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16 de set. de 2012

Protestos antiamericanos no mundo árabe reflete na campanha eleitoral dos EUA

ESTADOS UNIDOS
Protestos antiamericanos no mundo árabe
reflete na campanha eleitoral dos EUA
O jornalista Antonio Caño, correspondente em Washington (EUA) do jornal El Pais, comenta a onda de violência do mundo mulçumano, contra os Estados Unidos, por causa do filme de 14 minutos, divulgado no Youtube, que desrespeita e satiriza o profeta Maomé

Foto: Jewel Samad/Agence France-Presse/Getty Images

OS CORPOS - O presidente Obama e a Secretaria Hillary Clinton, prestaram homenagens aos quatro americanos mortos no atentado em Benghazi: o embaixador Christopher Stevens, o agente de gerencimento de informação do Departamento de Estado, Sean Smith e os funcionários de segurança Tyrone Woods e Glen Doherty, dois ex-agentes especiais da Marinha dos Estados Unidos.

Postado por Toinho de Passira
Texto de Antonio Caño para El Pais
Fontes: BBC Brasil, Al Jazeera, Uol, El Pais

Os EUA tentam conter uma onda de protestos contra suas embaixadas e consulados no mundo islâmico com uma combinação de ações diplomáticas e expressões de força que porão à prova a firmeza de Barack Obama e o acerto de sua política externa, a poucas semanas das eleições presidenciais. O governo americano deixou claro que deplora o conteúdo do vídeo - que é usado para justificar as manifestações violentas - e que não tem nada a ver com sua produção, ao mesmo tempo, que navios com mísseis e aviões não tripulados avançam para as costas da Líbia.

Obama reafirma com veemência que "nenhum ato de terrorismo ficará impune" e advertiu que seu país "fará justiça com os que cometeram esse crime" e "fará tudo o que for necessário para proteger os cidadãos e os interesses americanos" em qualquer parte do mundo.

Os fatos ocorridos na terça-feira (11) em Benghazi, onde foram assassinados quatro diplomatas americanos, incluindo o embaixador Christopher Stevens, se repetiram na quinta-feira (13) na capital do Egito e se estenderam para outras cidades com população de maioria muçulmana.

O incidente mais grave ocorreu em Saná, capital do Iêmen, onde centenas de jovens tentaram atacar a embaixada dos Estados Unidos, mas foram contidos pelas forças de segurança.

Foto: Esam Omran Al-fetori / Reuters

Interior do consulado americano em Benghazi, após os atos terroristas

Há informações sobre protestos semelhantes em Teerã, onde 500 pessoas gritaram "Morte à América!" em frente à embaixada suíça, que representa os EUA, e em Bagdá, onde a manifestação foi promovida por uma das organizações violentas que lutaram contra os soldados americanos na guerra do Iraque.

Pequenos grupos também irritados pelo vídeo elaborado por elementos de extrema-direita com a intenção de denegrir a figura de Maomé, foram para as ruas no Marrocos, Tunísia, Sudão e Bangladesh.

Na maioria dos casos, os governos desses países, alguns deles eleitos depois dos levantes originados pela Primavera Árabe, condenaram a violência dos protestos.

Foto: Atta Kenare/AFP/Getty Images

Protestos em Teerã, Irã

O presidente do Iêmen, Abdrabbo Mansur Hadi, que substituiu o ditador Ali Abdalah Saleh, publicou sua "sincera desculpa ao presidente Obama e ao povo dos EUA", ao mesmo tempo em que pedia para cessar imediatamente qualquer tipo de agressão.

O presidente do Egito, Mohamed Morsi, que havia demorado para expressar sua posição, defendeu na quinta-feira (13) a santidade de Maomé como "uma linha vermelha para os muçulmanos", mas acrescentou que o ocorrido no Cairo e em Benghazi é "inaceitável e rejeitável", entre outros motivos, porque "Maomé nos ensinou o respeito pela vida humana". "Não aceitamos, nem perdoamos, nem aprovamos de nenhuma forma esses ataques contra embaixadas ou consulados ou contra pessoas", declarou Morsi, com quem Obama falou por telefone na quarta-feira (12).

