CHINA: Ai Weiwei, o artista dissidente, em prisão domiciliar
CHINA Ai Weiwei, o artista dissidente, em prisão domiciliar O célebre artista chinês, Ai Weiwei, foi colocado em prisão domiciliar, para ser impedido de realizar em Xangai um jantar-protesto, que teria como cenário, o seu estúdio que vai ser inexplicavelmente demolido pelas autoridades chinesas. O cardápio era de caranguejos, um deboche, pois numa semelhanças entre fonemas em mandarim, os chineses dissidentes usam o nome do crustáceo para simbolisar a idéia de censura
Foto: Getty Images Postado por Toinho de Passira Uma força policial de mais de dez homens, impedem em Pequim que o proeminente artista e ativista chinês, Ai Weiwei, 53 anos, saia de sua casa ao norte de Pequim, desde a sexta-feira, onde deve ficar em prisão domiciliar até esse domingo. A intenção é impedir um mega protesto que o dissidente preparava para “comemorar” a demolição forçada do seu estúdio, na cidade de Xangai. Os planos de Ai, era fazer uma festa de despedida, neste domingo, do seu estúdio de arte, avaliado em milhões de dólares destinado a chamar a atenção para a sua destruição iminente. Em entrevista por telefone ao “The New York Times” Ai disse que construiu o estúdio a pedido das autoridades de Xangai, que pretendiam com isso elevar o nível cultural da cidade. Mas em julho, depois da obra concluída, chegou à ordem de sua demolição. A notícia da festa protesto ganhou adeptos em todo o país. O movimento já contava com a participação de oito bandas de rock e milhares de simpatizantes que viajariam de todo a China, até Xangai para participar do evento. Temendo perder o controle da situação, as autoridades chinesas, tiraram o artista de cena e desmobilizaram os viajantes. Foto: Getty Images Essa não é a primeir vez que as autoridades chinesas reagem a um gesto de Ai, um artista de inúmeras facetas, conhecido internacionalmente como escultor, cineasta, arquiteto e artista performático. Ajudou, por exemplo, a projetar o estádio Ninho de Pássaro para os Jogos Olímpicos Pequim 2008, depois renunciou a sua função depois de perceber que os líderes chineses politizado dos Jogos e deles pretendiam tirar vantagens políticas. Foto: Reuters Ai disse que trabalhou em estreita colaboração com as autoridades municipais reformando um armazém abandonado no local, gastando cerca de US $ 1 milhão para criar um vasto espaço de trabalho de frente para um lago. Foto: Reuters Então, em julho passado, quando o trabalho havia terminando, veio uma ordem da prefeitura para demolir o armazém. Foto: Getty Images Explicando a instalação feitas com replicas de sementes de girassóis, manufaturadas em cerâmica, no museu Tate Modern, em Londres, Ai diz que “as sementes são um aperitivo popular entre os chineses, mas elas também são um “símbolo revolucionário”. |
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