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6 de abr. de 2014

A fotografa alemã, Anja Niedringhaus, da Associated Press, é morta em ataque terrorista no Afeganistão

AFEGANISTÃO - ALEMANHA
A fotografa alemã, Anja Niedringhaus, da Associated Press, é morta em ataque terrorista no Afeganistão
A jornalista, muito experiente em atuar em áreas de conflito, desde a guerra do Iraque, cobria os preparativos das eleições afegã, acompanhada da jornalista canadense, Kathy Gannon, que saiu ferida no atentado. Um oficial da polícia disparou contra elas, propositalmente, dentro de uma base militar, onde aguardavam para acompanhar um comboio de funcionários do serviço eleitoral.

Foto: Peter Dejong/Associated Press

Anja Niedringhaus, da Associated Press, morta, nesta sexta,
durante a cobertura das eleição no Afeganistão

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Yahoo News, Associated Press, Huffington Post, The Guardian, CTV News, Huffington Post, Deutsche Welle

A fotógrafa alemã, Anja Niedringhaus, de 48 anos, da agência de notícias Associated Press (AP), morta nesta sexta-feira no leste do Afeganistão por um policial, enquanto cobria a preparação do primeiro turno da eleição presidencial, era aclamada internacionalmente, pelo seu trabalho no fotojornalismo, tendo inclusive ganhado prêmio Pulitzer em 2005, o Oscar do jornalismo, por sua cobertura do conflito no Iraque.

Niedringhaus estava acompanhada da colega fotografa canadense Kathy Gannon, 60 anos, que também foi alvejada. Gannon é correspondente da Associated Press no Afeganistão e Paquistão, há quase trinta anos, foi atingida por três disparos que lhe atingiram no ombro e punho. Ela foi atendida em um hospital militar de Cabul, e não corre risco de morte.

Este é o segundo ataque recente contra jornalistas ocidentais no Afeganistão. No dia 11 de março o repórter sueco Nils Horner foi morto a tiros.

Em 20 de março, o jornalista da AFP Sardar Ahmad, sua mulher e dois filhos do casal morreram em um tiroteio no hotel Serena de Cabul, que deixou nove mortos no total.

O ataque desta sexta-feira aconteceu às 10H45 (03H15 no horário de Brasília) na província de Khost, na fronteira com o Paquistão.

Khost é uma província remota e infiltrada pela rebelião talibã. Além disso, fica perto da fronteira com as zonas tribais paquistanesas, verdadeiro reduto de insurgentes.

As duas acompanhavam um comboio de funcionários eleitorais encarregados de entregar cédulas para a votação do sábado. O comboio estava protegido por forças de segurança afegãs. Eles estavam em seu próprio carro com um tradutor e um jornalista freelancer da AP.

O governo afegão informou que o assassino é um "oficial da polícia nacional", que disparou contra as duas jornalistas, quando elas estavam num veículo dentro de uma base das forças de segurança locais.

“O criminoso, pertencente ao contingente que deveria proteger as jornalistas, gritou ‘Allah Akbar’ (Deus é grande) e abriu fogo” com sua AK-47. Em seguida rendeu-se aos outros policiais.

Anja Niedringhaus era uma veterana fotógrafa de guerra. Começou sua carreira aos 16 anos em um jornal local na Alemanha. Estudou literatura, filosofia e jornalismo antes de cobrir a queda do muro de Berlim para agência EPA em 1990.

Em 2002, foi contratada pela AP. Cobriu diversos conflitos, incluindo em Israel, Palestina, Iraque, Afeganistão e Paquistão, além de ter realizado trabalhos na área de esporte.

O ataque desta sexta-feira aconteceu na véspera do primeiro turno da eleição presidencial afegã, que os talibãs prometeram "perturbar" por todos os meios. A votação designará o sucessor de Hamid Karzai, o único presidente que o país conheceu desde a queda dos talibãs em 2001 e que, segundo a Constituição, não pode disputar um terceiro mandato.

O novo presidente terá um grande desafio: a garantia da segurança do país por forças afegãs, pois até o fim do ano será concluída a retirada das tropas da Otan.

"Anja e Kathy juntos passaram anos no Afeganistão cobrindo o conflito e as pessoas de lá. Estamos inconsoláveis com a perda dela", disse o Editor Executivo, da Associated Press, Kathleen Carroll, falando em Nova York.

As fotos de Anja Niedringhaus retratavam uma visão perspicaz, feminina, lírica, suave e crítica, a situação extrema da guerra, ou onde quer que estivesse com sua câmera.

Vejam algumas das fotos que celebrizaram Anja Niedringhaus:

Fotos: Anja Niedringhaus/Associated Press

Esta fotografia de um fuzileiro naval EUA carregando uma mascote da sorte, patrulhando com sua unidade Faluja ganhou um prêmio Pulitzer, de fotojornalismo, como parte de uma série de imagens de combate sangrento no Iraque em 2004


Uma mulher, afegã, segura seu bebê, enquanto aguarda para experimentar uma nova burca, numa loja na cidade velha de Cabul, abril 2013


Soldado americano, caminha sobre seu veículo blindado ao pôr do sol, enquanto se prepara para um exercício militar noite no deserto do Kuwait ao sul da fronteira com o Iraque em dezembro de 2002


Rebeldes líbios celebram ao lado de carros em chamas depois que as forças do líder Muammar Gaddafi foram rechaçadas de volta a Benghazi, março 2011


O para-atleta, Oscar Pistorius da África do Sul compete no atletismo de 400 metros dos homens semifinal no Estádio Olímpico, Londres 2012


Um soldado francês, do contingente da ONU franceses e uma jovem civil, prestam os primeiros socorros a um soldado bósnio, gravemente ferido por um franco atirador, que morreu segundo depois, em 1994


Um militar afegão monitorando o tráfego, a nordeste de Cabul, em um bloqueio na estrada que leva ao aeroporto de Bagram, em 2002. Durante a operação militar Liberdade Duradoura, uma aliança sob a lideração dos EUA, em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro


A polícia de choque, italiana, em Génova enfrenta manifestantes antiglobalização, durante a cúpula dos países da G8, em 2001, durante os protestos em que um jovem foi baleado.


