A realidade imita a ficção. A atriz americana Ruth Ford, falecida o ano passado, deixa um testamento deserdando filha e netos, que não lhes davam atenção, deixando como seu único e legítimo herdeiro um mordomo nepalense, que dedicou 35 anos de vida a sua família. A fortuna é avaliada em US$ 8,4 milhões
Foto: Arquivo

Ruth Ford, faleceu ano passado com 98 anos, foi modelo e atriz e atuou até os anos 80, foi casada com o ator Peter Van Eyck, com quem teve uma filha, Shelley Scott, que foi adotada pelo seu segundo marido, Sachary Scott, que lhe emprestou o sobrenome
Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Hamara Photos, Wall Street Journal
Como num roteiro reprisado dos filmes hollywoodianos a atriz americana Ruth Ford, que morreu no ano passado aos 98 anos, deixou toda sua fortuna de US$ 8,4 milhões para o imigrante nepalês que trabalhou como mordomo para a família por três décadas e meia.
Em seu testamento, Ford deixou para Indra Tamang todos os seus pertences, incluindo dois apartamentos no edifício Dakota, em Nova York, e sua coleção de arte, com exceção de suas roupas e suas jóias.
O testamento não tem as explicações de praxe, para ela deixar de fora sua filha, Shelley Scott, e seus dois netos, com quem pouco teve contato nos seus últimos anos de vida.
A filha Shelley apelou para um tribunal em Manhattan, contra o último desejo de sua mãe, mas não obteve êxito, tendo apenas conseguido uma pequena quantia do monte e uma saída honrosa, dizendo-se muito contente por Tamang, o mordomo milionário.
Foto: Brian Harkin/ The Wall Street Journal

O mordomo Indra Tamang, diante do celebre edifício Dakota, onde trabalhou quase toda a vida, e que agora herdou dois apartamentos avaliados em US$ 3,5 milhões cada
O nepalês, Indra Tamang, de 57 anos, foi criado em uma casa de taipa numa área rural do Nepal e foi levado aos Estados Unidos em 1974 pelo irmão da atriz, o escritor, fotógrafo e artista Charles Henri Ford, que havia vivido em Kathmandu.
Ele trabalhou como cozinheiro, faxineiro e acompanhante para Charles, que também vivia no Dakota, até sua morte, em 2002, e depois para Ruth.
Foto: Arquivo Wall Street Journal

Ruth Ford na sala do apartamento, onde se pode ver parte de sua coleção valiosa de pinturas, no edifício Dakota, na West 72 Street, em 1967
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