Em Paris, o Cacique Raoni declara guerra ao Brasil de Lula
ECOLOGIA Em Paris, o Cacique Raoni declara guerra ao Brasil de Lula O cacique kayapó fez sucesso no domingo na televisão francesa vendendo seu livro de memórias e mobilizando as tribos de ativistas europeus contra a construção da hidroelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Como diria o tradutor do Google: "Le président Lula devrait par la barbe de la mayonnaise."
Foto: Captura de video da TF1 Toinho de Passira Nesta segunda feira o cacique kayapó Raoni chegou a Paris para promover o seu livro "Memórias de um chefe indígena". Sua agenda na capital francesa inclui um encontro com o presidente Nicolas Sarkozy e também com o ex-presidente francês Jacques Chirac, que redigiu o prefácio do livro. O livro editado pela du Rocher, na verdade é da autoria do Jean-Pierre Dutilleux, o mesmo franco belga, que junto ao brasileiro Luiz Carlos Saldanha, produziu um documentário sobre os índios brasileiros, centralizado em Raoni, nos idos de 1978. O filme muito bem elaborado, com musica de Egberto Gismonti e narração de Marlon Brando, foi muito aplaudido, teve muita repercussão e vai voltar à moda com as novas questões indígenas. Uma entrevista reportagem de quase 16 minutos, com o Cacique Raoni, foi exibida pelo canal de televisão TF1, o principal canal de televisão da França, no domingo à noite, em horário nobre. O título da matéria foi “Sur le sentier de la guerre” (“Em pé de guerra”), pois o tema básico da entrevista, mostra o velho cacique repetindo o que dissera numa coletiva de imprensa há três anos em Tóquio, já protestando contra o projeto da hidroelétrica de Belo Monte: "Eu perguntei a meus guerreiros para se preparar para a guerra, eu também tenho falado com as tribos do Alto Xingu. Nós não deixá-los. Vamos matar os brancos que construíram esta represa". Foto: Captura de video da TF1
A televisão francesa entrevistou o velho Raoni na sua aldeia, junto com jovens guerreiros e crianças kayapós pintados para a guerra, as margens do rio Xingu. Mostra também parte do antigo documentário de 1978, demonstrando que a luta do cacique é antiga e continua, apesar da sua aparente fragilidade e de falta de meios. Foto: Captura de video da TF1 "É tempo de nos recuperar o que é nosso", insiste o chefe da tribo Kayapó, que ficou famoso em 1989 quando o roqueiro Sting o transformou em pop star selvagem, com o seu visual imbatível, levando-o num tour pela Europa apresentando-o a reis e chefes de estado. Foto: Captura de video da TF1 Mas podem ter certeza, esse marketing para vender o livro, centrado no protesto de tentar impedir a construção da barragem de Belo Monte, vai acender todas aquelas tribos de ativistas europeus, encher de Euros os “bolsos” do exótico Kayapó e dos seus empresários e dar uma dor de cabeça dos diabos para o governo Lula. Foto: Reuters |
Um comentário:
Toinho, que bobagem lamentável incluir essa última imagem do cacique com a lata de refrigerante.
Que pena !
Qual é a intenção ? Desacreditar Raoni ?
Você acha que o interesse dos grupos indígenas pela floresta não é legítimo ? Acha que eles devem ceder mais ?
Que lideranças você prefere ? Os partidos políticos ?
Eu estava louco pra passar adiante teu belo post, mas a crítica desnecessária me fez mudar de ideia.
Belo Monte não é nada além de mais um holocausto espetacular, mais uma fatia de um imenso território que continua a ser destruído por uma única mentalidade que vê a floresta como os nazistas viam os judeus.
Há dezenas de opções para o suposto desenvolvimento da região. E sabemos que o que carrega essas obras é somente o desenvolvimento de algumas contas bancárias. Bem poucas.
Você está escrevendo de onde ? Pernambuco ?
Que tal esse tal desenvolvimento aí no Recife. Uma beleza, não ?
Dê um pulo em São Paulo pra ver a quanto isso pode chegar.
Uma coisa é certa: Raoni e seus guerreiros nunca destruíram o mundo de ninguém.
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