Mais um operário morre no navio inaugurado por Lula
PERNAMBUCO Mais um operário morre no navio inaugurado por Lula Nesta sexta-feira morreu um dos operários do Estaleiro Atlântico Sul, que trabalhava na construção do navio que o presidente inaugurou há 15 dias. Essa é a segunda morte, na construção do petroleiro João Cândido. As notícias é que o estaleiro trata a massa operária, como eram tratados os escravos nas construções das pirâmides
Foto: Wilson Firmo/Tribuna Popular Toinho de Passira O operário Jaelson Ribeiro de Souza, de 47 anos, que trabalhava no projeto desde 14 de julho 2008, como montador do estaleiro Atlântico Sul, em Suape. , morreu ao cair de uma altura de 15 metros, numa fenda no piso da embarcação. A queda ocorreu quando o trabalhador se encontrava na gaiuta (base da chaminé) do recém batizado navio João Cândido. O operário chegou a receber os primeiros socorros, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. No primeiro acidente fatal no Estaleiro, em julho de 2009, um chapa metálica de mais de uma tonelada caiu por cima do ajudante industrial Lielson Ernesto da Silva. Segundo o sindicato, até hoje o laudo pericial, do estaleiro, não foi encaminhado ao Ministério do Trabalho, nem a empresa foi exigida pelo órgão federal, que tem por obrigação proteger o trabalhador. Foto: Wilson Firmo/Tribuna Popular A época funcionários do estaleiro, que trabalhavam com o jovem acidentado, disseram ao Jornal Tribuna Popular, do Cabo, “que apesar dos vários equipamentos de segurança existentes no galpão do Estaleiro, os “chefes fazem pressão para nós acelerarmos a produção e com isso a gente fica muito vulnerável aos acidentes”.
O acidente aconteceu no espaço interno do navio, por onde passará a casa de máquinas. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, não havia local para Jaelson prender o cinto de segurança, pois o andaime sequer havia sido montado e nessas condições ele trabalhou, até despencar. Observem-se as condições precárias de trabalho desses operários. A cada acidente o Ministério do Trabalho, finge que toma providencias, diz que vai fazer investigações rigorosas e a matança continua. As mortes são apenas a face mais cruel da história desse navio, que leva no seu bojo, o sangue, as fraturas, os machucados e a estafa dos operários, submetidos a condições subumanas. Pode-se ver também até onde estava pronto o navio que Lula inaugurou no dia 07, na presença da sua candidata: “o operário morreu quando caiu num espaço onde será a casa de máquinas”. Que navio pronto é esse que não tem casa das máquinas? O trabalho é ininterrupto, 24 horas por dia, sem domingos e feriados, foi o que disse o próprio presidente do estaleiro, Angelo Bellelis , quando da “inauguração” do navio, por Lula, chamando por diversas vezes os funcionários do estaleiro de “arretados". Os arretados estão morrendo com as obrigações de produtividades esticadas e sem a segurança devida, para o presidente e os donos do negócio, o importante são os milhões de lucro e o prestígio político para obter novas encomendas. Photoshop Toinho de Passira O presidente Lula, ex-operário e vitima de acidente de trabalho, deveria ter uma política severa para o setor, mas desde que se bandeou para os lados dos patrões, os operários só servem para sair em fotografias ao seu lado como coadjuvantes descartáveis. |
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