9 de fev. de 2009

CARMEN MIRANDA - CEM ANOS DA PEQUENA NOTÁVEL


CARMEN MIRANDA“Caroom pa pa – Baiao”
Seria uma versão para o ingles da música “Baião” de Luiz Gonzaga, transformada em música de carnaval, com gente vestida de rumbeira, e passistas que de longe lembra dançarinos de frevos de pernambuco. Uma loucura tropical, para confudir americanos, para sempre!

Fontes: Wikipedia, G1, A Tarde

Carmen Miranda nasceu, a freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses, em Portugal e foi batizada com o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto e de Maria Emília Miranda . Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, onde chegou ainda criança de colo, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas.

Assim a portuguesa Carmen Miranda, nascida há exatos 100 anos, dois dias depois de Dom Helder Camara, é universalmente a mais conhecida brasileira.

Por trás da artista alegre e encantadora, que arrebatou multidões de fãs, no Brasil e nos Estados Unidos, sua vida foi marcada por violência conjugal, desavenças familiares, para se tornar artista, e dependência de medicamentos.

Como todo gênio,superando obstáculos e mesmo tendo morrido muito cedo aos 46 anos, conseguiu chegar a ser a estrela mais bem paga de Hollywood e a única brasileira que tem sua marca na Calçada da Fama.

Carmen era vaidosa, se orgulhava disso, e queria se manter jovem. Encarou duas cirurgias plásticas no rosto (uma delas, no nariz, precisou ser refeita) e assumiu que faria outras no futuro, para olhar o espelho com mais prazer e menos incômodo.

De acordo com a ONU, a cantora e atriz é o “símbolo” latino-americano mais conhecido do século passado.

E os primeiros ventos do século XXI, ao que parece, estão longe de diluir as cores dos seus turbantes e chapéus tutti-frutti ou enfranquecer a força dos seus trejeitos.

Com apenas 1,52 metro de estatura e sobre um salto de 20 centímetros, Carmen Miranda conquistou Hollywood desde o momento em que atracou no porto de Nova York.

Com um punhado de palavras mal pronunciadas em inglês, ganhou a simpatia de maneira instantânea do público americano, como destaca um dos documentários mais importantes sobre sua vida: "Carmen Miranda: Bananas Is My Business", de 1995, dirigido por Helena Solberg.

As palavras mal pronunciadas de Maria do Carmo Miranda da Cunha ao chegar, aos 30 anos, em Nova York, marcaram seu destino nos Estados Unidos.

Os americanos gostaram tanto de seu jeito de falar que Carmen nunca pôde mostrar seus progressos no inglês e teve de manter em público um terrível e cômico acento que a marcou tanto como os saltos, os chapéus, as frutas e as roupas que deixavam sua barriga à mostra.

Sua personagem popularizou o samba, um ritmo novo que ela introduziu nos Estados Unidos apesar de seu gosto pelo tango, primeiro ritmo que interpretou no início de sua carreira no Brasil.

Desde muito jovem queria ser artista, apesar da oposição de sua família, e começou a cantar em festas enquanto trabalhava em uma chapelaria, quando começou a desenhar chapéus com uma enorme imaginação.

O início de seu sucesso como cantora chegou em 1930, depois que gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim". Menos de 10 anos depois, ela desembarcou nos Estados Unidos.

Carmen participou com enorme sucesso de vários musicais da Broadway - onde recebeu o apelido de "a bomba brasileira" - e depois se consagrou em Hollywood, onde participaria de 14 filmes entre 1940 e 1953.

A "Pequena Notável" se transformou em uma grande estrela internacional, e em 1945 tinha o melhor salário de Hollywood, acima de nomes como Cary Grant e Humphrey Bogart.

Como cantora, vendeu mais de 10 milhões de discos no mundo todo, e emplacou sucessos atemporais como "Mamãe Eu Quero" e "Tico-Tico No Fubá".

O sucesso a levou a um ritmo de trabalho infernal, com até três espetáculos diários, combinados com rodagens de filmes e reuniões, o que só conseguia suportar com grandes quantidades de anfetaminas, em uma época na qual seu consumo em Hollywood era bastante generalizado e muito pouco ou nada criticado.

E para congestionar ainda mais sua concorrida agenda, foi nomeada embaixadora da política de boa vizinhança em direção à América Latina impulsionada pelo presidente Franklin D. Roosevelt.

Uma ocupadíssima e bem-sucedida vida profissional muito distante do fracasso da pessoal. Carmen passou por várias relações, um aborto (acidental ou provocado, segundo as versões) e um matrimônio com o produtor David Sebastian pela simples razão de que foi o único homem que lhe pedir em casamento.

Carmen Miranda realizou sua última aparição pública no programa televisivo de Jimmy Durante, em 4 de agosto de 1955, no qual, muito deteriorada fisicamente, ainda foi capaz, embora a tropeções, de fazer uma de suas típicas apresentações.

Morreu poucas horas depois de infarto, em seu quarto, enquanto um grupo de amigos participava de uma festa no primeiro andar de sua mansão. Ela tinha apenas 46 anos.



Postados por Toinho de Passira