A visita de estudantes afegãs, a uma escola primária internacional, em Omid, depois que o Talibã, que é contrario a frequência de meninas nas escolas, foram rechaçados e enfraquecidos, em 2011.


Na Faixa de Gaza, mulheres palestinas choraram por um parente que está entre as vítimas de um ataque militar por parte do exército israelense, em 2009

20 de mai. de 2013

Parlamentares afegãos rejeitam aprovar lei que dá direitos as mulheres e as protegem de violência doméstica

AFEGANISTÃO – Radicalismo
Parlamentares afegãos rejeitam lei que dá direitos as mulheres e as protegem de violência doméstica
O decreto aprovado pelo presidente Karzai em 2009, está sendo torpedeado por deputados conservadores que julgam o dispositivo anti-islâmico. Sob o ponto de vista de uma parlamentar, suprimir da tradição afegã, o direito de processar, por adultério, mulheres estupradas, levaria o país ao caos social. Outro lembrou que “o Alcorão deixa bem claro que um marido tem o direito de bater numa esposa desobediente”. Apesar da melhoria da condição de vida feminia, após a queda do regime talibã, as mulheres afegãs ainda estão muito distantes de gozarem de direitos básicos. Estão proibidas de praticar esportes, lutam pelo direito de poder andar de bicicleta, e são ameaçadas ou até agredidas por frequentarem escolas.

Foto: Reuters
BURCA FASHION - Ativistas costumam dizer que o Afeganistão é o pior lugar no mundo para se nascer mulher.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Al Jazeera, The Guardian, O Globo, Giornaettismo, Huffington Post, Veja

Legisladores conservadores religiosos do Parlamento afegão impediram que fosse aprovada, neste sábado, lei que criminaliza a violência contra a mulher, sob o argumento que parte do dispositivo proposto violava princípios e islâmicos e incentivava a desobediência feminina.

Os direitos das mulheres afegãs, ainda é sufocado por uma interpretação radical do Islã, mesmo depois de mais de uma década da queda do regime Talibã, que mantinha as mulheres virtuais prisioneiras em suas casas.

Khalil Ahmad Shaheedzada, um parlamentar conservador da província de Herat, disse que a lei foi retirada, pouco depois de ser posta em discussão no parlamento, devido ao repúdio causado por integrantes de partidos conservadores e religiosos que consideraram parte da lei, uma afronta ao Islã.

"Tudo o que é contra a lei islâmica, não merece nem ser discutido", disse Shaheedzada.

A Lei sobre Eliminação da Violência Contra as Mulheres está em vigor desde 2009, por decreto presidencial, uma espécie de Medida Provisória, local.

Ela foi levada ao debate no Congresso, numa tentativa de aprovação, pelo parlamentar, Fawzia Kofi, ativista dos direitos das mulheres, que teme uma reversão potencial, no formato em que se encontra, por qualquer futuro presidente que pode revogá-la para satisfazer os partidos religiosos linha-dura.

No mês de abril do próximo ano, haverá eleições para presidente e o atual mandatário, presidente, Hamid Karzai, autor do decreto, está impedido constitucionalmente a tentar uma nova reeleição.

Na lei barrada pela ala conservadora do parlamento afegão, consta a conquista de direitos básicos, como a criminalização da prática de casamento infantil e casamento forçado, e o "baad", que é a utilização da mulher como objeto de troca ou de venda, para a resolução de disputas entre clãs. Também prever a punição de até três anos, no caso de crimes de violência doméstica, e não permite que mulheres vítimas de estupro sofram acusações criminais de fornicação ou adultério.

No parlamento afegão, na chamada câmara baixa, equivalente a nossa Câmara Federal, há 250 assentos, entre os quais 60 ocupados por mulheres, quase todas eleitas em virtude da obrigatoriedade imposta pelas "quotas" constitucionais.

Kofi, revelou desapontado que existem muitas mulheres parlamentares, entre aqueles que se opõem à aprovação do decreto presidencial.

Foto: BBC

UNHAS LIVRES - Mulheres na fila de votação, exibem o título de eleitor e as unhas pintadas, símbolos de liberdade feminina

Na verdade o decreto atual em vigência, não é aplicado em toda a sua plenitude. A análise das Nações Unidas no final de 2011 registrou que apenas uma pequena percentagem dos crimes denunciados contra as mulheres foram investigados pela justiça afegã. Entre março de 2010 e março de 2011 - o primeiro ano completo da vigência do decreto, os promotores formalizaram apenas 155 acusações criminais, dos mais de 2.200 crimes relatados.

A proibição de casamento infantil e a ideia de proteger as mulheres vítimas de estupro foram particularmente os temas que aqueceram os debates no parlamentar, disse Nasirullah Sadiqizada Neli, outro parlamentar conservador da província de Daykundi.

”É errado que a família não possa casar sua filha enquanto ela não tiver 16 anos - disse Obaidullah Barekzai, deputado pela província de Uruzgan, no sudeste, onde os índices de alfabetização de mulheres estão entre os mais baixos do país.

Barekzai argumentou contra quaisquer limites de idade para as mulheres, citando a histórica figura de Hazrat Abu Bakr Siddiq, um companheiro do profeta Maomé, que teria casado a filha quando ela tinha ainda 7 anos. Pelo menos outros oito parlamentares, a maioria do Conselho Ulema, um órgão integrado por clérigos, juntou-se a ele em condenar a proposta de lei como anti-islâmica.

Sob o ponto de vista de Neli, suprimir da tradição afegã, o direito de processar, por adultério, mulheres estupradas, levaria o país ao caos social. E tem uma explicação: “com essas liberdades do mundo ocidental, as mulheres poderiam sentirem-se motivadas a praticarem sexo extraconjugal, sem riscos de punição diante da possibilidade de alegar estupro sempre que forem flagradas em adultério”.

Outro deputado, Mandavi Abdul Rahmani da província Barlkh, que também se opôs a aprovação da lei tem argumento mais radical:

"O adultério é um crime no Islã, seja pela força ou não", disse.

Adiantou ainda que no Alcorão está bem deixa claro que um marido tem o direito de bater numa esposa desobediente como um último recurso, de forma moderada, sem causar-lhe danos permanentes. "Mas essa lei", disse ele indignado, "Diz que se um homem bate na mulher, em qualquer circunstância, deve ser preso de três meses a três anos!”

