PAULA OLIVEIRA PROIBIDA DE SAIR DA SUIÇA O Minstério Publico suiço abre investigação criminal e bloqueia passaporte da pernambucana Paula
Fontes: O Globo, Veja- Notícias, Estadão
O Ministério Público de Zurique abriu uma investigação criminal contra a advogada pernambucana Paula Oliveira. 26 anos, por suspeita de falso testemunho à polícia local. Ela alega ter sofrido perdido bebês após ter sido supostamente agredida por neonazistas na semana passada. Segundo o Ministério Público local, a denúncia ocorre por ela ter alegado estar grávida, quando exames provaram o contrário.
A Justiça vai intimar Paula para que preste depoimento e após ouví-la deverá liberá-la para que retorne ao Brasil. Segundo a Procuradoria-Geral de Zurique, um advogado já foi indicado para defender Paula e ela aceitou a oferta.
Os promotores querem manter Paula na Suíça, para garantir a presença dela durante a investigação criminal. O passaporte dela e seus documentos legais estão bloqueados.
Paralelamente à suspeita de falso testemunho, o caso ainda segue por um outro caminho. A polícia ainda investiga se de fato Paula foi vítima de uma agressão na semana passada. Ontem, Paula recebeu alta do hospital e voltou para casa. Ela deixou o hospital em que estava internada havia seis dias por uma saída secundária, evitando a imprensa e passou a noite de ontem em seu apartamento no subúrbio de Zurique.
Até ontem, Paula não sabia da versão da polícia. Mas sua mãe decidiu revelar o conteúdo do laudo.
"Paula reagiu com indignação e tristeza. Ela está com as emoções à flor da pele", afirmou Oliveira.
"Ao sair do hospital, ela precisava voltar à realidade", justificou o pai sobre por que a família tomou a decisão de contar o que a polícia havia descoberto.
Segundo fontes próximas à investigação, a automutilação é a hipótese cada vez mais provável.
Segundo o Ministério Público de Zurique, não haveria necessidade de manter Paula na Suíça para as próximas etapas do processo. O SVP não vê problemas na volta de Paula para o Brasil, mas quer que ela arque com os custos da investigação. "O contribuinte suíço não deve pagar a conta", disse Alain Hauert, porta-voz do partido.
O Ministério Público admite porém que dificilmente Paula será presa. Para os promotores, ela sofreria de problemas psicológicos e a prisão não seria a resposta ao incidente.
Pela lei suíça, falso testemunho pode resultar em pena de até 3 anos.
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