Foto: Yahya Arhab / EPA


Mohamed Al-Sayaghi / Reuters

Ataque a embaixada americana em Sanaa, no Iêmen

A administração americana está em contato com as autoridades de todos esses países para tentar que suas forças de segurança impeçam a continuação da violência contra as embaixadas.

A secretária de Estado Hillary Clinton fez uma nova condenação do ocorrido e tentou desmentir a confusão sobre o vídeo que o provocou.

"Esse vídeo é repugnante e censurável. O governo dos EUA não tem absolutamente nada a ver com ele, mas não há nenhuma justificativa para responder com violência", disse Hillary.

O vídeo é o trailer de um filme que provavelmente não existe, e seu repentino impacto entre os círculos islâmicos mais radicais apanhou todo mundo de surpresa. Hillary tentou explicar que, apesar de se sentir repugnada, o governo dos EUA não pode impedir que alguém faça um vídeo assim, porque nesse país existem garantias constitucionais que protegem a liberdade de expressão.

Foto: A.M. Ahad/AP

Multidão em Bangladesh queima bandeira americana

As autoridades americanas, que investigam os detalhes dos acontecimentos de Benghazi para tentar punir os autores do crime, estão inclinadas a pensar que o vídeo é uma desculpa da Al Qaeda ou de grupos semelhantes para atacar os EUA, exatamente em 11 de setembro.

Os dados conhecidos do ataque ao consulado nessa cidade, no qual, segundo testemunhas, atuaram homens bem armados e coordenados, faz pensar que a operação foi premeditada e estudada.

Washington tenta avançar nessa investigação com a colaboração das autoridades líbias, que condenaram os atacantes sem paliativos.

Obama falou por telefone com o presidente líbio, Mohamed Yusuf al-Magariaf, para discutir o tipo de resposta que se deve dar ao ocorrido. À espera dos resultados, os navios de guerra americanos estarão em poucos dias melhor posicionados para disparar mísseis Tomahawk contra possíveis redutos de extremistas islâmicos instalados na Líbia durante a última revolta popular.

Foto: Rahmat Gul / AP

Protesto em Cabul, Afeganistão

O uso da força constitui, é claro, um trunfo muito arriscado para Obama. Por um lado, é a mais contundente expressão da rejeição que provocou entre os americanos o assassinato de um embaixador, que, além disso, havia se envolvido pessoalmente no esforço da população líbia para conquistar sua liberdade.

Mas ao mesmo tempo uma ação militar, inclusive de caráter limitado, poderia instigar ainda mais os atuais protestos.

Foto: Atef Hassan/Reuters

Manifestantes sunitas e xiitas gritam slogans anti-americanos durante um protesto em Basra, no Iraque.

Campanha eleitoral

Os candidatos discutem quem defende melhor os valores dos Estados Unidos. Obama tenta demonstrar que seu apoio à Primavera Árabe não é um fracasso.

A tragédia de Benghazi e os protestos nos países islâmicos causaram uma virada drástica na campanha eleitoral, que de repente se transformou, pelo menos durante alguns dias, em uma disputa sobre quem defende melhor os valores e os interesses dos EUA no exterior.

O candidato republicano, Mitt Romney, tenta recuperar-se do tropeção que deu na quarta-feira (12) em sua primeira reação aos fatos de Benghazi, no qual acusou o governo de Barack Obama de ter pedido perdão aos atacantes, em vez de condenar a agressão. Só alguns comentaristas da extrema-direita seguiram o candidato nessa linha, mas o grosso do Partido Republicano expressou seu apoio ao governo.

Nesta quinta-feira (13), Romney baixou ligeiramente o tom de suas críticas. Sem referir-se especificamente ao ocorrido em Benghazi, o candidato republicano à presidência disse em um comício na Virgínia que "quando observamos o mundo hoje, às vezes parece que estamos à mercê dos acontecimentos, e uma América forte é essencial para decidir os acontecimentos".

