Ministro Gilmar Medes publicamente repreendido pelo bandido José Rainha
Fontes: Diário de Pernambuco, Agência Brasil
Como o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, disse com jeitinho, que quem repassa recursos a entidades que cometem atos ilícitos também está cometendo uma ilegalidade, referindo-se as invasões de terra feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no feriado de carnaval, em São Paulo e Pernambuco, (onde quatro pessoas foram mortas pelos guerrilheiros do MST).
Hoje foi rebatido pelo prestigiado chefe da guerrilha o intocável José Rainha que liderou a ocupação de 21 fazendas no Pontal do Paranapanema durante o carnaval, que cobrou do ministro o mesmo tratamento dispensado ao banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity e acusado de corrupção, durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, no ano passado e recebeu dois habeas corpus seguidos do Presidente do STF.
Gilmar Mendes muito diplomático com os guerrilheiros do MST, na entrevista que irritou o líder da quadrilha do MST, quando questionado se o repasse de recursos que o Ministério do Desenvolvimento Social faz ao MST é ilegal, saiu de fininho para não polemizar, respondendo que quem deve analisar o caso é o Ministério Público.
Embora tenha afirmado em seguida que os movimentos sociais devem ter liberdade para agir, mas devem ter respeito pelo estado de direito.
“No estado de direito todos estão submetidos à lei, não há soberanos. Se alguém pode invadir sem autorização judicial ele se torna soberano, logo ele está num quadro de ilicitude”, explicou.
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Rainha ensina ao Ministro que a invasão de terra não é um crime e disse que vai pedir ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) (foto) que intermedie um encontro com o Presidente do Supremo Tribunal Federal, o próprio Ministro Gilmar Mendes, possivelmente para lhe dizer alguns desaforos.
Óbvio que o poderoso e perigoso José Rainha está mais uma vez desafiando a justiça e insinuando que o Ministro soltou Daniel Dantas de maneira suspeita, é assim que faz sempre quando quer desqualificar uma autoridade.
Quando for questionado de novo, vai dizer que não falou bem assim, que não queria desrespeitar o ministro, que estava só pedindo de forma geral, que os pobres tivessem os mesmos direitos diante da justiça, que os ricos.
Isso é uma velha tática guerrilheira de atacar e soprar, pondo sob suspeitas as autoridades constituídas e tentar se equiparar a elas, exigindo de público que um senador da republica sirva de intermediario para uma reunião com ele.
Será uma bela reunião: um senador traído, um guerilheiro cínico, atrevido e condenado e a maior autoridade judiciária do país, que sofre da sindorme do habeas corpus.
Foto: Arquivo
José Rainha e Daniel Dantas, no momento de prisões e depois soltos:
dois belos exemplos de impunidade.
José Rainha não tem o que se queixar da Justiça, ele já obteve vários habeas corpus e também está em liberdade esperando recursos de condenações.
É verdade que o banqueiro Daniel Dantas foi preso duas vezes e acabou solto após habeas corpus concedidos pelo Ministro Mendes, mas foi condenado em dezembro a dez anos de prisão pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis, mas aguarda julgamento de recursos em liberdade.
Rainha foi bem menos incomodado pela justiça, do que merecia, tem contra si três condenações: porte ilegal de arma, incêndio criminoso e furto qualificado (ficou com R$ 1,4 mil de um assentado), juntas elas somam quase 13 anos de prisão.
Os dois estariam mais adequadamente instalados, em celas de presídios, longe da sociedade e do dinheiro público, que aguardando recursos em liberdade, continuando na prática criminosa.
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