Para ele a lei reflete valores não aplicáveis no Afeganistão e incentivará a desobediência entre as meninas e as mulheres, aos seus maridos, pais e parentes mais velhos.

Foto: AFP

SEM VÉU - A burca não é obrigatória, e muitas famílias permitem as mulheres mostrarem o rosto em público, embora seja de bom tom manter a cabeça coberta e o resto do corpo oculto pela vestimenta.

A liberdade para as mulheres é uma das mais visíveis e simbólica mudança no Afeganistão desde a campanha norte-americana 2001, que derrubou o regime talibã. Enquanto no poder, o Talibã impôs uma interpretação radicalissima do Islã com restrições severas à vida das mulheres.

Por cinco anos, o regime proibiu as mulheres de trabalhar, incluindo professoras, médicas e, enfermeiras, de ir à escola, ou mesmo de sair de casa sem um “mahram” (marido ou parente do sexo masculino). Em público, todas as mulheres foram forçadas usar a burca, uma vestimenta que cobre todo o corpo e deixa apenas uma cortina a altura dos olhos.

As proibições iam a detalhes, por exemplo, estavam proibidas de falar com vendedores homens; ser tratada por médicos homens (num país onde as mulheres eram proibidas de exercer a medicina); qualquer tipo de maquiagem (muitas mulheres tiveram seus dedos cortados por pintar as unhas); falar ou apertar as mãos de estranhos; rir alto (nenhum estranho deveria sequer ouvir a voz da mulher); usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam, já que é proibido a qualquer homem ouvir os passos de uma mulher; praticar qualquer tipo de esporte ou mesmo entrar em clubes e locais esportivos; andar de bicicleta ou motocicleta, mesmo com seus “mahrams”; usar roupas que sejam coloridas ou, na concepção talibã, “que tivessem cores sexualmente atrativas”.

Não parava por aí, era proibida também a participação de mulheres em festividades; lavar roupas nos rios ou locais públicos; aparecer nas varandas de suas casas; usar calças compridas mesmo debaixo da burca; se deixar fotografar ou filmar e muito menos cantar.

Por outro lado o testemunho de uma mulher valia, e informalmente ainda vale, a metade do testemunho masculino e a mulher não podia recorrer à Corte diretamente – isso tem que ser feito ao lado de um membro masculino da sua família. Sabe-se que essa tradição ainda não foi desincorporada, e por isso, a violência doméstica fica impune, pois a mulher teria que estar acompanhada do agressor, ou de outro membro masculino de destaque na família do marido, sogro, avô etc. para prestar a queixa.

O impasse legislativo do sábado refletiu o poder dos partidos religiosos. Embora o decreto continue em vigor, mesmo que vagamente aplicado é melhor que nada. Tecnicamente o parlamento pode ainda neste ano voltar a discutir a questão, dependendo do resultado do parecer de uma comissão, nomeada na ocasião, que examinará a possibilidade.

Algumas ativistas, entre elas, Heather Barr, pesquisadora da Human Rights Watch, se dizem preocupadas com possíveis mudanças na lei, com a certeza que os conservadores vão procurar enfraquecê-la -, retirando as disposições que não lhes agradam - ou mesmo revogá-la, na totalidade.

Os temores tem fundamentos quando se ouve parlamentares como Abdul Sattar Khawasi, membro da província de Kapisa, chamar os abrigos para mulheres vítimas de violência, como um lugar "moralmente corrompido" e o Ministro da Justiça, Habibullah Ghaleb, que declarar que considera esses abrigos de mulheres vitimadas, com casas de "prostituição e imoralidade".

Junta-se ao grupo o deputado Rahmani, que lamenta que o presidente Hamid Karzai tenha elaborado decreto, que segundo ele precisa ser mudado ou revogado

"Não podemos ter um país islâmico, com leis basicamente ocidentais", concluiu ele.

EXEMPLO DE VIOLÊNCIA AFEGÃ CONTRA MULHERES

Foto: Film Magic; Associated Press

No dia 09 de agosto de 2010 a revista Time publicou em sua capa a foto de uma garota afegã mutilada. A fotografa sul-africana Jodi Bieber, encontrou Bibi Aisha, 18 anos, em um campo de refugiados em Kabul e contou a sua história para o mundo.

O tio de matou um homem e como indenização precisou oferecer duas sobrinhas para a família da vítima. Ela foi aprisionada no estábulo até o dia em que menstruou sendo então entregue ao homem que seria seu futuro marido, que lhe submeteu a sucessivas torturas e espancamentos. Bibi fugiu mas, andando sozinha na rua sem a companhia de um homem, foi imediatamente presa.

Seu pai a encontrou na prisão após quatro meses, mas foi obrigado devolvê-la a família do marido. Como punição, ela foi segurada pelos cunhados e o marido arrancou seu nariz e orelhas com uma faca, pela ousadia da desobediência. Logo após o evento, o sogro de Bibi foi visto andando com seu nariz pelas ruas como se fosse um trofeu enquanto era deixada para morrer nas montanhas.

Bibi Aisha foi salva por um grupo de civis que faziam trabalho humanitário no Afeganistão. Após ser encontrada por Jodi Bieber e ser capa da Time, ela foi para os EUA onde recebeu atendimento de psicológos e passou por cirurgias de reconstrução.



1 de abr. de 2013

Apenas dois, dos 25 militares, do grupo que matou Bin Laden, ainda estão vivos.

ESTADOS UNIDOS
Apenas dois, dos 25 militares, do grupo
que matou Bin Laden, ainda estão vivos
O último militar americano a integrar a lista da ‘maldição’ do terrorista morreu na semana passada num acidente com paraquedas, durante um treinamento. Os outros 22 do grupo de 25 morreram durante uma ação no Afeganistão três meses após a operação Geronimo que levou à morte de Bin Laden. Os sobreviventes tem motivo para se preocupar?

Foto: Arquivo

O terrorista Osama Bin Laden

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, The Telegraph, Esquire, Yahoo Notícias, ABC News, Veja

Eram 25 os membros do "Team Six" do Navy Seal, força especial americana, que em maio de 2011, perto de Islamabad, entrou no bunker do terrorista Osama Bin Laden e o matou. Próximo de completar dois anos desse evento, apenas dois desses militares americanos ainda estão vivos.