Foto: STR/AFP/Getty Images

Ataque a um restaurante da rede fast food americano, KFC, em Trípoli, no Libano

Como resposta, em um ato eleitoral no Colorado, Obama afirmou que "nossa missão, como a nação mais poderosa sobre a Terra, é defender, proteger e estender nossos valores em todo o mundo". Mas o presidente também deu seu próprio tropeção nestas horas críticas da campanha. Falando sobre sua relação com o novo governo do Egito, Obama disse que esse era "um trabalho em andamento" e que atualmente o Egito não é "nem um aliado nem um inimigo", pondo em dúvida a posição que esse país ocupou durante décadas como o pilar da estratégia dos EUA no Oriente Médio.

Felizmente para ele, as declarações foram feitas no canal em espanhol Tele Mundo, o que limitou sua difusão. Apesar de tudo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, teve de explicar na quinta-feira (13) que o presidente se referia ao fato de não existir um tratado de defesa com o Egito semelhante ao que os EUA têm, por exemplo, com a Otan.

Foto: Chris Schneider/Getty Images North America

Obama, em campanha, no Colorado, após o atentado, que matou o embaixador americano no Líbano

Os fatos dos últimos dias puseram Obama na posição de demonstrar que sua política dos últimos anos, consistente em apoiar a Primavera Árabe e favorecer o diálogo com os países islâmicos, não resultou em fracasso.

Por enquanto, a política externa havia sido um dos principais trunfos para a reeleição de Obama. A aprovação dos cidadãos a sua gestão nessa matéria está acima da de outras áreas, como a economia.

Mas se os protestos se prolongarem e se estender a sensação de desproteção das sedes diplomáticas americanas diante das multidões, a opinião pública poderá mudar rapidamente.

Algo semelhante pode ocorrer em relação ao sucedido em Benghazi. O assassinato de um embaixador americano e mais três funcionários não é um assunto que pode ficar sem resposta, aos olhos dos cidadãos americanos. Obama prometeu que se fará justiça e mobilizou forças militares, mas não parece fácil cumprir essa promessa sem complicar ainda mais a situação.


Post baseado na tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves, para UOL

26 de out. de 2010

BRASIL - LUTO: Morreu o senador Xerife Romeu Tuma

BRASIL - LUTO
Morreu o senador Xerife Romeu Tuma
O senador Romeu Tuma (PTB) morreu às 13h desta terça (26) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por falência múltipla dos órgãos. O corpo dele vai ser levado para a Assembleia Legislativa de São Paulo, onde será velado. O enterro está marcado para as 15h desta quarta-feira (27) no cemitério São Paulo.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Na última legislatura Tuma preocupado em proteger o filho, que estava num importante cargo no Ministério da Justiça do governo Lula resolveu sair do Democratas para o PTB.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Noticia UOL, Agencia Senado

O senador Romeu Tuma (PTB-SP), 79 anos, que morreu nesta terça, em São Paulo, é paulista de ascendência síria e estava internado na UTI do hospital desde o começo de setembro, para tratar de um quadro de insuficiência renal e respiratória. Ele, que sofria de diabetes e problemas cardíacos, permanecia ligado a aparelhos de diálise e de respiração artificial.

No último dia 2, foi submetido a uma cirurgia cardíaca, para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração, chamado Berlin Heart. Desde então, seguia internado.

Foto: Arquivo

Depois de acenar para Lula e o Partido dos Trabalhadores, na campanha, deste ano, acabou apoiando a candidatura de José Serra.

Nas últimas eleições, ele concorreu pela terceira vez ao Senado pelo PTB, mas desde o início da campanha a vitória era tida como improvável por conta da fragilidade de sua saúde. Ficaram com as vagas Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT). Tuma ficou em quinto lugar e obteve 3,9 milhões de votos (10,79%).

Antes de chegar ao PTB, militou pelo Democratas. Quando a legenda se chamava PFL, foi relator do processo de expulsão do então deputado federal Hildebrando Pascoal, acusado de serrar opositores. Também com parecer de Tuma, o partido expulsou o deputado estadual capixaba Carlos Gratz, por envolvimento com o crime organizado.

