Ahmadinejad presenteou Lula com libertação de francesa
FRANÇA – IRÃ - BRASIL Ahmadinejad presenteou Lula com libertação de francesa Lula disse ao presidente iraniano que estava contente por ter visto na televisão imagens de Clotilde Reiss, presa no Irã durante dez meses acusada de espionagem, de volta a Paris.
- "Foi um presente para o Brasil" - teria respondido Ahmadinejad Foto: Getty Images Toinho de Passira O presidente da França, Nicolas Sarkozy, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio que o Brasil deu a libertação da francesa Clotilde Reiss, presa no Irã durante dez meses acusada de espionagem. Em comunicado emitido depois que Reiss fora recebida por Sarkozy em sua volta a Paris, o Palácio do Eliseu assinalou que o presidente francês agradecia "particularmente" ao presidente Lula, e aos líderes do Senegal, Abdoulaye Wade, e da Síria, Bachar el Asad, por "seu papel ativo" na ação para que a francesa fosse repatriada.
"Clotilde Reiss estava presa injustamente no Irã desde 2009", ressaltou o Eliseu antes de prestar homenagem à estudante de 24 anos por ter mostrado "durante toda sua detenção e depois, durante sua liberdade condicional na embaixada da França (em Teerã), coragem e dignidade exemplares".
Sarkozy passou cerca de 20 minutos com Reiss um pouco depois dela ter chegado à França em um avião oficial que tinha ido buscá-la em Dubai, onde chegou em um voo comercial vindo de Teerã depois que as autoridades iranianas devolveram seu passaporte. A restituição do documento pôs fim a via sacra da estudante que primeiro foi condenada a duas penas de cinco anos cada uma comutadas imediatamente por uma multa equivalente a 230 mil euros, a mesma quantia de fiança que ela pagou para sair da prisão de Evin em meados de agosto de 2009 após passar um mês e meio detida. As autoridades francesas, através do ministro de Exteriores, Bernard Kouchner, negaram que a libertação de Reiss seja uma contrapartida a libertação de dois iranianos detidos na França. Trata-se de um engenheiro preso porque os Estados Unidos queriam extraditá-lo, acusado de comprar material sensível para o programa nuclear iraniano, e do assassino do último primeiro-ministro do Xá do Irã, que cumpre prisão perpétua na França. O primeiro já foi para o Irã na sexta-feira passada, depois que a justiça francesa desprezou a reivindicação de extradição americana. Enquanto o segundo, o Tribunal de Aplicação de Penas deve opinar se lhe concede a liberdade condicional na próxima terça-feira, o que junto com uma ordem de expulsão governamental significaria igualmente seu retorno ao Irã. Foto: Associated Press |
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