É verdade que eles não são pessoas comuns e suas vidas são cheias de riscos extremos.

Com a morte do Seal, Brett D. Shadle, 31 anos, na tarde de quinta-feira, num acidente quando fazia treinamento de paraquedista, voltou-se novamente a atenção de que já haviam sido dizimados quase todos os 25 integrantes da operação “Gerônimo” que pôs fim a vida do terrorista Bin Laden.

As autoridades dizem que vão investigar a fundo, como um paraquedista experiente como o Shadle, chocou-se com um companheiro, quando praticava saltos de baixa altitude, e não resistiu aos ferimentos.

A “maldição” teria começado três meses depois da operação que eliminou o terrorista. Em agosto de 2011, um acidente de um helicóptero da OTAN durante uma operação no Afeganistão matou 38 militares, sete afegãos e 31 americanos, sendo que 22 dos integrantes da tropa do USA eram remanescentes do grupo que invadiu a casa de Bin Laden em Abbottabad. , no Paquistão. Embora o governo americano, nunca tenha confirmado que o acidente provocou a morte de quase toda a equipe, também nunca desmentiu.

Um dos sobreviventes é o comandante da operação, Matt Bissonnette, que publicou um livro no ano passado, No Easy Day (Não Há Dia Fácil), que agora está aposentado, com o risco de ser processado pelo governo americano por ter quebrado o código de ética que obriga a não divulgar informação classificadas como "top secret".

O outro é um atirador da Marinha norte-americana, que não teve ainda sua identidade revelada, mas que concedeu a revista "Esquire", uma entrevista, publicada em março último, que diz ter sido ele o homem que atirou em Bin Laden.

"Ele estava morto. Não se movia. Sua língua estava para fora. Eu o vi respirar pelas últimas vezes, apenas por reflexo. E eu me lembro de pensar, enquanto o via expirar pela última vez: 'Isso é a melhor coisa que eu já fiz, ou é a pior coisa que eu já fiz?", o atirador disse na entrevista.

O nome do homem, identificado apenas como "The Shooter" (o atirador) não foi revelado para manter sua segurança e de sua família, segundo a revista.

Além de descrever a missão ele reclama na reportagem da falta de apoio do governo para seguir sua vida depois que ele voltou da missão no Paquistão. Atualmente ele está desempregado, não tem uma pensão, seguro de saúde ou segurança extra para a sua família.

A maldição de Bin Laden é um fato?

11 de set. de 2012

Talibãs anunciam que vão tentar matar o príncipe Harry

REINO UNIDO - AFEGANISTÃO
Talibãs anunciam que vão tentar matar o príncipe Harry
Depois das badaladas férias em Las Vegas, onde esteve de férias, o príncipe Harry, que é capitão do exército britânico Air Corps, voltou ao batente e foi enviado ao Afeganistão, como piloto de helicóptero. Os talibãs anunciaram nesta segunda-feira que vão tentar mata-lo, ou sequestrá-lo, de qualquer maneira.

Foto: John Stillwell / PA

18 de fevereiro de 2008: Príncipe Harry a postos num veículo blindado na província de Helmand, sul do Afeganistão

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Isto É, CNN, MSBNC, The Guardian

O Taliban afegão disse nesta segunda-feira que eles vão fazer de tudo que estiver ao seu alcance para tentar sequestrar ou assassinar o príncipe Harry da Grã-Bretanha, que é capitão do exército britânico Air Corps, que chegou ao Afeganistão na semana passada para pilotar helicópteros de ataque.

"Estaremos usando todas as nossas forças para atingí-lo, seja matando ou sequestrando", disse o porta-voz do Taleban Zabihullah Mujahid, à agência de notícia Reuters por telefone.

"Nós já informamos nossos comandantes em Helmand para fazer o que puder para eliminá-lo", acrescentou Mujahid, recusando-se a entrar em detalhes sobre o que ele chamou de "operações de Harry."

Essa é a segunda vez que o príncipe estará em missão no Afeganistão, da primeira, serviu como controlador de voo, entre dezembro de 2007 a março de 2008.

A sua permanência, em território afegão, na ocasião, era mantida em sigilo, mas como foi descoberto por jornalistas foi repatriado, a Grã Bretanha, na metade do tempo previsto, por questões de segurança.

Agora, sem segredo, foi divulgado sua partida na sexta-feira, de volta ao Afeganistão, como piloto de helicoptero de ataque Apache, numa missão programada para durar quarto meses.

O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II e terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, ficará estacionado em Camp Bastion, no sul do Afeganistão, na província de Helmand - considerada um reduto talibã – como integrante do Esquadrão 662, do 3º Regiment Army Air Corps.

Não será fácil, todas as medidas de seguranças estão sendo tomadas, mas todo mundo sabe que os Talibãs estão falando sério e vão tentar chegar perto do príncipe. Qualquer coisa que acontecer a ele será um troféu de guerra importantissimos para os extremista talibãs.

Como se bem pode ver, Harry estava bem mais seguro, nas férias em Vegas, quando o maior perigo era ser flagrado, por algum fotógrafo indiscreto, desfilando bêbado e nu cercado por mulheres.

Foto: John Stillwell/PA

Príncipe fazendo uma patrulha na província de Helmand, no Afeganistão em 2008


12 de mar. de 2012

Sargento americano chacina afegãos

AFEGANISTÃO
Sargento americano chacina afegãos
Um sargento do exercito dos Estados Unidos, aleatoriamente executou pelo menos 16 civis, 9 delas crianças, na zona rural do Afeganistão neste domingo. A barbarie certamente irá inflar uma nova onda de hostilidade anti-americanista na região, frustando os acordos de paz que estavam sendo costurados.

Foto: Ahmad Nadeem / Reuters

Moradores reunido do lado de fora de uma base americana militar próxima ao local da chacina, protestam silenciosamente.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The New York Times, G1, R7, Correio Braziliense, Portal Terra, RTP

Logo após o noticiário de que um sargento do exercito dos Estados Unidos, havia executado 16 civis, 9 delas crianças, na zona rural de Panjwai, no sul do Afeganistão, o site dos talibãs anunciaram que vão vingar as vitimas das atrocidades.