A vida de Tuma na política foi consequência de sua carreira como policial. Formado em Direito pela PUC-SP, foi investigador, delegado e diretor de polícia especializada na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal paulista e em seguida se tornou diretor-geral da PF, onde ficou até 1992.

Ainda nesse posto, acumulou os cargos de Secretário da Polícia Federal e Secretário da Receita Federal, quando instituiu a recepção de declarações do Imposto de Renda por meio digital. Também foi assessor especial no governo de São Paulo, na gestão de Luiz Antônio Fleury Filho.

Foto: Arquivo

Tuma foi um dos mais atuantes superintendente da história da Polícia Federal

Em 1995, assumiu mandato de senador pela primeira vez, eleito junto do hoje presidenciável José Serra (PSDB). Reelegeu-se em 2002 para atuar até 2011. No Congresso Nacional, foi eleito corregedor do Senado, cargo criado em 2006 e ocupado apenas por ele até hoje.

Entre seus principais trabalhos policiais, que o levariam a cargos políticos, estão a descoberta de ossadas de um dos mais procurados criminosos de guerra da Alemanha nazista, o médico Joseph Mengele, e a captura do mafioso italiano Thomazzo Buscheta, cujas confissões abalaram o crime nos EUA e na Itália.

Tuma também ficou conhecido por ter sido um dos policiais mais atuantes durante os anos do regime militar (1964-85), o que lhe rendeu o apelido de "xerife" e suspeitas de ligações com a ditadura.

Entre 1977 e 1983, foi diretor-geral do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), órgão que ficou marcado por controlar e reprimir com rigor movimentos políticos e sociais contrários ao regime. Por conta disso, foi alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal de São Paulo contra civis que tiveram participação em fatos da repressão na ditadura militar. Ele foi acusado de participar do funcionamento da estrutura que ocultou cadáveres de opositores do regime nos cemitérios de Perus e da Vila Formosa, em São Paulo, na década de 70.

Em maio deste ano, juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal de São Paulo, entendeu que Tuma sabia da ocultação do corpo de Flávio Carvalho Molina, militante de esquerda preso pelo DOI-Codi, órgão repressor da ditadura militar. A decisão do juiz contraria parecer do MPF que recomendou o arquivamento da ação.

Casado com a professora Zilda Dirane Tuma, teve quatro filhos e nove netos. Dos filhos, Robson teve quatro mandatos de deputado federal, Romeu Tuma Júnior foi secretário nacional de Justiça, mas acabou exonerado em meio a um escândalo, Rogério é médico neurologista e oncologista e cuidou do pai durante a internação no Sírio-Libanês, e Ronaldo é cirurgião dentista com especialização em identificação criminal.

Foto: Arquivo

Tuma foi o único corregedor que o senado possuiu desde a criação do cargo, em 2006.

Como faltam ainda quatro meses para o fim da legislatura, assumirá no lugar de Tuma o suplente Alfredo Cotait Neto, engenheiro, que como Tuma é descendente de libanês. Cotait é o atual secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, preside a Câmara de Comércio Brasil-Líbano desde 2001 e é vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, com destaque na atuação em comércio exterior.


14 de out. de 2010

Ahmadinejad vai ao Líbano jogar pedras em Israel

LIBANO - ISRAEL
Ahmadinejad vai ao Líbano jogar pedras em Israel
O amigo e aliado do presidente Lula foi ao Líbano para apoiar os terroristas do Hezbollah, criar polêmicas, desafiar os americanos e israelitas e aumentar seu prestígio na região. Para os libaneses, ligados ou seguidores do Hezbollah, Ahmadinejad é um benfeitor e protetor do país contra americanos e judeus. O governo iraniano doou bilhões de dólares para a reconstrução do país, enquanto fornece aramas e dá treinamento aos terroristas locais, inimigos dos israelenses. No último dia de visita, simbolicamente deve atirar pedras contra Israel desde a fronteira do Líbano.

