão.

Foto: Ariana Cubillos / Associated Press

O empresário português Francisco Alves, acompanhado de sua filha Sandra Alves, momento em que saía do “Instituto Nacional de Tierras” (INTI) com o documento que cancelava o confisco de suas terras.

Toinho de Passira
Fontes: Diario de Notícias, El Carabobeno, El Nacional, El Nuevo Heraldo

Hugo Chávez não aguentou a pressão da União Européia, do governo de Portugal e da negativa repercussão internacional e acabou dando para trás no confisco da propriedade do empresário português Francisco Alves, 59 anos, que ficou de sábado a quarta feira em greve de fome acorrentado a entrada de sua propriedade.

O governo venezuelano mandou que o ministro de Agricultura e Terras, Juan Carlos Loyo, anulasse a decisão de confiscar as terras do empresário, depois dele ter escutado dos funcionários do Ministério, que tomariam suas terras, nem que “fosse necessário passar por cima do seu cadáver.”

O caso de Francisco Alves assemelha-se a tantos outros na Venezuela de Hugo Chávez. Primeiro invasores de terras depredam a propriedade, depois o governo por decreto confisca a terra, prometendo indenizações, que nem sempre acontecem, e quase nunca representam o valor real da propriedade.

O empresário Português teve bem mais sorte que outro produtor venezuelano, Franklin Brown, que morreu semana passada de greve de fome, exatamente protestando contra a expropriação de suas terras, pelo governo Chávez.

A imprensa atribui o sucesso de Francisco Alves ao apoio recebido desde a primeira hora, pelo governo português.

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