O momento não poderia ser mais delicado:

O governo dos EUA e o comandante norte-americano das forças da OTAN no Afeganistão tiveram que pedir, recentemente, desculpas e enfrentaram uma onda violenta de protesto, que resultou em pelo menos 30 mortos, entre eles seis soldados americanos e dezenas de feridos, depois que trabalhadores afegãos encontraram cópias queimadas do Alcorão (o livro sagrado dos mulçumanos) no lixo da Base Aérea, dos Estados Unidos em Bagram.

Anteriormente, em janeiro, tiveram que condenar a atitude de integrantes do contingente e pedir desculpas, por um vídeo onde soldados americanos urinavam sobre os corpos de quatros soldados talibãs mortos, num vexatório clima de descontração.

Foto: Associated Press

BARBÁRIE - Mulher afegão dá entrevista a repórters junto ao corpo de seu neto, assassinado e incinerado por um sargento americano em Panjwai, Afeganistão.

Por esse somatório espera-se uma reação ainda mais violenta diante desses novos e estarrecedores fatos.

O responsável pelo massacre, um primeiro-sargento, cuja identidade ainda não foi divulgada, ausentou-se da sua base por volta das 22.30, horário local, do sábado e dirigiu-se para as aldeias de Alkozai e Najeeban, situadas a cerca de 500 quilômetros da base.

Aleatoriamente entrou em pelo menos três habitações e abateu a tiro as familias que lá viviam. Numa das casas, em Najeeban, 11 pessoas foram mortas, e os seus corpos posteriormente incendiados, por ele. Várias das vítimas foram crianças, tendo três delas, sido mortas com um tiro na cabeça ao estilo de execução.

O atirador era veterano e já havia participado de três missões no Iraque e essa era sua primeira no Afeganistão. Depois da chacina, aparentando tranquilidade regressou à base e entregou-se às autoridades. De acordo com os militares norte-americanos, o sargento está com 38 anos, é casado e tem dois filhos.

Especula-se que estaria bêbado ou teria tido um esgotamento nervoso, mas alguns oficiais receiam que o ataque possa ter sido planejado.

Cientes do potencial propagandístico e inflamatório deste caso contra as forças estrangeiras, os rebeldes talibãs afirmam que o número real de vítimas foi 45 e alegam que o massacre foi cometido por vários soldados e não por um, apelando às organizações de direitos humanos para que ajudem o povo afegão a pôr fim a estes crimes”.

“Se os autores do massacre tinham um problema mental, isto representa uma transgressão moral do exército dos EUA, por armar lunáticos que disparam contra os afegãos indefesos sem pensarem duas vezes”, afirma o comunicado dos rebeldes.

Foto: Pete Souza/The White House/Reuters

ROTINA TRÁGICA - O presidente americano Barack Obama pedindo novamente desculpas ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai por atrocidades cometidas por integrantes do exército americano.

O site português RTP, muito apropriadamente diz que “neste clima explosivo, arriscam-se a cair em orelhas moucas os pedidos de desculpas apresentados por várias“ autoridades americanas, inclusive o presidente Barack Obama.

Como primeira consequência, os tiros do ensandecido sargento americano, provavelmente, fez voltar a estaca zero, as recentes negociações de paz, costuradas há anos, e a preparação da retirada das tropas da OTAN, da região.

Foto: Associated Press

DOR - Jovem afegão chora a morte de parentes assassinados na chacina


16 de nov. de 2011

Ataque a embaixada americana em Cabul

13/09/2011

AFEGANISTÃO
Ataque a embaixada americana em Cabul
Durante todo dia de hoje, entrando pela noite, Forças afegãs e internacionais combateram insurgentes talibãs, nas proximidades da embaixada americana, do quartel-general da Otan e de prédios da polícia que foram atacados pela manhã . Noticia-se que até agora, seis pessoas foram mortas e 16 encontram-se feridas.< DIV>

Foto: Daud Yardost / AFP/Getty Images

Fumaça na Embaixada americana sob ataque em Cabul, Afeganistão

Postado por Toinho de Passira
Fontes:BBC Brasil, Reuters, Aljazeera, The New York Times

Forças afegãs e internacionais continuam a combater, na noite desta terça-feira, insurgentes que estão nas proximidades da embaixada americana, do quartel-general da Otan e de prédios da polícia que foram atacados horas antes na capital do Afeganistão, Cabul.

Os ataques começaram pela manhã e, após horas de combates, dois insurgentes ainda estariam combatendo as forças de segurança refugiados em um prédio em construção com vista para a área onde estão os órgãos.

A polícia diz que seis pessoas foram mortas e 16 feridas.

O Talebã assumiu a autoria pelos ataques, que ocorrem semanas depois do atentado no escritório do Conselho Britânico em 19 de agosto, quando homens-bomba mataram 12 pessoas.

O grupo já havia assumido a responsabilidade por esse ataque, dizendo que ele marcava o aniversário da independência do país em relação à Grã-Bretanha em 1919.

Segundo o correspondente da BBC em Cabul, Quentin Sommerville, o episódio de violência desta terça-feira parece ser um ataque complexo envolvendo uma série de homens-bomba.

Ele confirmou que alguns insurgentes se refugiaram em um edifício em construção a apenas 300 metros da embaixada, de onde eles poderiam coordenar as ações, e que há pelo menos um policial morto.

Sommerville também diz ter visto lança-granadas sendo disparados no local.

Relatos iniciais sugerem que pelo menos quatro homens-bomba estiveram envolvidos no ataque, com um deles supostamente detonando um colete com explosivos em um táxi.

Além do quartel-general da Otan, da embaixada americana e de outras embaixadas, o centro da cidade também abriga prédios de diversos ministérios e o palácio presidencial do Afeganistão.

Foto: Ahmad Jamshid / AP

Corpo de uma das vítimas sendo conduzidos pelas forças de segurança

Um porta-voz do Taleban confirmou a autoria do ataque logo depois das explosões: "Hoje um grande ataque suicida está em curso em Cabul, no local onde há o prédio da inteligência internacional".

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou a violência, dizendo que era uma maneira de testar o processo de transição da segurança do país (que a Otan entregará para as forças nacionais), mas alertou que essa tentativa dos insurgentes vai fracassar.

"Temos confiança na capacidade das autoridades afegãs em lidar com essa situação. A transição está em curso e vai continuar", disse.