Foto: Ali Hashisho/Reuters

Ahmanidejad entrando no estádio al-Raya , em Beiture, na sua super blindade limousine, recebendo aclamação de herói e protetor do Hezbollah

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Sapo, The New York Times, Bangkok Post, Time, Portal Terra, Ion Line, Reuters

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad recebeu uma recepção de herói, por uma multidão, principalmente composta por simpatizantes do Hezbollah xiita, que cantaram saudações em persa, ao mesmo tempo em que jogavam arroz e pétalas de rosas, enquanto ele desfilava em carro aberto pelas ruas de Beirute nesta quarta-feira.

A visita do presidente iraniano ao Líbano, a primeira desde que tomou posse em 2005, é um apoio político ao grupo extremista Hezbollah e uma provocação a Israel e tenta por mais combustível na conturbada fronteira libanesa, com o estado israelita.

Não é absoluta unanimidade no Líbano, pois, políticos da base governista libanesa, mostraram-se contrários à visita do líder iraniano, e acusa o Irã de interferência nos assuntos internos do país e usar o Líbano como sua “base no Mediterrâneo”.

Em uma visita a Kosovo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que os Estados Unidos rejeitavam qualquer ação que “desestabilize ou inflame tensões” no Líbano.

Sem citar literalmente Ahmadinejad, mas já citando, Hillary comentou: “Nós esperamos que nenhum visitante fará qualquer coisa ou dirá qualquer coisa que daria um pretexto para uma tensão maior ou instabilidade naquele país (Líbano)”.

A visita de Ahmadinejad está cercada de polêmicas, simbolismos sinistros e possibilidades de explosão de violência na região, que nem precisa dele para ser inflamável, mas não se pode negar que sua presença é nitroglicerina pura.

Foto: Reuters

As ruas de Beirute repletas de incansáveis admiradores de Ahmadinejad

Depois de atender ao protocolo de visitar as autoridades do país, Ahmadinejad, no primeiro dia, participou de um comício em sua homenagem, organizado pelo Hezbollah, no estádio al-Raya, onde uma multidão em êxtase, o recebeu gritando: "Morte aos Estados Unidos!", "Morte a Israel!" e "Ahmadi! Ahmadi!" agitando bandeiras do Irão, do Líbano e do Hezbollah e cartazes com as fotos de Ahmadinejad e de Hassan Nasrallah, o chefe do Hezbollah.

Na sua fala Ahmadinejad acusou os "países arrogantes" do Ocidente de "dar rédea solta" a Israel "para perpetrar massacres", e também os culpou de "provocar a discórdia e a tensão no Oriente Médio". O púlpito de onde Ahmadinejad discursou estava adornado com motivos bélicos e retratos do falecido aiatolá, Ruhollah Khomeini, e do atual líder supremo iraniano, o também aiatolá Ali Khamenei.

Segundo Ahmadinejad, após a Segunda Guerra Mundial, os países ocidentais "criaram uma entidade estranha" no Oriente Médio, em referência a Israel, que perpetra "o assassinato de mulheres e homens, usa armas proibidas ataca civis e frotas de ajuda".

Em seu discurso, com tradução simultânea para o árabe, Ahmadinejad fez um pedido para que a ONU acabe com a "negligência" e obrigue Israel a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança, e, dessa forma, demonstre "que não é uma organização só para alguns países".

Sobre os palestinos, Ahmadinejad disse que só alcançarão a paz com Israel se tiverem "seus direitos legítimos" reconhecidos, se os deslocados e "todos os ocupantes retornarem a seus locais de origem".

Disse também que Israel irá pagar por qualquer tentativa de agressão contra o Líbano e complementou:

“Eu digo aqui e agora que qualquer novo ato traiçoeiro (de Israel) irá apenas abreviar a vida desgraçada desse regime forjado.”

Foto: Reuters

O xeque Hassan Nasrallah falando em video conferência, homenageando e concordando com Ahmanidejad

No ato em homenagem ao presidente iraniano o seu principal anfitrião, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, não compareceu, falou ao convidado através de vídeo conferencia, projetada num telão, que Ahmadinejad assistiu junto ao "número dois" do grupo xiita, Naeem Qasem.

