16 de fev. de 2009

O PMDB É UM TÚMULO

O incrível silencio tumular do PMDB depois da entrevista de Jarbas

Chargelegenda de Toinho de Passira sobre foto de José Cruz/ABr

Fontes: Blog do Noblat, Entrevista de Jarbas

O barulhento silêncio do PMDB, atingido pelos mísseis disparados pela entrevista do Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, mostra que o monstrengo ficou momentaneamente paralisado com o ataque, mas não se alegrem, eles tem muita capacidade de reação. Não lhes falta cara de pau, sangue de barata e refinado cinismo, para continuar tocando o projeto de corrupção total e pontual como se nada tivesse acontecido.

O jornalista Ricardo Noblat no seu Blog, nos últimos dias, desafiava alguém do PMDB que respondesse a Jarbas, que detonou seu bacamarte giratório, há mais de 48 horas, nas páginas amarelas da Revista Veja.

Uma entrevista histórica, que não tem nenhuma novidade sobre o PMDB, nada que todo mundo já não soubesse, mas ao mesmo tempo, é inédita por ter sido um importante integrante do próprio partido, que abriu os porões apodrecidos da legenda, expondo a céu aberto, suas falcatruas, sua sede de poder para se locupletar e a ambição corrompida dos seus principais líderes no Congresso Nacional, do partido que tem o maior número de representantes, nas duas casas legislativas.

Como um anticorpo de dentro do próprio partido, na condição de fundador da legenda, depois de ter ocupado todos os cargos eletivos no Estado de Pernambuco, o Senador Jarbas, ligou uma bomba relógio dentro das entranhas do PMDB.

O blogueiro pernambucano Noblat que já enfrentou a repressão, viu o mensalão de perto, afirma de não ter lembrado, nem lido, nos últimos 10 anos “entrevista mais contundente, mais arrasadora, mais direta, mais franca, mais espantosamente realista.”

O jornalista disse ainda que foi a luta e procurou os “principais líderes do PMDB para ouvi-los a respeito e não consegui falar com nenhum.”

E comentou: “A direção do PMDB deve estar grogue ou na lona depois do que Jarbas disse.

Fará o quê? Expulsará um dos fundadores do partido por ter dito sobre o PMDB o que já se sabe? Ou se limitará a censurá-lo? Ou nada dirá?” – conclui Noblat

DE QUE ACUSARÃO JARBAS NOS PRÓXIMOS DIAS?

Foto: JC/Imagem

Pela gente "cozinhada na casca e na gorda" que hoje povoa o PMDB, profetizamos que ninguém dirá uma palavra a respeito. Polemizar com Jarbas seria fazê-lo crescer mais ainda, neste momento.

No máximo comentarão estranhar que o Senador que “se diz tão sério”, continue num partido que acusa de tanta irregularidade...

Ninguém vai pedir que Jarbas, por exemplo, prove o que disse.

Deverão encontrar alguma reserva moral dentro do partido, como o Senador Wellington Salgado, por exemplo, que lerá na tribuna um texto, possivelmente escrito por algum dos mais ofendidos com a entrevista, como o Senador Renan Calheiros, que usara o velho recurso de puxar para lama o adversário, para lhe desmoralizar a acusação.

A esta altura do campeonato a central de dossiês deve estar funcionando a todo vapor, para encontrar acusações que possam encontrar irregularidades cometidas por Jarbas, de ter feito isso, ter feito aquilo, ter feito aquilo outro.

Vão encontrar pecadilhos, pecados e toda a sorte de defeitos no senador pernambucano, que humano que é, sem pretensões a santidade, aos 67 anos, deve ter algum ou muitos calcanhares de Aquiles, durante todo esse tempo em que viveu e principalmente durante os quarenta anos de vida pública contando os 16 anos em que foi Prefeito do Recife e Governador de Pernambuco.

Mas essa é mais uma armadilha que o PMDB pode cair. Por mais que se comprove ou calunie Jarbas Vasconcelos, nada do que ele disse na entrevista deixará de ser verdade e continuará sendo.

Se fosse cínico, Jarbas até poderia responder as acusações perguntando: o que vocês esperariam de um integrante do PMDB?

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