27 de out. de 2009

HONDURAS: Justiça Eleitoral prepara eleição em clima de normalidade

HONDURAS
Justiça Eleitoral prepara eleição em clima de normalidade

O presidente deposto Manuel Zelaya, tenta como último trunfo pedir aos seus partidários que boicotem as eleições, mas o Tribunal Eleitora continua a todo vapor, resta saber se o novo presidente eleito vai ser reconhecido pela comunidade internacional

Foto: La Tribuna

DEBATE NA TV: O candidato a presidência, Elvin Santos, o segundo colocado nas pesquisas, com sua esposa Becky Manzanares, no programa da TV “Decisión-2009”, dedicado a debater com os candidatos

Fontes: La Prensa , La Tribuna, ”thepassiranews”, Reuters, Jus Brasil

Debates televisionados, cartazes nas ruas e promessas de acabar com a pobreza são cenas de uma campanha eleitoral que segue a todo o vapor em Honduras, desafiando os questionamentos internacionais sobre sua legitimidade depois que o presidente Zelaya foi deposto por determinação da suprema corte do país.

Foto: Reuters

As cédulas eleitorais manuseadas por funcionários do Tribunal Superior Eleitoral com fotos de todos os candidatos, no trabalho de preparação do pleito

As eleições gerais de 29 de novembro são vistas pelo governo de fato, como a saída para a crise aberta desde que o presidente Manuel Zelaya foi retirado do poder e expulso do país.

Mesmo sob a ameaças e advertências da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Centro Carter, que puseram em dúvida a existência de condições para uma votação justa, o atual presidente Roberto Micheletti, disse desde o começo que somente "uma invasão" poderia impedir a eleição.

O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) a Honduras, John Biehl, (foto) disse nesta segunda-feira em Washington que é preciso que "as eleições sejam realizadas com um governo institucional e que o governo de fato não esteja instalado no poder. Certa horas das negociações Biehl foi favorável a renuncia de Zelaya e Micheletti para contornar a crise, como havia proposto o presidente de fato.

Foto: La Tribuna

O presidente do TSE, Ministro, Saúl Escobar, no centro, inaugurando um dos centros de informação ao eleitor na Praça centra de Tegucigalpa

Zelaya que quer voltar ao poder de qualquer maneira, não quer nem ver falara nesse assunto, até porque, caso o cargo de presidente ficasse vacante, seria assumido por Jorge Rivera, o presidente da Suprema Corte, que segundo o presidente deposto, foi fundamental para a sua deposição.

Alheio às exigências de Zelaya para retornar ao poder até completar seu mandado, em janeiro, o candidato que lidera as pesquisas, o nacionalista Porfirio Lobo, disputa sua segunda eleição presidencial, que está 16 . Em seguida nas pesquisas está o liberal Elvin Santos.

Lobo, de 61 anos, empresário do setor agrícola, apelidado de "Pepe", tenta se afastar do conflito. Ele promete erradicar a pobreza, que afeta 60 por cento dos hondurenhos, e acabar com a incerteza que afasta os investimentos estrangeiros.

Foto: Associated Press

ESPAÇOSO: align=justify>Zelaya que continua abrigado na embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, se assumisse o poder hoje, teria 49 dias restantes, como presidente do país, já que teria de entregar o cargo ao novo presidente eleito.

Roberto Micheletti teme que se Zelaya venha a assumir o poder, antes das eleições ter ocorrido, tente suspender o pleito, faça uma caça às bruxas aos que não lhe apoiaram quando deposto e tente mudar a constituição para continuar no poder.

Foto: Getty Images

Zelaya diz por outro lado que o governo de Bacheletti, não está preparando um pleito, está preparar uma fraude. Seus partidários pedem o boicote da votação, e em manifestações quase diárias destroem as propagandas eleitorais, expostas nas ruas de Tegucigalpa.

Os dois candidatos de esquerda partidários de Zelaya, César Ham, da Unificación Democrática (UD), e o independente Carlos H. Reyes ameaçam retirar suas candidaturas se o presidente não for reconduzido ao cargo, bem antes das eleições. Os dois não têm peso eleitoral e aparecem bem distantes nas pesquisas. Mas simbolicamente podem ser usados para tentar invalidar o pleito.

CASA DOS FESTEJOS

Foto: Reuters

A embaixada brasileira virou local das comemorações dos Zelayas. Ontem, 26, foi a vez de Zoe Zelaya a filha mais velha do presidente deposto, que no fim de setembro deu a luz de um menino, comemorar o seu aniversário, 25 anos.

Na foto a menina Irene Melara neta de Manuel Zelaya, apaga a vela do bolo comemorativo do aniversário da mãe.

Este é terceiro aniversário comemorado em território brasileiro, pela família, antes se comemorou da esposa do ex-presidente, Xiomara Castro depois de um seu partidário que está com ele na embaixada, Andres Romero, e agora da filha.


Um comentário:

Anônimo disse...

Chiste, diz:

O Brasil parece curva de rio: só tem enroscos