21 de jun. de 2012

Ameaçado, Juiz do caso Cachoeira, afasta-se do processo

BRASIL - Corrupção
Ameaçado, Juiz do caso Cachoeira, afasta-se do processo
O juiz Moreira Lima, responsável pelo processo de Carlinhos Cachoeira, pediu transferência por está sendo ameaçado. Neste momento a CPI que investiga o esquema Cachoeira está de férias brancas, emendando feriados. O novo juiz que assumiu o caso, diz que vai tentar correr com o processo, no mês de julho, pois estará muito ocupado nos próximos meses e também vai entrar de férias. Resultado: Carlinhos Cachoeira não vai continuar preso por muito tempo e Thomaz Bastos, seu advogado, vai ficar R$ 15 milhões mais rico. Conclui-se que apesar de pequenos desconfortos prisionais, o crime, nesse país, ainda continua compensando.


O juiz Moreira Lima, pedido para sair do país, fugindo da quadrilha de Cachoeira

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, G1, Agência Brasil, Estadão , Congresso em Foco

A notícia, que o Estadão chamou de estarrecedora, de que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável por processos criminais que investiga a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, em Goiás, solicitou transferência à Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), sob a alegação de que ele próprio e sua família têm sofrido ameaças de morte, presumivelmente por parte de policiais envolvidos no escândalo.

O magistrado faz uma solicitação inédita de passar “tempos no exterior”, para sair do foco da tensão. No pedido de afastamento, o magistrado goiano afirma encontrar-se em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás" e explica que, apesar de se submeter a um rígido esquema de segurança recomendado pela Polícia Federal (PF), as ameaças que recebe são constantes:

"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram".

De acordo com o juiz, "pelo que se tem de informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha".

Dara Kramer informa na sua coluna que a procuradora Léia Batista, que atua no caso pelo Ministério Público de Goiás, também se sente ameaçada e pediu ao Conselho Nacional de Justiça que tome providências para garantir-lhe a segurança.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, ao tomar conhecimento do fato declarou:

"É um caso de gravidade incomum".

A Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal para investigar a atuação de organizações criminosas envolvidas na exploração do jogo em Goiás e no Distrito Federal. Sob a responsabilidade do juiz Moreira Lima, oito réus que estão presos, entre eles Carlinhos Cachoeira somam-se mais outros 73 réus que estão soltos, entre eles 35 policiais civis, militares e federais.

A corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, se reuniu nesta quarta com o juiz Moreira Lima na sede do CNJ, em Brasília, para ouvir os motivos do seu pedido de afastamento. Ao fim resumiu que o magistrado relatou à comissão de segurança do conselho que se sentia "extenuado" após 16 meses à frente do caso.

“Ele [Moreira Lima] não sai por covardia ou medo, mas porque cansou dessa notoriedade. Juiz se sente muito agredido quando tem esse nível de exposição”, observou a corregedora, pondo panos quentes na história.

O juiz Moreira Lima não viajar para o exterior, conforme havia solicitado no ofício em que pediu afastamento do caso. Deve assumir a 12ª Vara de Execução Fiscal de Goiânia, por enquanto.

Assumiu o processo, no seu lugar, o juiz Alderico Rocha Santos. O magistrado por um lado informou que irá acelerar a tramitação da ação penal durante o mês de julho, até porque não poderá efetivamente instruir o processo nos meses subsequentes, devido a uma movimentada pauta de audiências, previamente marcadas, na vara onde atua, além disso afirmou que vai gozar as “férias regulamentares”, a que tem direito, que estavam programadas.

Para um bom entendedor, o juiz escalado é muito ocupado, vai sair de férias, o processo vai atrasar, e o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, advogado de Carlinhos Cachoeira, vai conseguir um Habeas Corpus, justificando os R$ 15 milhões que está recebendo para defender o bandido.

Depois disso o mundo vai ficar ainda mais perigoso para testemunhas de acusação e aqueles que trabalham para fazer a quadrilha de Carlinhos Cachoeira pagar pelos seus crimes.


Tudo leva a crer, que Carlinhos Cachoeira vai assistir o desfile de 7 de setembro, no sossego do lar, na mansão de comprou do govenador Marconi Perillo, nos braços de sua bela esposa, roubada do amigo.


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