Foto: Musadeq Sadeq / AP

A vice-ministro da Saúde, Nadira Hayat Burhani, em primeiro plano, fala ao celular, abrigada entre veículos, durante o ataque Talibã

A embaixada americana confirmou o ataque e disse que não houve feridos entre seus funcionários.

"Temos confiança na capacidade das autoridades afegãs em lidar com essa situação. A transição está em curso e vai continuar"

Uma testemunha, Mohammad Zada, disse que estava dirigindo próximo à embaixada dos EUA quando o ataque começou. Ele disse ter ouvido cinco fortes explosões.

“Você nunca está preparado para se ver em meio a vítimas, destroços, vidros quebrados espalhados pela rua”, disse Zada.

A violência no Afeganistão vem se agravando desde julho, quando a Otan começou um longo processo para transferir o poder de volta às forças afegãs.

A maior parte das tropas internacionais devem para deixar o país em 2015, quando se espera que as forças afegãs estejam prontas para assumir o controle.

Foto: Musadeq Sadeq / AP

Insurgentes refugiados em um edifício em construção a apenas 300 metros da embaixada, estão resistindo as forças de segurança.


21 de set. de 2010

Soldados EUA matam, “por esporte”, civis afegãos

ESTADOS UNIDOS – AFEGANISTÃO
Soldados EUA matam, “por esporte”, civis afegãos
Hediondos crimes de guerra foram cometidos por soldados americanos contra inocentes afegãos, numa mistura de crueldade, consumo de drogas pesadas e descontrole da tropa por parte dos comandantes militares. A descoberta desses assassinatos, com requinte de crueldades, dificultará ainda mais a missão americana no Afeganistão, criando um clima favorável de apoio aos talibãs, os verdadeiros alvos inimigos dos americanos no país

Fotos: Portal do Exército USA

Os militares acusados de praticarem tiro ao alvo com os afegãos são os soldados Andrew Holmes, Adam Winfield, Michael Wagnon, Jeremy Morlock e o sargento Calvin Gibbs, que não está na foto. Podem ser condenados a pena de morte ou a prisão perpétua.

Toinho de Passira
Fontes: Estadão, Washington Post, Daily News, Jornal de Notícias, Wikipedia, The Economist, Army Times, Folha de São Paulo

Doze soldados norte-americanos estão sendo acusados de integrarem um "esquadrão da morte" na guerra do Afeganistão. O grupo assassinou civis afegãos, por diversão, há relato que colecionavam dedos, ossos e até crânio, das vítimas inocentes, como troféu.

O grupo era constituído por cinco soldados que teriam assassinado três homens afegãos em diferentes ataques.

Outros sete são acusados de encobrir os crimes e de atacar o soldado que denunciou o ocorrido aos superiores.

De acordo com o jornal britânico "The Guardian", os soldados envolvidos integravam a brigada de infantaria "Stryker" colocada na província de Kandahar, no Sul do Afeganistão. O "The Guardian" afirma que esta é uma das mais graves acusações de crimes de guerra no Afeganistão. Todos os soldados negaram os fatos que se confirmados podem resultar em pena de morte ou prisão perpétua, para os militares.

Foto: Getty Images

Os americanos estão no Afeganistão para combater o Talibã, um movimento islamita extremista nacionalista da etnia afegã pashtu, que governou o país 1996 e 2001, que chegou ao poder ajudado pela CIA que lhes forneceu armas e munições, enquanto eles combatiam a União Soviética.

Depois que controlaram a capital Cabul e 90% do território afegão, criando o chamado "Emirado Islâmico do Afeganistão", os Talibãs definitivamente voltaram suas armas, doada pelos EUA, contra os americanos.

Após o ataque terrorista às Torres Gêmeas em Nova York, descobriu-se que o governo talibã dava refúgio e apoiava Osama Bin Laden, o líder do grupo terrorista Al-Qaeda.

Foto: Associated Press

Sob o pretexto de capturar Bin Laden, o governo americano invadiu o Afeganistão, derrubo o regime talibã, com apoio de outros países, como a Inglaterra e a França e instalou um governo liderado por Hamid Karzai (foto), que está no poder até hoje.

Com a situação aparentemente sob controle, o presidente Bush partiu para a aventura do Iraque, deixando a guerra do Afeganistão em segundo plano.

Foi o suficiente para os talibãs reagrupando-se militarmente, assumindo o controle político sob parte da população na conturbada região de fronteira com o Paquistão. Através de emboscadas e os ataques suicidas mantém os marines acuados.

Durante a campanha eleitoral americana, Barack Obama pregou que a sua prioridade militar seria combater o talibã no Afeganistão. Com efeito depois que assumiu, declarou a intenção de enviar ao Afeganistão, mais 34 mil militares, para se juntarem aos 65 mil, que estão em combate no país, onde a situação militar só tem piorado.

Foto: Associated Press

O número de combatentes das forças aliadas da Otan mortos nessa guerra, somam quase dois mil desde 2004. Porém, durante o governo Obama, o número de baixas tem aumentando consideravelmente. Em 2009 morreram 521 e neste ano, até agosto, já são 500 os mortos.

Diante das notícias desses crimes atuais, vê-se que os americanos estão cada vez mais afundando num atoleiro sem glórias.

De acordo com os investigadores e as provas testemunhais que integram o processo, o “esquadrão da morte” começou com a chegada do sargento Calvin Gibbs à base Ramrod, em Novembro passado. Gibbs contava histórias e falava da emoção de matar impunemente e exibia dedos que havia colecionado, nos tempos em serviu no Iraque. Contava aos restantes soldados, como uma aventura, como era fácil "lançar uma granada para alguém e matá-lo".

De acordo com as provas recolhidas, Gibbs, de 25 anos, arquitetou um plano, juntamente com o soldado Jeremy Morlock, de 22 anos, e outro integrante da unidade para formar um "esquadrão da morte" que acabou por matar três afegãos durante as patrulhas.

A primeira vítima terá sido Gul Mudin, sobre quem "atiraram uma granada e disparam uma espingarda" quando a patrulha entrou na aldeia de La Mohammed Kalay, em Janeiro. Após o ataque, Morlock terá afirmado ao soldado Andrew Holmes, de 19 anos, e que se encontrava de guarda nesse dia, que o assassinato tinha acontecido por "desporto" e ameaçou-o caso contasse alguma coisa sobre o ocorrido.

