10 de fev. de 2010

BRASIL – IRÃ: Brasil fazendo o jogo de Ahmadinejad

BRASIL – IRÃ
Brasil fazendo o jogo de Ahmadinejad
O chanceler brasileiro Celso Amorim diz que “Sanções contra Irã não terão resultado.” Uma voz isolada na comunidade internacional, que tenta pressionar o presidente iraniano que passo a passo desrespeitar os compromissos que assumiu em acordos, na direção obstinada de conseguir produzir armas nucleares

Foto: Reuters

Até os carnavalescos de Colônia, na Alemanha que preparam um carro alegórico, com figuras representando o presidente Barack Obama de caubói e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, puxando um cavalo de Tróia com material atômico escondido no seu interior, demonstra compreender melhor a política mal intencionada iraniana que o chanceler brasileiro Celso Amorim

Fontes: BAND, BBC Brasil, The New York Times, Business Week

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira que novas sanções contra o Irã – que vêm sendo cogitadas por vários países, depois que Teerã anunciou que iria aumentar o porcentual de enriquecimento de seu urânio – não irão fazer o país asiático mudar de posição.

“É preciso que haja um diálogo direto. O Brasil está pronto a ajudar nesse diálogo, mas evidentemente tem de haver uma disposição das partes principais. Agora, nós não acreditamos que sanções vão ter resultados”, disse o chanceler em Brasília. A comunidade internacional está discutindo novas sanções contra o Irã desde o anúncio de que o país iria enriquecer urânio a 20% - processo iniciado nesta terça-feira.

Até agora o Irã enriquecia urânio em um nível de 3,5%, mas são necessários 20% para o funcionamento de um reator nuclear de Teerã, capaz de produzir isótopos para fins medicinais. Para construir uma bomba atômica, é necessário ter urânio enriquecido em pelo menos 95%.

Um acordo fechado em outubro entre o Irã, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o chamado grupo P5+1, formado pelos cinco países com vagas permanentes no Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha, previa o envio de cerca de 70% do urânio iraniano com baixo índice de enriquecimento (3,5%) para a Rússia e para a França, onde seria processado e transformado em combustível para um reator nuclear, com enriquecimento de 20%.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Ahmadinejad, Lula e Amorim: De todas as apostas idiotas da política internacional do governo Lula, essa de apoiar o menino mau Ahmadinejad, que frauda eleições, mata dissidentes e ameaça destruir Israel, é a mais arriscada, despropositada e desonrosa.

Na semana passada, Ahmadinejad afirmou que o Irã não teria "nenhum problema" se a maior parte de seus estoques de urânio fosse mantido no exterior por vários meses antes de ser enviado de volta na forma de bastões de combustível nuclear. Vários países reagiram com cautela ao anúncio feito por Ahmadinejad e afirmaram que o presidente deveria informar à AIEA se estava realmente aceitando o acordo.

Mas já no domingo, desmentindo-se Ahmadinejad ordenou ao presidente do Organismo da Energia Atômica o Irã, Ali Akbar Salehi, que iniciasse o processo de enriquecimento de urânio a 20%, em discurso transmitido pela televisão estatal.

Tem sido sempre assim, o iraniano finge que está negociando e avança em direção a desobediência, pondo a culpa nos países que negociam a questão.

O governo Lula quer entrar nesta questão, para ganhar importância como negociador internacional. Ahmadinejad dá espaço para o Brasil, pois sente a ingenuidade dos nossos propósitos e vai utilizar o idiota do Amorim que fala em nome de Lula, para avançar um pouco mais na desobediência, escudado na nossa pretensiosa idiotice.

Até os russos, tradicionais parceiros do Irã, e fornecedores dos equipamentos para as usinas nucleares, disseram-se decepcionados com a decisão de Ahmadinejad em seguir adiante no programa de enriquecimento de urânio.

Concordamos, porém, com Amorim, quando diz que as sanções não farão o Irã mudar de posição, na verdade nada, só Alá faria Ahmadinejad e os aiatolás iranianos retroceder no seu objetivo de dominar a energia atômica e produzir armas nucleares.

Estrategicamente, longe do divino, só uma intervenção político militar que destronasse Mahmoud Ahmadinejad e o sistema de aiatolás que o mantém no poder, poderia fazer cessar essa escalada. Mas isso seria sangrento, arriscado e impensável no mundo de hoje. Obstinadamente, por cima de tudo e de todos, o Irã irá produzir sua bomba atômica, e o planeta terra será cada vez mais um lugar menos seguro par se viver no universo.


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