25 de out. de 2009

Carros-bomba deixam 132 mortos em Bagdá

Carros-bomba deixam 132 mortos em Bagdá
Dois ataques com carros-bomba no centro de Bagdá deixaram pelo menos 132 mortos e mais de 900 feridos na manhã deste domingo, de acordo com informações da polícia, mais o número de vítimas pode crescer em muito, pela gravidade de alguns feridos e por não ter havido tempo de procurar corpos nos escombros

Foto: Reuters

Imagem poucos instantes após a explosão

Fontes: G1, The New York Times, Fox News, Washington Post, BBC Brasil, O Globo

As explosões aconteceram quase ao mesmo tempo, às 10h30 da manhã, hora local, quando as pessoas se dirigiam ao trabalho. Abalaram prédios na área perto do rio Tigre e lançaram ao ar colunas de fumaça. A primeira bomba tinha como alvo o Ministério da Justiça e a segunda, dez minutos depois, alvejou um edifício do governo provincial, nas proximidades da zona verde, a região fortemente protegida no centro da capital iraquiana, causando muita destruição.

Foto: João Silva/The New York Times

Estes foram os ataques mais mortíferos no país desde agosto de 2007, e ocorrem apenas três meses após os Estados Unidos terem passado o controle da segurança nas cidades iraquianas para as forças locais.

Foto: Associated Press

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri Al-Maliki, visitou o local do ataque e emitiu um comunicado acusando a Al-Qaeda e simpatizantes do ex-presidente Saddam Hussein pelos atentados. Para os analistas esses atentados são tentativas de convencer a população que o atual governo não tem condições de lhes dar segurança, de olho nas eleições marcadas para meados de janeiro do ano que vem.

Os dois ônibus bombas, carregados com 300 quilos de explosivos, foram conduzidos, por extremistas suicidas, até os estacionamentos dos edifícios, onde fizeram a carga destruidora detonar.

Foto: João Silva/The New York Times

A área ao redor do prédio do governo provincial foi inundada com água de canos rompidos, enquanto bombeiros retiravam das ruas corpos carbonizados. Carros incendiados se empilhavam perto dali.

Foto: Associated Press

Os trabalhadores da emergência faziam buscas com guindastes pela fachada do Ministério da Justiça e retiraram corpos enrolados em cobertores.

A violência no Iraque havia diminuído desde que xeiques tribais apoiados pelos Estados Unidos conseguiram enfraquecer o poder de militantes da Al Qaeda e desde que Washington enviou mais tropas ao país árabe. Mas os ataques suicidas continuam comuns num país que está tentando se reconstruir após anos de conflitos, sanções e revoltas populares.

Foto: Hadi Mizban/AssociatedPress

Os principais dirigentes políticos do mundo condenaram o atentado inclusive o prêmio Nobel da Paz 2009 e presidente dos Estados Unidos Barack Obama e manifestaram condolências aos familiares das vítimas.

O ataque acontece no momento em que o governo iraquiano tenta assinar acordos bilionários de petróleo, que farão do Iraque o terceiro maior produtor do produto do mundo.


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