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15 de fev. de 2010

EUA – IRÃ: Hillary: - “Irã está virando ditadura militar...”

EUA – IRÃ
Hillary: - “Irã está virando ditadura militar...”
A Guarda Revolucionária Iraniana, com 125 mil combatentes, com unidades aéreas, terrestres e navais, que operam separadamente do Exército regular, segundo a Secretária americana, está assumindo militarmente o poder

Foto: Reuters

Em pronunciamento a estudantes do Catar, que foi transmitdo pela TV Al Jazeera, Hillary Clinton disse que o governo dos EUA quer o diálogo, mas que "não cruzará os braços" enquanto a república islâmica se envolve num suposto programa de armas nucleares.

Fontes: Reuters , Telegraph, Estadão, Aljazeera

Os Estados Unidos consideram que o Irã pode estar virando uma ditadura militar e que sua Guarda Revolucionária pode estar suplantando o governo, disse na segunda-feira a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton.

Em pronunciamento televisivo a estudantes no Catar, Hillary negou que os Estados Unidos pretendam atacar o Irã e disse que Washington gostaria de dialogar com a República Islâmica, desde que o país se empenhe nesse sentido.

"Estamos planejando tentar unir o mundo na aplicação de pressão ao Irã por meio de sanções adotadas pelas Nações Unidas que serão particularmente voltadas para aquelas empresas controladas pela Guarda Revolucionária, que acreditamos que esteja na prática suplantando o governo do Irã", disse ela.

"Vemos que o governo do Irã, o líder supremo, o presidente e o Parlamento estão sendo suplantados e que o Irã está avançando para uma ditadura militar."

Essa foi a avaliação mais franca já divulgada por um membro do governo dos EUA sobre a influência da Guarda Revolucionária, uma força de elite cuja influência tem crescido nos últimos anos, por meio de uma rede de bancos, empresas de navegação e outras empresas sob seu controle.

Foto: Associated Press

Membros da milícia iraniana Basij filiados à Guarda Revolucionária, março, durante uma cerimónia comemorativa do 30 º aniversário da fundação Basij, na Grande Mesquita Imam Khomeini, em Teerã, Irã, quinta-feira, 26 novembro, 2009.

A corporação foi criada depois da Revolução Islâmica de 1979 para proteger o sistema contra ameaças internas e externas. Ela tem cerca de 125 mil combatentes, com unidades aéreas, terrestres e navais, que operam separadamente do Exército regular, com 350 mil soldados, e respondem diretamente ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

O Ocidente e muitos Estados árabes acusam o Irã de usar seu programa nuclear civil como disfarce para desenvolver armas nucleares. O país alega que sua intenção é apenas gerar eletricidade com fins civis.

Hillary já havia admitido que a abordagem diplomática do governo de Barack Obama não funcionara com o Irã, sugerindo que uma quarta rodada de sanções na ONU seria a única opção.

Foto: Reuters

Mohammad Marandi, um analista político da Universidade de Teerã, tentou desqualificar o pronunciamento de da Secretaria americana: "Se dermos a Hillary Clinton mais algum tempo ela vai estar culpando o Irã para o aquecimento global, bem como", disse à Al Jazeera.

"O que estamos tentando fazer é passar uma mensagem ao Irã, uma mensagem claríssima de que ainda estamos abertos ao envolvimento, ainda acreditamos que haja um caminho diferente para o Irã trilhar. Mas queremos o mundo unido em passar um recado inequívoco ao Irã de que não ficaremos parados de lado enquanto vocês mantêm um programa nuclear que pode ser usado para ameaçar os seus vizinhos e além", acrescentou.


7 de fev. de 2010

IRÃ: Ahmadinejad ordenou enriquecimento de urânio a 20%

IRÃ
Ahmadinejad ordenou enriquecimento de urânio a 20%
O Presidente iraniano está blefando abertamente com a comunidade internacional, que não sabe como fazer para impedi-lo de produzir a sua bomba atômica. Suas declarações de continuar negociando, são falsas, como é um embuste sua proposta de permitir que o urânio seja enriquecido fora do país, inclusive no Brasil, está apenas ganhando tempo

Foto:Reuters

Com esses oculos protetores, usados para visitar a exposição iraniana de Ciência e Tecnologia Laser, Ahmadinejad está apto a sair no cordão das “virgens de Olinda”. Tem aiatolá que é cego

Fonte: Estadão

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, diante das cameras, bem ao estilo do seu aliado Hugo Chávez, ordenou neste domingo, 7, ao presidente do Organismo da Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, que inicie o processo de enriquecimento de urânio a 20%, em discurso transmitido pela televisão estatal.

"Iniciem o enriquecimento do urânio a 20%, enquanto nós estamos dispostos a negociar para a troca de combustível nuclear".

A este respeito, Ahamdinejad se referiu ao prazo de dois meses dado pelo Irã ao Ocidente para resolver a queda-de-braço nuclear e reiterou que seu país "está disposto a dialogar sobre a troca de combustível nuclear". "Nós começamos (o enriquecimento) embora o caminho da negociação continue aberto", destacou.

Além disso, revelou que os cientistas iranianos conseguiram desenvolver uma tecnologia que permite enriquecer o urânio através da técnica laser. "O laser permite separar os átomos, o que significa que pode servir para enriquecer o urânio com o grau que um queira... Mas por enquanto não pensamos utilizar este método de enriquecimento", explicou. "Para enriquecer o urânio temos centrífugas que se Deus quiser poderemos utilizar para enriquecer 20% e ser auto-suficiente", detalhou.

As declarações do presidente abrem um novo capítulo na inflamada queda-de-braço que o Irã mantém com grande parte da comunidade internacional por causa das suspeitas levantadas por seu programa nuclear.

Países como Estados Unidos, Israel, França, Alemanha e Reino Unido acusam o regime iraniano de esconder, sob seu esforço atômico civil, um projeto de natureza clandestina e aplicações bélicas cujo objetivo seria a aquisição de um arsenal nuclear, alegação que o Irã rejeita.

O conflito se agravou no final do ano passado depois que Teerã rejeitou uma proposta de Washington, Paris e Moscou para enviar seu urânio a 3,5% ao exterior e recuperá-lo tempo depois enriquecido a 20%, nas condições necessárias para manter operacional seu reator nuclear civil na capital.

Em uma aparente mudança de postura, Ahmadinejad assegurou na terça-feira passada que seu país não tem problema algum para enviar o urânio ao exterior. A declaração conseguiu abrir de novo a brecha entre as grandes potências, e em particular entre Washington e Pequim, que mantêm posturas divergentes sobre a polêmica.

Os EUA pressionava há meses para conseguir que todos os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas respaldem um endurecimento das sanções políticas e econômicas ao regime dos aiatolás. Esta mesma semana, o Departamento de Estado americano pediu ao Irã para deixar de lado a incerteza e dar uma resposta definitiva e precisa à questão.

A China assinalou que as palavras de Ahmadinejad significam que ainda existem possibilidades de conseguir uma saída diplomática à crise. No entanto, parece que o presidente iraniano aposta pelo discurso mais duro. "Utilizam a tecnologia para subjugar os povos. Acreditam que a ciência é monopólio seu", acrescentou nesta segunda-feira.