24 de out. de 2009

Se filiar-se ao PMDB, Judas pode sair vice de Dilma

Se filiar-se ao PMDB, Judas pode sair vice de Dilma
O presidente, pondo-se na condição do messias de Caetés, comparou o apóstolo tesoureiro de Jesus, aos piores meliantes do cenário político brasileiro. Caluniou, difamou e injuriou a honrada figura bíblica, que deve ter respeitada a presunção de inocência, já que nunca foi processado, até porque as coisas moralmente reprováveis que fez, eram legais

Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr - Com balão de Toinho de Passira

Se Judas estivesse entre nós, e simbolicamente está, poderia se candidatar a qualquer cargo eletivo, até a Presidente da República (há quem diga que ele se candidatou, ganhou e foi reeleito).

O apóstolo, por exemplo, não tem nem ficha suja, embora isso não representasse empecilho. Nunca se formalizou um processo contra ele, foi condenado pela opinião pública que lhe fosse dado o amplo direito de defesa. As acusações são frutos de boatos históricos. Todo mundo se baseia em registros bíblicos escritos por evangelistas, pessoas respeitosas, mas sob a suspeição da inveja, pois no grupo, onde acusado e acusadores conviviam, o suposto réu era um dos mais estimado pelo Homem.

Há se levar também em conta, que os Evangelhos, seriam provas testemunhais escritas em outro idioma e copiadas por séculos, sem autenticação legal, com riscos enormes de adulterações. As versões disponíveis são traduções elaboradas por pessoas não reconhecidas como peritos oficiais juramentados.

Por mais respeitáveis que são os Evangelhos, diante do direito, careceria de legitimidade para servir de prova acusatória contra o senhor Judas Iscariotes.

Portanto sem nunca ter sentado num banco dos réus, sem nunca ter sido denunciado pelo Ministério Público, nem se envolvido em casos de corrupção ou mesmo nepotismo, Judas Iscariotes, sem dúvida é muito mais honrado e merecedor do respeito público, que a maioria esmagadora dos nossos congressistas.

Historicamente muitos atribuem a Judas a imagem de um homem correto e patriota. Seu gesto de promover a prisão de Jesus seria um ato político extremado, imaginando que os judeus se sublevariam contra os romanos. O apóstolo amaldiçoado teria estragado a sua biografia, tentando libertar o seu povo. Foram os seus patrícios que o trairam e ao Messias, preferindo libertar Barrabás, um provável descendente de Jáder Barbalho (não resistimos).

Os trinta ciclos de prata, o preço de um escravo, que recebeu como paga para “entregar” Jesus, demonstra que ele não foi atrás de superfaturar o seu trabalhinho sujo, recebeu o que acharam justo, não tentou tirar proveito do estado, embora fosse o fornecedor único disponível para realizar a má obra. Seu gesto, vista a legislação vigente, embora possa ser tomado como algo moralmente dos mais reprováveis, estava legalmente correto: recebeu a justa paga por serviços prestados, após ter, com o beijo traidor, cumprindo todas as suas obrigações.

Como se vê, não se poderia processar e muito menos condenar o execrável Judas Iscariotes, com quem o presidente Lula faria com prazer uma aliança, dentro do rito processual vigente no Brasil. Muito menos se poderia impedir que assumisse qualquer cargo público, inclusive os eletivos.

Dentro dessa perspectiva, como se poder imaginar ser factível processar gente como Renan Calheiros, José Sarney, Dilma Rousseff, Antônio Palocci, Paulo Maluf, Fernando Collor, Roberto Jefferson, José Dirceu, Tarso Genro, Nelson Jobim, Edison Lobão, Ideli Salvati e Romero Jucá? Só para citar alguns, que não são tão melhores assim que o famoso apóstolo. Afinal Judas traiu só Um.

O melhor que Judas Iscariotes tem a fazer, no momento, é filiar-se ao PMDB, vai se sentir em casa, e pleitear a vaga de vice na chapa da Dilma.


2 comentários:

Anônimo disse...

Chiste, diz:

CAMPANHA ELEITORAL COM O DINHEIRO DOS COFRES PÚBLICOS É ANTIÉTICO E IMORAL:
Dilma, em 2010, Pt. saudações para a tremenda cara de pau.

DEU EM O ESTADO DE S.PAULO
Dilma resiste à pressão e quer usar vitrine ministerial
PT cobra saída em fevereiro, mas ela prefere 3 de abril, com intensa agenda de inaugurações ao lado de Lula
De João Domingos e Vera Rosa:
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ficar no cargo até o último dia permitido pela legislação, 3 de abril de 2010, apesar da pressão do partido para que antecipe sua saída.

ELA QUER PARTICIPAR DE VISTORIAS E INAUGURAÇÕES DE OBRAS, APOSTAR NA TRANSFERÊNCIA DA POPULARIDADE DO PRESIDENTE PARA TOMAR UM “BANHO DE RUA” E APROVEITAR AO MÁXIMO A VITRINE MINISTERIAL.

Criticando disse...

PLAGIARAM SEU TEXTO
OLHE SÓ
http://bbcnews.com.br/index.php?p=noticias&cat=205&id=164529&nome=Artigos