BRASIL: 69% das estadas estão em más condições
BRASIL: 69% das estadas estão em más condições Dos quase 1,6 milhões de quilometro de estradas que o Brasil possui apenas 220 mil são supostamente asfaltadas
Fontes: Estadão , O Dia, O GloboUm estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) concluiu que 69% das estradas brasileiras estão em más condições, e que a recuperação da malha viária danificada exigirá um investimento de pelo menos R$ 32 bilhões. Dos pouco mais de 89 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais avaliados pelos técnicos contratados pela CNT, apenas 31% (cerca de 27 mil quilômetros) foram classificados como em bom estado para o tráfego, segundo a "Pesquisa Rodoviária 2009".
Já o restante foi qualificado pelos avaliadores como estando em péssimo, ruim ou regular condição para o trânsito. "Esses resultados mostram a situação deficiente da maior parte da rede de estradas do país e os grandes desafios necessários para mudar a situação", diz o estudo. Entre os problemas constatados pelos técnicos destacam-se os danos na pavimentação, a deficiência na sinalização das pistas e a falta de acostamentos. As empresas transportadoras calculam que o atual estado das rodovias do país aumenta em 28% o custo do frete, e em 5% o consumo de combustíveis. De acordo com a CNT, além da quantia necessária para recuperar as estradas com problemas, outros R$ 92 bilhões teriam que ser investidos para deixar toda a malha viária do país em perfeito estado.
O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, explicou que as rodovias privatizadas apresentaram rendimento superior às administradas pela gestão pública. No País, os maiores problemas encontrados foram a má qualidade do asfalto (63,9%), estradas com sinalização ruim (54,2%) e rodovias sem acostamento (46,3%). O investimento recomendado pela entidade supera significativamente os R$ 23,8 bilhões que foram aplicados nos últimos sete anos no Brasil em construção e manutenção de estradas. A CNT alega que o Estado arrecadou nos últimos oito anos R$ 65 bilhões com um imposto criado em 2001 sobre a venda de combustíveis, e que os recursos estavam destinados a investimentos na infraestrutura de transporte. No entanto, apenas um terço da verba procedente do imposto foi investido nas rodovias, já que o Governo usou a maior parte para cumprir suas metas de superávit fiscal, segundo as transportadoras. |
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