25 de mai. de 2010

Lula e os últimos refletores do picadeiro

Opinião
Lula e os últimos refletores do picadeiro
O presidente brasileiro vem tentando inutilmente conseguir um emprego internacional, sonhando em continuar em cena, depois que seu mandato presidencial findar. Mas os seus shows burlescos estão chegando ao fim. Aguarda-o a solidão, o esquecimento, o vazio da ausência de poder e a debandada de puxa sacos. Se não se preparou para ser presidente, muito menos está preparado para deixar de sê-lo

Fotomontagem Toinho de Passira

Toinho de Passira
O nosso presidente, vendo findar o mandato, imagina que o mundo não sobreviverá sem suas peripécias, suas soluções de botequim, suas metáforas futebolistas e suas cambalhotas. Descobriu, porém que outros líderes mundiais não pensam o mesmo e o sonho de continuar sob os refletores após o mandato, minguou.

Diante do irreversível, a turma do boato: Celso Amorim, Marco Aurélio Top Top e outros, estão dizendo aos quatro ventos, que quando o presidente Lula deixar o cargo em 1° de janeiro de 2011, não vai querer mais ser presidente da ONU e muito menos a presidência do Banco Mundial. Ou melhor, só aceitaria qualquer desses cargos, se a ONU e ou o Banco Mundial mudasse estruturalmente, só para merecer sua aceitação.

Do jeito que estão (ONU e Banco Mundial) nem adiante convidá-lo, que ele não vai aceitar. Embora ninguém jamais houvesse pensado em convidá-lo.

Talvez na cabeça de Celso Amorim, Franklin Martins e a turma da babada final, passe idéias mirabolantes como uma fusão da ONU com o Banco Mundial, só para “o nosso líder” ter um desafio a altura do seu ego.

Sem falar noutros pressupostos, como experiência, competência e credibilidade, focando apenas pelo lado prático, Lula jamais seria presidente da ONU, muito menos do Banco Mundial, simplesmente porque as grandes potências, não o aceitam e tem bons e justos motivos para isso.

Imaginem Lula presidente da ONU, deixando sem bitola os fundamentalistas palestinos, Ahmadinejad, Hugo Chávez, Evo Morales, o casal Kirchner, os irmãos Fidel, mais alguns ditadores africanos e outros menos cotados, como o pessoal da Força Armada Revolucionária Colombiana (FARC).

Ou a frente do Banco Mundial, financiando essa turma, sem garantias, torrando o fundo internacional, como faz com o dinheiro do BNDES.

Se as amizades internacionais de Lula o comprometem, pior ainda, se virarmos a lente para as relações domésticas: o principal assessor do presidente, seu conselheiro mor, o Ministro Franklin Martin, seqüestrou um embaixador americano, para por em liberdade o terrorista José Dirceu o seu ex-ministro da Casa Civil, hoje reconhecido como chefe de uma sofisticada organização criminosa.

Sem contar que em meio à 192.969.213 de brasileiros (segundo o IBGE) ele pessoalmente escolheu e apóia uma ex-guerrilheira sanguinária e de passado nebuloso para sucedê-lo.

O certo é que depois de despojado do cargo de presidente do Brasil, Lula não valerá mais nada. Não é Lula que faz o Brasil ficar importante, é o Brasil que o torna visível no cenário mundial.

Sem a máquina de propaganda, sem os assessores para lhe dizer o que falar, sem o poder de decidir a vida dos brasileiros, nem de ser magnâmico com as outras nações, as nossas custas, as luzes do picadeiro apagar-se-ão uma a uma e Lula voltará à escuridão do anonimato de onde nunca deveria ter saído.


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