14 de fev. de 2010

EUA - AFEGANISTÃO: A Batalha de Obama

EUA - AFEGANISTÃO
A Batalha de Obama
Milhares de soldados americanos, britânicos e afegãos, apoiados por dinamarqueses e estonianos, estão agora avançando por terra e ar em partes dos distrito de Nad Ali que há muito estavam nas mãos de insurgentes talibãs. É a primeira grande ofensiva militar liderada pelos americanos desde que o presidente, Barack Obama, Prêmio Nobel da Paz, assumiu o governo

Foto: Associated Press

Soldado americanos do 4 º Batalhão, 23 º Regimento de Infantaria, Brigada 5, 2 ª Divisão de Infantaria, patrulham junto a um Stryker na área Qulp Badula, a oeste de Lashkar Gah, na província de Helmand, sul do Afeganistão, sábado, 13 fevereiro, 2010

Fontes: BBC Brasil, BBC Brasil, Reuters, The New York Times

O comandante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no sul do Afeganistão, General Nick Carter, declarou que a megaoperação contra o Talebã na região "tem sido extremamente bem-sucedida até agora".

Segundo informações do Exército afegão, ao menos 20 insurgentes do Talebã foram mortos durante uma grande ofensiva na cidade de Marjah, um reduto de militantes na Província de Helmand. 11 insurgentes também teriam sido capturados e rifles, metralhadoras e granadas, apreendidos.

Foto: Associated Press

Militares médicos americanos atendem dois talibãs feridos em combate enquanto um terceiro é revistado e interrogado por um marine

Um porta-voz da Otan confirmou que dois soldados das forças internacionais morreram durante o primeiro dia da operação. Um deles, durante a explosão de uma bomba caseira e outro, atingido por um atirador.

Foto: Associated Press

Paramédicos do Exército evacua um Marine americano feridos por um foguete de ataque com granadas, em Marjah, na província de Helmand, sul do Afeganistão, sábado 13 de fevereiro de 2010

Três soldados americanos também teriam sido mortos por explosivos, mas ainda não está claro se eles faziam parte da ofensiva, que está sendo considerada a maior no país desde a queda do regime dos talebãs, em 2001, envolvendo mais de 15 mil soldados.

Foto: Reuters

A progressão é feita em território inimigo com toda a precaução, pois os campos estão excessivamente minados

O objetivo final da operação batizada de Moshtarak (que significa “juntos” no idioma local dari) é assegurar o controle do governo nas áreas de Marjah e Nad Ali, na Província de Helmand, que abrigavam centenas de militantes talebãs antes da ofensiva.

Foto: Reuters

Fuzileiros americanos da Companhia Bravo, do 1° Batalhão de Fuzileiros 6, reagrupam-se para investir contra a cidade de Marjah, no distrito de Nad Ali, na província de Helmand

Um comandante do grupo extremista disse à rede de televisão ABC que seus homens estavam se retirando da região para poupar as vidas de civis.

Foto: Associated Press

As tropas têm avançado com cautela pelos campos de papoulas tentando não detonar explosivos deixados por militantes do Talebã.

Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Uma ponte sobre um canal de acesso a Marjah estava tão carregada de bombas que os soldados tiveram que construir pontes improvisadas para entrar na cidade, segundo informações da agência Associated Press.

Marjah é considerada uma localização importante para a lucrativa rede de tráfico de ópio - a substância usada para produzir heroína -, colhido dos campos de papoulas da Província de Helmand.

Foto: Associated Press

Patrulha de soldados canadenses perto do local de um atentado suicida em Kandahar, sul do Afeganistão

Mas o especialista em segurança da BBC Frank Gardner diz que o verdadeiro teste para o sucesso da operação Moshtarak não está no campo de batalha, mas sim na fase após os confrontos.

Foto: Reuters

Cães especialmente amestrados são utilizados para farejar os inimigos em locais de difícil acesso

Tudo dependeria de a coalizão conseguir trazer segurança duradoura e boa governância à população local, que teria deixado a região com medo do fogo cruzado.

OS CIVIS NO FOGO CRUZADO:

O presidente afegão, Hamid Karzai, e o comandante da operação da Otan pediram que os soldados evitem a morte de civis a todo custo, já que a operação também visa conseguir o apoio dos moradores.

Foto: Tyler Hicks/TheNewYorkTimes


Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Foto: Associated Press


Foto: Reuters

A estratégia do comandante geral da Otan Stanley McChrystal consiste na tomada de centros populacionais, mas não combater em áreas muito populosas, para se evitar a morte de civis, o que arruinaria a chance do governo de ganhar mais apoio dos afegãos.

Segundo o correspondente da BBC em Washington Adam Brookes, a ofensiva tem uma grande importância política, já que marca a primeira grande ação militar no Afeganistão desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de mais 30 mil soldados americanos ao país.


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