VENEZUELA – CUBA
Repressor político cubano será assessor de Chávez
O temido comandante cubano Ramiro Valdéz, responsável pela criação da "G-2", o serviço secreto repressor cubano, foi trazido pelo presidente venezuelano, sob a desculpa de assessorar na crise energética venezuelana. Sabe-se que o novo assessor importado não tem familiaridade com o setor elétrico, seu negócio mesmo é repressão política e censura na internet
Foto: Reporter360
Qual a verdadeira missão do temido Comandante cubano Ramiro Valdéz como assessor de Chávez?
Fontes: O Globo, El Nacional, Reporter 360
Hugo Chávez disse que são estúpidos aqueles que criticam a vinda do Comandante Ramiro Valdéz para assessorar a Venezuela visando tirar o país da crise. Os críticos retornam que a assessoria é risível, uma vez que os cubanos sofrem racionamento permanente, o que leva a concluir que talvez o assessor venha ensinar os venezuelanos a conviver com o racionamento.
A trajetória política do ministro de Informática e das Comunicações de Cuba, Ramiro Valdez, convidado pelo governo de Hugo Chávez para combater a crise energética venezuelana, não revela experiência alguma no setor elétrico, informa o jornal "El Nacional". Por isso, o convite aumenta as suspeitas sobre sua eventual assessoria à censura da internet, principal destaque de Valdéz em Cuba.
Alguns alertas já foram feitos na quarta-feira por especialistas em eletrônicas e por cubanos exilados.
O dissidente cubano que vive em Madri Carlos Alberto Montaner, disse à Rádio União que "Ramiro Valdez não tem a mínima ideia de como solucionar uma crise elétrica na Venezuela porque se soubesse teria feito em Cuba. Ele sabe muito é de repressão".
"Acredito que (Valdez) ama ver os outros sofrerem", disse Huber Matos à revista francesa L'Express. Matos, dissidente cubano que ficou preso 20 anos na ilha e hoje vive nos Estados Unidos, disse que o ministro presenciou como ele era torturado, quando Valdez se passava por prisioneiro, quando na verdade era agente do G2.
O presidente do Instituto da Memória Histórica de Cuba em Miami, Pedro Corzo, disse que "como ministro de Tecnologia, Valdez controla a censura na internet em Cuba". Já o analista político venezuelano afirmou que "é ridículo que o país esteja nas mãos dele".
Chávez anunciou que o ministro Valdez chegou à Venezuela para liderar uma comissão técnica a fim de enfrentar a crise elétrica, junto com outros profissionais cubanos especialmente foi autorizados por Fidel Castro. COMANDANTE CUBANO CONTRA TWITTERS VENEZUELANOS
Foto: Associated Press
 LIGADOS PELA WEB: a presença maciça de jovens, principalmente universitários, nas manifestações anti-Chávez coordenadas pelos twitters, smart phones, etc
Fonte: O Globo
"Contra Esteban: marcha em CCS." "Tas ponchado a CH, o popstar." É com esses códigos que se comunicam os usuários do Twitter na Venezuela para protestar contra Hugo Chávez.
Explicando: Esteban, na gíria local, é algo como "Zé Mané" no Brasil. E é assim que o presidente é chamado desde a publicação, na semana passada, de uma história em quadrinhos satirizando-o como Esteban no jornal "Tal Cual".
CCS é a abreviatura de Caracas e CH ou popstar são usados para se referir a Chávez.
"Tas ponchado" - a frase mais dita pela oposição estudantil que vai às ruas da Venezuela - se refere a um jogador perdendo a chance de marcar numa partida de beisebol, o esporte mais popular do país.
A exemplo do que houve em Teerã após as eleições iranianas, o Twitter virou a ferramenta mais importante de mobilização política do país. O estudante de comunicação da Universidade Católica de Caracas Gabriel Bastidas, de 19 anos, é um dos mais ativos contribuintes: twitta, retwitta e avisa a todos sobre reuniões e atos de protesto.
A estimativa é que haja 90 mil estudantes twitteiros na Venezuela. O fenômeno é causado pelo grande número de usuários de smart phones no país, segundo o especialista em redes sociais Luís Carlos Díaz, do centro Gumilla de Novas Tecnologias:
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- A Venezuela tem o maior número de usuários de Blackberry per capita na América Latina. Há pelo menos um milhão de aparelhos numa população de 28 milhões, o que dá mobilidade no acesso à internet. Duas das três empresas de telefonia celular ainda não foram nacionalizadas, aumentando a competividade. Os serviços de Blackberry são bons - afirma.
Nas ruas e no metrô de Caracas, é grande a quantidade de jovens com o aparelho nas mãos. Na terça-feira, os twitteiros venezuelanos mostraram seu poder: o Sindicato Nacional dos Jornalistas sugeriu aos usuários da ferramenta usar a frase "Venezuela: zona de desastre para o exercício da liberdade de expressão, #FreeVenezuela" em suas páginas. A ação conquistou o terceiro lugar no termômetro mundial de popularidade do site.
Esse certamente é o principal motivo do novo assessor cubano na Venezuela, o sinistro censor Ramiro Valdéz.
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