A segunda vítima, Marach Agha, foi morta a tiro no mês seguinte. Gibbs matou-o e colocou uma espingarda Kalashnikov ao lado do corpo para justificar a morte. Em Maio, um terceiro afegão, Mullah Adadhdad foi morto após ter sido atingido por tiros e uma granada.

Foto: Sgt. Jeremiah Johnson

Integrantes da brigada de infantaria "Stryker", onde serviam os acusados, em operações no Afeganistão

Soldados do pelotão foram acusados ainda de desmembrarem e fotografarem os corpos dos civis que assassinaram, além de colecionarem um crânio e outros ossos humanos.

O pai de um soldado afirmou que repetidamente alertou o Exército após seu filho ter lhe contado sobre o primeiro assassinato. Mas seus repetidos alertas foram repelido e não levado a sério, pelos militares americanos.

Foto: Reuters

As investigações Oficiais do Exército não descobriram nenhum motivo de combate para as mortes. Uma revisão dos documentos militares e entrevistas com pessoas familiarizadas com o caso sugerem que os assassinatos foram cometidos simplesmente por esporte, e que os soldados envolvidos faziam uso constante de haxixe misturado a bebidas alcoólicas.

Em resumo, depois de muito tempo em combate, os soldados não valorizam a vida humana dos cidadãos do país que ocupavam. Nem diferenciam quem é amigo ou inimigo. Transformaram a vexatória guerra, numa horripilante caçada humana.


18 de set. de 2010

AFEGANISTÃO: Eleições com mortos, feridos e fraudes

AFEGANISTÃO
Eleições com mortos, feridos e fraudes
As eleições legislativas para renovar parte dos legisladores afegãos ocorreram neste sábado, debaixo de ataque talibã e denúncias de fraudes, que apontam mais uma vez na direção do presidente Hamid Karzai

Foto: Majid Saeedi/Getty Images

Afegão cumpre o seu dever de votar, mesmo debaixo de ameaça terrorista talibã

Toinho de Passira
Fontes: O Globo , Portal Terra, Publico, The New York Times, Associated Press, Afghan News

O Afeganistão contabilizou ao final das eleições ocorridas hoje, sábado 18, quando se renovará parte do Legislativo nacional, 41 mortos e 107 feridos. Ao longo do dia, morreram 11 civis, três policiais, um militar e 27 talibãs. Mesmo assim, destacaram que o nível de segurança foi melhor que o das eleições presidenciais de 2009, o último pleito do país.

Essa é a segunda eleição ocorrida desde a queda do regime talibã, em 2001, apesar da violência, as autoridades confirmam um comparecimento de 40% dos eleitores. Destaque-se que mais de 1.561 centros de votação, dos 6.835 planejados, não puderam ser abertos por temores sobre segurança.

Foto: Saurabh Das/Associated Press

Nessa enorme cédula eleitoral, os afegãos escolhem os seus candidatos

Mais de 2,5 mil candidatos concorreram a 249 vagas na Câmara baixa do Parlamento (Wolesi Jirga). Soldados e policiais afegãos passaram o dia em alerta e contaram com o apoio de quase 150 mil soldados estrangeiros.

O Talibã disse, em comunicado na internet, que realizou mais de 100 ataques durante a jornada eleitoral.

As eleições foram vistas como um teste de credibilidade para o presidente Hamid Karzai. Porém, poucas horas após o fim da votação, já começam a surgir relatos de fraudes diversas.

Foto: Majid Saeedi/Getty Images

Afegã é marcada com tinta no indicador direito, para evitar repetição do voto

Os observadores internacionais davam conta de várias irregularidades no voto: desde o uso de cartões de eleitor falsos as tentativas de suborno ou intimidação de eleitores, até pessoas que tentavam limpar a tinta marcadora dos dedos para conseguirem votar mais do que uma vez.

O general David Petraeus, comandante das tropas da OTAN no Afeganistão, elogiou os afegãos que enfrentaram as ameaças e foram votar. Mas ninguém chegou a chamar a votação de um sucesso, dada as acusações de fraude que acompanha as eleições afegãs desde a eleição do presidente Karzai.

A primeira contagem de votos parciais são esperados na próxima semana. Os resultados completos preliminares não são esperados até o final do mês e os resultados finais no final de outubro, após denúncias de fraude serem investigadas.


28 de mar. de 2010

Obama chega de surpresa em Cabul

AFEGANISTAO
Obama chega de surpresa em Cabul
Em uma visita não anunciada ao Afeganistão, sua primeira ao país desde que assumiu a presidência dos EUA, Barack Obama, elogiou o trabalho feito pelos soldados americanos no país.

Foto: Stephen Crowley/The New York Times

Esta foi a primeira visita de Obama ao Afeganistão nos 14 meses desde que assumiu a presidencia americana, período no qual ele praticamente dobrou a quantidade de soldados dos EUA no país


Fontes: BBC Brasil, The New York Times

Falando à multidão de militares presentes na base americana de Bagram, ao norte da capital, Cabul, Obama disse que "não há visita que considere mais importante que esta que faço agora. Minha tarefa mais importante hoje é agradecer a vocês em nome de todos os americanos."

Foto: Jim Young/Reuters

"Os afegãos vem sofrendo há décadas, décadas de guerra, mas estamos aqui para ajudá-los a consolidar a paz conquistada à duras penas... e queremos constuir uma parceria fundamentada no respeito e interesses mútuos", disse ele.

Obama disse aos soldados que eles "contam com o apoio de uma missão clara e a estratégia certa" e que eles teriam os meios para "terminar o trabalho".

A operação militar, segundo Obama, seria complementada por um esforço civil.

Foto: Stephen Crowley/The New York Times

Pouco antes, Obama encontrou-se com o presidente afegão, Hamid Karzai, em Cabul e disse que o convidou para visitar Washington em maio.

O líder americano afirmou desejar ver progressos nas iniciatiavas do governo afegão para combater a corrupção e o tráfico de drogas.

Foto: Charles Dharapak/AssociatedPress

Obama tratado como pop star pelos militares americanos no Afeganistão

Obama deve ainda falar com militares americanos. Em dezembro, autorizou a ida de outros 30 mil soldados ao país embora poucos destes tenham de fato chegado ao Afeganistão até agora.

