BRASIL – IRÃ: Brasil fazendo o jogo de Ahmadinejad
BRASIL – IRÃ
Brasil fazendo o jogo de Ahmadinejad O chanceler brasileiro Celso Amorim diz que “Sanções contra Irã não terão resultado.” Uma voz isolada na comunidade internacional, que tenta pressionar o presidente iraniano que passo a passo desrespeitar os compromissos que assumiu em acordos, na direção obstinada de conseguir produzir armas nucleares
Foto: Reuters Fontes: BAND , BBC Brasil, The New York Times, Business WeekO ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira que novas sanções contra o Irã – que vêm sendo cogitadas por vários países, depois que Teerã anunciou que iria aumentar o porcentual de enriquecimento de seu urânio – não irão fazer o país asiático mudar de posição. “É preciso que haja um diálogo direto. O Brasil está pronto a ajudar nesse diálogo, mas evidentemente tem de haver uma disposição das partes principais. Agora, nós não acreditamos que sanções vão ter resultados”, disse o chanceler em Brasília. A comunidade internacional está discutindo novas sanções contra o Irã desde o anúncio de que o país iria enriquecer urânio a 20% - processo iniciado nesta terça-feira. Até agora o Irã enriquecia urânio em um nível de 3,5%, mas são necessários 20% para o funcionamento de um reator nuclear de Teerã, capaz de produzir isótopos para fins medicinais. Para construir uma bomba atômica, é necessário ter urânio enriquecido em pelo menos 95%. Um acordo fechado em outubro entre o Irã, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o chamado grupo P5+1, formado pelos cinco países com vagas permanentes no Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha, previa o envio de cerca de 70% do urânio iraniano com baixo índice de enriquecimento (3,5%) para a Rússia e para a França, onde seria processado e transformado em combustível para um reator nuclear, com enriquecimento de 20%. Foto: Ricardo Stuckert / PR Na semana passada, Ahmadinejad afirmou que o Irã não teria "nenhum problema" se a maior parte de seus estoques de urânio fosse mantido no exterior por vários meses antes de ser enviado de volta na forma de bastões de combustível nuclear. Vários países reagiram com cautela ao anúncio feito por Ahmadinejad e afirmaram que o presidente deveria informar à AIEA se estava realmente aceitando o acordo. |
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