Lula, filho do Brasil, o filme chapa branca
Lula, filho do Brasil, o filme chapa branca Noticia-se que a partir de 1° de janeiro o filme biográfico de Luis Inácio Lula da Silva, de Fábio Barreto, um dos mais caros da história do cinema brasileiro, que mais facilmente conseguiu patrocínios, vai ser lançado de maneira espetaculosa, nunca nessa país se viu um lançamento como esse, do cinema brasileiro, 400 salas ao mesmo tempo, haja grana
Trailer oficial do filme “Lula, filho do Brasil” O Lula do filme, não mente, não bebe, não trai a mulher, não é corrupto, é corajoso, inteligente, leal e destemido. Uma mistura de Indiana Jones e São Francisco de Assis Fonte: Estadão O presidente Lula prepara-se para uma empreitada de propaganda eleitoral gratuita e disfarçada, para tentar angariar mais dividendos políticos, dessa vez nas telas do cinema e em pleno ano eleitoral, quando buscará eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sua sucessora. Lula, o Filho do Brasil, será lançado em 1º de janeiro de 2010 com uma estratégia de distribuição que tem como objetivo torná-lo um dos maiores lançamentos do cinema nacional. Antes, em novembro, haverá exibição especial só para Lula e convidados no Recife. No esforço do lançamento, a produção recorrerá a tradicionais bases de sustentação política de Lula, como sindicatos, e a regiões onde ele tem alta popularidade, como no Nordeste. Um universo de 10 milhões de pessoas sindicalizadas poderá comprar ingressos a preços populares ( ou simplesmente ganhar uma entrada) para assistir ao filme, que chegará aos rincões do País em 2010. Foto: Divulgação A estreia será feita em mais de 400 salas, sendo que 88 delas não fazem parte do circuito convencional. O objetivo é levar o filme para públicos populares. O lançamento, por exemplo, chegará a salas de cidades como a baiana Alagoinhas, a cearense Maracanaú e a pernambucana São Lourenço da Mata Foto: Arquivos e Portal da Presidência Ligadas ao governo Lula, CUT e Força Sindical negociaram promoções para a exibição. "O filme interessa a todo mundo, mas o público principal é o sindical", disse Wainer. A ideia é que sindicatos ligados às centrais vendam ingressos antecipados, até 20 de dezembro, por R$ 5. Foto: Divulgação e arquivo Para o filme ter entrada junto ao público de baixa renda, onde o presidente é bem avaliado, o preço do ingresso precisa cair. Recente paper da Universidade de Georgetown sobre o mercado cinematográfico no Brasil aponta o preço dos ingressos como entrave para o crescimento do setor.
"A gente tentou antecipar o vale-cultura", disse a produtora Paula Barreto, referindo-se ao programa que prevê isenção de Imposto de Renda a empresas que bancarem vale para trabalhadores gastarem em cultura. A oposição tem visto com reticências a estreia do filme justamente em ano eleitoral. Duda Mendonça, ex-publicitário de Lula, chegou a dar sugestões sobre a produção. Ao ver uma versão, sugeriu que fosse retirado trecho em que uma professora de Lula diz que ele é "muito especial". Para Duda, a passagem deixaria ainda mais "chapa branca" o filme, que será transformado em minissérie - a Globo está na negociação. Os envolvidos com a cinebiografia negam que ela vá ajudar politicamente Lula ou o PT. "Ninguém é petista aqui. Não fizemos por razões ideológicas", disse Wainer. "A história é incrível, independentemente de você votar nele." Questionado sobre o lançamento em ano eleitoral, tinha resposta pronta: "O Brasil está em eleição quase todos os anos." Produtores contam que até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quis "estrelar" o filme. Ao encontrar o diretor, o tucano brincou, dizendo que faltava seu personagem na cena do velório da mãe de Lula. Na ocasião, FHC apoiava o então líder sindical. A história é uma ficção exagerada de culto a pessoa, mas é muito bem elaborada, pois Barreto é um bom realizador. Dá para imaginar qual filme vai ser indicado pelo Ministério da Cultura, no próximo ano, para respresentar o Brasil concorrendo com o Oscar de melhor fime estrangeiro? Quem ver o trailer já viu o filme todo, pois todas as cenas importantes acabam aparecendo. Há inclusive há um momento onde se ver que ele não obedeceu a mãe, quando Dona Lindu diz que ele deveria estudar. Nouto momento, de puro exagero de ficção, quando um oficial interroga Lula, pergunta se ele gosta do Brasil, o líder sindical responde, “do jeito em que está não...” A intenção é mostrar um corajoso líder sindical enfrentando os militares olho no olho. Na verdade Lula nunca foi interrogado por militares, foi detido uma vez numa delegacia, onde foi ouvido por um delegado e um escrivão, acusado de liderar uma greve ilegal, não chegou a ir ao xadrez, embora por causa disso requereu e ganhou uma aposentadoria vitalícia de R$ 6 mil mensais, um pequeno detalhe que obviamente não está no filme. |
2 comentários:
Chiste, repassando:
Despotismo
O Despotismo é uma forma de governo em que o poder se encontra nas mãos de apenas um governante. Nesta, os súditos são tratados como escravos. Diferentemente da ditadura ou da tirania, este não depende de o governante ter condições de se sobrepor ao povo, mas sim de o povo não ter condições de se expressar e auto-governar, deixando o poder nas mãos de apenas um, por medo e/ou por não saber o que fazer. No Despotismo, segundo Montesquieu, apenas um só governa, sem leis e sem regras, arrebata tudo sob a sua vontade e seu capricho.
O despotismo é, sem dúvida, a forma mais simples de governo. É baseado em um conceito simples: o poder detém a razão.
Além disso, por ser uma forma de governo tão centralizada, o despotismo tem dificuldades de combater eficazmente rebeliões e impedir o desvio de finanças do Estado se seu território crescer demasiadamente. Déspotas pagam um preço alto demais pelo desperdício e corrupção em suas sociedades. E, com o desenvolvimento de formas de governo mais sofisticadas, déspotas se dão conta de que dar um golpe de estado é necessário para aumentar o crescimento.
como um político com 80% de aprovação popular precisa de um filme para se promover? se mistura muito as coisas, a história de um homem, romanceado para o cinema (mídia essa que nunca teve a obrigação com a verdade, já que se trata de um drama e não um documentário) e a situação das empresas que financiaram o filme, isso sim merece atenção e muita atenção.
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