7 de fev. de 2010

IRÃ: Ahmadinejad ordenou enriquecimento de urânio a 20%

IRÃ
Ahmadinejad ordenou enriquecimento de urânio a 20%
O Presidente iraniano está blefando abertamente com a comunidade internacional, que não sabe como fazer para impedi-lo de produzir a sua bomba atômica. Suas declarações de continuar negociando, são falsas, como é um embuste sua proposta de permitir que o urânio seja enriquecido fora do país, inclusive no Brasil, está apenas ganhando tempo

Foto:Reuters

Com esses oculos protetores, usados para visitar a exposição iraniana de Ciência e Tecnologia Laser, Ahmadinejad está apto a sair no cordão das “virgens de Olinda”. Tem aiatolá que é cego

Fonte: Estadão

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, diante das cameras, bem ao estilo do seu aliado Hugo Chávez, ordenou neste domingo, 7, ao presidente do Organismo da Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, que inicie o processo de enriquecimento de urânio a 20%, em discurso transmitido pela televisão estatal.

"Iniciem o enriquecimento do urânio a 20%, enquanto nós estamos dispostos a negociar para a troca de combustível nuclear".

A este respeito, Ahamdinejad se referiu ao prazo de dois meses dado pelo Irã ao Ocidente para resolver a queda-de-braço nuclear e reiterou que seu país "está disposto a dialogar sobre a troca de combustível nuclear". "Nós começamos (o enriquecimento) embora o caminho da negociação continue aberto", destacou.

Além disso, revelou que os cientistas iranianos conseguiram desenvolver uma tecnologia que permite enriquecer o urânio através da técnica laser. "O laser permite separar os átomos, o que significa que pode servir para enriquecer o urânio com o grau que um queira... Mas por enquanto não pensamos utilizar este método de enriquecimento", explicou. "Para enriquecer o urânio temos centrífugas que se Deus quiser poderemos utilizar para enriquecer 20% e ser auto-suficiente", detalhou.

As declarações do presidente abrem um novo capítulo na inflamada queda-de-braço que o Irã mantém com grande parte da comunidade internacional por causa das suspeitas levantadas por seu programa nuclear.

Países como Estados Unidos, Israel, França, Alemanha e Reino Unido acusam o regime iraniano de esconder, sob seu esforço atômico civil, um projeto de natureza clandestina e aplicações bélicas cujo objetivo seria a aquisição de um arsenal nuclear, alegação que o Irã rejeita.

O conflito se agravou no final do ano passado depois que Teerã rejeitou uma proposta de Washington, Paris e Moscou para enviar seu urânio a 3,5% ao exterior e recuperá-lo tempo depois enriquecido a 20%, nas condições necessárias para manter operacional seu reator nuclear civil na capital.

Em uma aparente mudança de postura, Ahmadinejad assegurou na terça-feira passada que seu país não tem problema algum para enviar o urânio ao exterior. A declaração conseguiu abrir de novo a brecha entre as grandes potências, e em particular entre Washington e Pequim, que mantêm posturas divergentes sobre a polêmica.

Os EUA pressionava há meses para conseguir que todos os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas respaldem um endurecimento das sanções políticas e econômicas ao regime dos aiatolás. Esta mesma semana, o Departamento de Estado americano pediu ao Irã para deixar de lado a incerteza e dar uma resposta definitiva e precisa à questão.

A China assinalou que as palavras de Ahmadinejad significam que ainda existem possibilidades de conseguir uma saída diplomática à crise. No entanto, parece que o presidente iraniano aposta pelo discurso mais duro. "Utilizam a tecnologia para subjugar os povos. Acreditam que a ciência é monopólio seu", acrescentou nesta segunda-feira.


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