Hassan raramente aparece em público, vive escondido, temendo um atentado do Mossad, o serviço secreto de Israel.

"Dizem que o Irã é a fonte da discórdia na região, mas a República Islâmica do Irã é a maior garantia do mundo islâmico para impedir as lutas sectárias", afirmou Nasrallah no telão e continuou:

"O que o Irã deseja para os palestinos é o que deseja o povo palestino". "O presidente Ahmadinejad tem razão quando diz que Israel é ilegítimo e deve deixar de existir", assegurou o líder do Hezbollah enquanto a multidão delirava.

A visita de Ahmadinejad foi precedida por vários esforços diplomáticas junto ao Líbano, para evitar que o país mergulhe totalmente na influencia iraniana.

Em agosto, o rei Abdullah da Arábia Saudita e o presidente Bashar al-Assad da Síria se reuniram em Beirute, em uma rara demonstração de unidade, na esperança de minguar a influencia iraniana no Líbano.

Mas os governantes libaneses, não sinalizaram em nenhum momento disposição de distanciar-se de Teerã, muito pelo contrário.

Ahmanidejad continuara no Líbano na sua viagem simbólica e provocativa, nesta quinta-feira fazendo uma parada em Bint Jbeil, um vilarejo destruído por Israel durante a guerra de 2006 contra o Hezbollah e reconstruído com a ajuda do Irã.

Também vai visitar Qana, uma vila que ganhou um lugar sombrio na história depois de ter sido atacada em duas ocasiões, de forma sanguinária e desastrada por Israel, a primeira em 1996, morreram 105 civis, que haviam procurado abrigo em uma base da ONU, ONU, dez anos depois, durante um novo ataque, um abrigo desabou e vitimou dezenas de moradores, incluindo crianças com deficiências.

Foto: Associated Press

O reitor da Universidade do Líbano Zuheir Shuker, a esquerda e o ministro da Educação, Hassan Mneimneh, à direita, entregam o titulo de Doutor honorário ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, nesta quarta feira

Antes de ir para a fronteira sul, Ahmadinejad nesta quinta-feira vai almoçar com o primeiro-ministro libanês da etnia sunita Saad Hariri.

O assunto não deve ser tratado nessa ocasião, mas Hariri está sob fogo cruzado político, para não aceitar as decisões do Tribunal Especial da ONU, que investiga o assassinato do seu pai, ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, em 2005, morto num atentado a bomba, que aponta lideres, do próprio Hezbollah, como responsáveis pelo crime.

Mas o mais simbólico e provocativo dos atos a ser perpetrado por Ahmadinejad e sua comitiva, não consta da programação oficial. Tem-se como certo que chegando bem perto da divisa do Líbano com Israel, o mandatário iraniano jogará pedras, por sobre a muralha construída pelos israelenses, na direção dos soldados judeus, que patrulham a fronteira.

Foto: Reuters

Soldados israelenses patrulham a fronteira em Kfar Kila, no Líbano, onde fotos de Ahmadinejad decoram ruas

Teme-se que esse gesto do Presidente iraniano, possa desencadear uma onda de atentados e violência, por isso o exercito de Israel aumentou sua presença na região.


21 de mai. de 2010

A polêmica da Miss Estados Unidos nascida no Líbano

EUA - EXTREMISMO
A polêmica da Miss Estados Unidos nascida no Líbano
Rima Fakih, a miss EUA 2010, foi acusada em sites conservadores americanos de ter vínculos com o grupo extremista Hezbollah. Por outro lado, os radicais islâmicos, a acusam de estar a serviço do serviço secreto de Israel, que participou do concurso de beleza, aparecendo de biquíni, para desmoralizar o Líbano e o Islã

Foto: Reuters

A libanesa, Miss Michigan Rima Fakih quando foi coroada miss Miss USA no Planet Hollywood Resort e Cassino em Las Vegas, Nevada

Toinho de Passira
Fontes: RTP, Clicrbs, Diario Digital, Celeb Jihad, Lux, The Mirror, TMZ, La times Blog

Na madrugada de segunda-feira, em Las Vegas, a imigrante libanesa Rima Fakih, de 24 anos, tornou-se 59ª Miss Estados Unidos.