Em uma entrevista de imprensa coletiva, Karzai agradeceu Obama pelo apoio americano e disse esperar que a parceria entre os dois países continue.

Por motivos de segurança a visita de Obama ao país foi programada para durar poucas horas, não foi anunciada previamente e Karzai foi avisado apenas uma hora antes.


8 de mar. de 2010

DIA DA MULHER – DUBIEDADE – A anônima Afegã

HOMENAGEM
DIA DA MULHER – DUBIEDADE – A anônima Afegã
No Afeganistão a mulher se submete as leis não oficiais do Talibã e esconde o resto para não sofrer violência. O fotografo frances flagra a mulher vendendo revistas com fotos de belas mulheres de rostos expostos, enquanto ela tem que esconder sua própria face.

Foto: Ton Koene / ZUMA / visual

Fontes: Le Figaro

Afegã que vende revistas femininas nas ruas de Cabul não optou por trabalhar com uma burca, por escolha, mesmo que o Talibã não governe seu país, sua vida estaria em perigo se ela não se dobrasse as suas leis, extra-oficiais, cumpridas sob ameaças e à força.

Quanto a respeitar as nossas leis, que proíbe a utilização, sem autorização de fotos antigas da esposa de Nicolas Sarkozy, Carla Bruni, dos tempos em que ela ainda era uma modelo, obviamente, os editores do Afeganistão não se importam muito.

Essa é a vida no Afeganistão, um país onde a palavra liberdade não é definitivamente feminina.


14 de fev. de 2010

EUA - AFEGANISTÃO: A Batalha de Obama

EUA - AFEGANISTÃO
A Batalha de Obama
Milhares de soldados americanos, britânicos e afegãos, apoiados por dinamarqueses e estonianos, estão agora avançando por terra e ar em partes dos distrito de Nad Ali que há muito estavam nas mãos de insurgentes talibãs. É a primeira grande ofensiva militar liderada pelos americanos desde que o presidente, Barack Obama, Prêmio Nobel da Paz, assumiu o governo

Foto: Associated Press

Soldado americanos do 4 º Batalhão, 23 º Regimento de Infantaria, Brigada 5, 2 ª Divisão de Infantaria, patrulham junto a um Stryker na área Qulp Badula, a oeste de Lashkar Gah, na província de Helmand, sul do Afeganistão, sábado, 13 fevereiro, 2010

Fontes: BBC Brasil, BBC Brasil, Reuters, The New York Times

O comandante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no sul do Afeganistão, General Nick Carter, declarou que a megaoperação contra o Talebã na região "tem sido extremamente bem-sucedida até agora".

Segundo informações do Exército afegão, ao menos 20 insurgentes do Talebã foram mortos durante uma grande ofensiva na cidade de Marjah, um reduto de militantes na Província de Helmand. 11 insurgentes também teriam sido capturados e rifles, metralhadoras e granadas, apreendidos.

Foto: Associated Press

Militares médicos americanos atendem dois talibãs feridos em combate enquanto um terceiro é revistado e interrogado por um marine

Um porta-voz da Otan confirmou que dois soldados das forças internacionais morreram durante o primeiro dia da operação. Um deles, durante a explosão de uma bomba caseira e outro, atingido por um atirador.

Foto: Associated Press

Paramédicos do Exército evacua um Marine americano feridos por um foguete de ataque com granadas, em Marjah, na província de Helmand, sul do Afeganistão, sábado 13 de fevereiro de 2010

Três soldados americanos também teriam sido mortos por explosivos, mas ainda não está claro se eles faziam parte da ofensiva, que está sendo considerada a maior no país desde a queda do regime dos talebãs, em 2001, envolvendo mais de 15 mil soldados.

Foto: Reuters

A progressão é feita em território inimigo com toda a precaução, pois os campos estão excessivamente minados

O objetivo final da operação batizada de Moshtarak (que significa “juntos” no idioma local dari) é assegurar o controle do governo nas áreas de Marjah e Nad Ali, na Província de Helmand, que abrigavam centenas de militantes talebãs antes da ofensiva.

Foto: Reuters

Fuzileiros americanos da Companhia Bravo, do 1° Batalhão de Fuzileiros 6, reagrupam-se para investir contra a cidade de Marjah, no distrito de Nad Ali, na província de Helmand

Um comandante do grupo extremista disse à rede de televisão ABC que seus homens estavam se retirando da região para poupar as vidas de civis.

Foto: Associated Press

As tropas têm avançado com cautela pelos campos de papoulas tentando não detonar explosivos deixados por militantes do Talebã.

Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Uma ponte sobre um canal de acesso a Marjah estava tão carregada de bombas que os soldados tiveram que construir pontes improvisadas para entrar na cidade, segundo informações da agência Associated Press.

Marjah é considerada uma localização importante para a lucrativa rede de tráfico de ópio - a substância usada para produzir heroína -, colhido dos campos de papoulas da Província de Helmand.

Foto: Associated Press

Patrulha de soldados canadenses perto do local de um atentado suicida em Kandahar, sul do Afeganistão

Mas o especialista em segurança da BBC Frank Gardner diz que o verdadeiro teste para o sucesso da operação Moshtarak não está no campo de batalha, mas sim na fase após os confrontos.

Foto: Reuters

Cães especialmente amestrados são utilizados para farejar os inimigos em locais de difícil acesso

Tudo dependeria de a coalizão conseguir trazer segurança duradoura e boa governância à população local, que teria deixado a região com medo do fogo cruzado.

OS CIVIS NO FOGO CRUZADO:

O presidente afegão, Hamid Karzai, e o comandante da operação da Otan pediram que os soldados evitem a morte de civis a todo custo, já que a operação também visa conseguir o apoio dos moradores.

Foto: Tyler Hicks/TheNewYorkTimes


Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Foto: Associated Press


Foto: Reuters

A estratégia do comandante geral da Otan Stanley McChrystal consiste na tomada de centros populacionais, mas não combater em áreas muito populosas, para se evitar a morte de civis, o que arruinaria a chance do governo de ganhar mais apoio dos afegãos.

Segundo o correspondente da BBC em Washington Adam Brookes, a ofensiva tem uma grande importância política, já que marca a primeira grande ação militar no Afeganistão desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de mais 30 mil soldados americanos ao país.