21 de mai. de 2010

A polêmica da Miss Estados Unidos nascida no Líbano

EUA - EXTREMISMO
A polêmica da Miss Estados Unidos nascida no Líbano
Rima Fakih, a miss EUA 2010, foi acusada em sites conservadores americanos de ter vínculos com o grupo extremista Hezbollah. Por outro lado, os radicais islâmicos, a acusam de estar a serviço do serviço secreto de Israel, que participou do concurso de beleza, aparecendo de biquíni, para desmoralizar o Líbano e o Islã

Foto: Reuters

A libanesa, Miss Michigan Rima Fakih quando foi coroada miss Miss USA no Planet Hollywood Resort e Cassino em Las Vegas, Nevada

Toinho de Passira
Fontes: RTP, Clicrbs, Diario Digital, Celeb Jihad, Lux, The Mirror, TMZ, La times Blog

Na madrugada de segunda-feira, em Las Vegas, a imigrante libanesa Rima Fakih, de 24 anos, tornou-se 59ª Miss Estados Unidos.

Nascida numa aldeia no sul Srifa, perto da cidade portuária de Tiro, uma vila xiita que foi bombardeada durante a guerra entre Israel e o Hezbollah, em 200, Rima e a sua família imigraram para os EUA em 1993, fugindo da guerra, quando ela ainda era criança (sete anos).

Fotos: Reuters

Rima Fakih em dois momentos do concurso, de biquíni e em traje gala.

Seria mais uma miss nesse mundo cheio de concursos de beleza, se não fora a fúria com os direitistas americanos lançaram-se contra a moça, como se ele fora uma mulher bomba de biquíni, ao mesmo tempo em que os radicais mulçumanos veem nela uma tentativa de Israel, de desmoralizar o mundo islâmico.

A blogueira Debbie Schlussel, analista e comentarista política da FOX postou a noticia com o título "Miss Hezbollah USA". Denunciou, inclusive pela televisão, como se verdade fosse, que os extremistas islâmicos haviam financiado a campanha da Miss Michigan, Rima Fakih, que acabou miss USA.

Diz ter informações do serviço secreto americano, que três pessoas da família de Fakih, estão atualmente cargos de direção no Hezbollah, acrescentando que oito membros da família, pertencentes à milícia extremista, teriam sido mortos em confrontos com Israel.

Schlussel sempre ressalta nas suas intervenções televisiva, que a família de “Rima Fakih é composta de muçulmana xiita membros do Hezbollah, grupo terrorista islâmico que assassinou mais de 300 cristãos Marines e funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Beirute.

Parece que o fato de ter um presidente negro, Barack Obama, com descendência queniana, ao invés de suavizar, radicalizou ainda mais, aos olhos dos conservadores americanos, a abordagem a imigrantes e descendentes.

"É um dia triste para a América” disse Schlussel na televisão.


Fotos de Rima participando de um concurso de "Pole Dance", ao invés de denegrir sua imagem, tem servido para desmentir os radicais que ela é uma xiita. Por sinal ela ganhou o concurso

Contra a análise dos conservadores apareceram na internet fotos de Rima Fakih provocante, durante um concurso de stripper amadora, em 2007. Se seguisse os ditames do Islã e fosse uma radical xiita como são os do Hezbollah, a libanesa, que estudou em escolas cristãs, nos Estados Unidos, não seria permitido tal comportamento.

Por sua vez, sites mulçumanos como o Celebjihad, diz “que mais uma vez o ocidente controlado pelos sionistas ri de nós, através de Miss EUA, Rima Fakih. Complementa chamando a jovem libanesa de prostituta devido ao concurso de stripper e diz que na internet há fotos dela de biquíni num iate de algum judeu.

E lamenta: primeiro Rima desgraça sua religião ao aceitar participar de um concurso em que é apalpada e exibidos como gado na televisão nacional. Então é revelado que ela nada mais é que uma degenerada.

E continua: “Será que devemos acreditar que é apenas uma coincidência que a primeira muçulmana Miss E.U.A. é uma perua?“Não! A única explicação lógica é que ela é uma agente do Mossad, colocada nessa situação para constranger e envergonhar o mundo muçulmano”.

Perguntamos nós do “thePassiranews” será que o mundo enlouqueceu? Estão transformando uma bela moça de biquíni num caso de extremismo político religioso e um insignificante concurso de beleza num espetáculo degradante e insano de racismo, radicalismo e intolerância, com tantas outras questões importantes no mundo para serem tratadas.

Foto: Reuters

Rima Fakih é tão americana quanto qualquer outras das misses que participaram do concurso. Se não fosse pelo belo nariz líbio e o corpo escultural, passaria despercebida na multidão, tal qual, a radical advogada Debbie Schlussel, que por sinal, é descendente de judeus polacos, e tem sangue imigrante correndo em suas veias racistas.

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