Nascida numa aldeia no sul Srifa, perto da cidade portuária de Tiro, uma vila xiita que foi bombardeada durante a guerra entre Israel e o Hezbollah, em 200, Rima e a sua família imigraram para os EUA em 1993, fugindo da guerra, quando ela ainda era criança (sete anos).

Fotos: Reuters

Rima Fakih em dois momentos do concurso, de biquíni e em traje gala.

Seria mais uma miss nesse mundo cheio de concursos de beleza, se não fora a fúria com os direitistas americanos lançaram-se contra a moça, como se ele fora uma mulher bomba de biquíni, ao mesmo tempo em que os radicais mulçumanos veem nela uma tentativa de Israel, de desmoralizar o mundo islâmico.

A blogueira Debbie Schlussel, analista e comentarista política da FOX postou a noticia com o título "Miss Hezbollah USA". Denunciou, inclusive pela televisão, como se verdade fosse, que os extremistas islâmicos haviam financiado a campanha da Miss Michigan, Rima Fakih, que acabou miss USA.

Diz ter informações do serviço secreto americano, que três pessoas da família de Fakih, estão atualmente cargos de direção no Hezbollah, acrescentando que oito membros da família, pertencentes à milícia extremista, teriam sido mortos em confrontos com Israel.

Schlussel sempre ressalta nas suas intervenções televisiva, que a família de “Rima Fakih é composta de muçulmana xiita membros do Hezbollah, grupo terrorista islâmico que assassinou mais de 300 cristãos Marines e funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Beirute.

Parece que o fato de ter um presidente negro, Barack Obama, com descendência queniana, ao invés de suavizar, radicalizou ainda mais, aos olhos dos conservadores americanos, a abordagem a imigrantes e descendentes.

"É um dia triste para a América” disse Schlussel na televisão.


Fotos de Rima participando de um concurso de "Pole Dance", ao invés de denegrir sua imagem, tem servido para desmentir os radicais que ela é uma xiita. Por sinal ela ganhou o concurso

Contra a análise dos conservadores apareceram na internet fotos de Rima Fakih provocante, durante um concurso de stripper amadora, em 2007. Se seguisse os ditames do Islã e fosse uma radical xiita como são os do Hezbollah, a libanesa, que estudou em escolas cristãs, nos Estados Unidos, não seria permitido tal comportamento.

Por sua vez, sites mulçumanos como o Celebjihad, diz “que mais uma vez o ocidente controlado pelos sionistas ri de nós, através de Miss EUA, Rima Fakih. Complementa chamando a jovem libanesa de prostituta devido ao concurso de stripper e diz que na internet há fotos dela de biquíni num iate de algum judeu.

E lamenta: primeiro Rima desgraça sua religião ao aceitar participar de um concurso em que é apalpada e exibidos como gado na televisão nacional. Então é revelado que ela nada mais é que uma degenerada.

E continua: “Será que devemos acreditar que é apenas uma coincidência que a primeira muçulmana Miss E.U.A. é uma perua?“Não! A única explicação lógica é que ela é uma agente do Mossad, colocada nessa situação para constranger e envergonhar o mundo muçulmano”.

Perguntamos nós do “thePassiranews” será que o mundo enlouqueceu? Estão transformando uma bela moça de biquíni num caso de extremismo político religioso e um insignificante concurso de beleza num espetáculo degradante e insano de racismo, radicalismo e intolerância, com tantas outras questões importantes no mundo para serem tratadas.

Foto: Reuters

Rima Fakih é tão americana quanto qualquer outras das misses que participaram do concurso. Se não fosse pelo belo nariz líbio e o corpo escultural, passaria despercebida na multidão, tal qual, a radical advogada Debbie Schlussel, que por sinal, é descendente de judeus polacos, e tem sangue imigrante correndo em suas veias racistas.