25 de set. de 2014

Diante do mundo, Dilma se revela provinciana, arcaica e míope. Envergonha quem esperava dela o mínimo de grandeza - Ricardo Noblat

BRASIL - Opinião
Diante do mundo, Dilma se revela provinciana, arcaica e míope. Envergonha quem esperava dela o mínimo de grandeza
Quando Dilma decidiu comparecer à abertura de mais uma Assembléia Geral da ONU, imaginou-se que ela tentaria se apresentar por lá como a presidente de um país importante. Não foi o que aconteceu.

Charge Jorge Braga – O Popular (GO)

Postado por Toinho de Passira
Texto de Ricardo Noblat
Fonte:  Blog do Noblat

Por que Dilma não se fantasia de estadista e se oferece para intermediar negociações entre o mundo civilizado e os bárbaros assassinos do Estado Islâmico – aqueles que chocam o planeta ao degolarem seus prisioneiros?

Ontem, foi a vez do francês Hervé Gourdel, capturado no último domingo na Argélia por extremistas do grupo Jund al-Khilafah (soldados do Califado), vinculado ao Estado Islâmico.

A execução de Gourdel – como as anteriores - foi filmada para horror universal.

Quando Dilma decidiu comparecer à abertura de mais uma Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque, imaginou-se que ela tentaria se apresentar por lá como a presidente de um país importante.

A ocasião seria perfeita para que ela se debruçasse sobre os principais problemas que afligem a Humanidade, reforçando, talvez, a pretensão do Brasil de um dia vir a ser admitido como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Não foi o que aconteceu.

Dilma discursou como candidata a presidente do Brasil na eleição marcada para o próximo dia cinco. A tribuna da ONU serviu apenas como símbolo de poder para destacar Dilma dos seus adversários mais próximos – Marina Silva e Aécio Neves.

Ali, Dilma aproveitou para gravar mais um dos seus programas de propaganda eleitoral. Limitou-se a repetir o que tem dito à exaustão em pequenos comícios pelo Brasil a fora. Na véspera havia derrapado feio ao abordar a realidade internacional em outro discurso.

A ONU aprova o emprego da violência pelos Estados Unidos e uma coligação de países que bombardeiam áreas da Síria sob o domínio do Estado Islâmico. Não é possível contemporizar com um tipo de terror que de fato ameaça o mundo.

Dilma, porém, contemporizou. Tratou os Estados Unidos e o Estado Islâmico como partes que deveriam sentar à mesa para discutir suas divergências. Como se tudo não passasse de divergências. Como se os Estados Unidos e o Estado Islâmico se equivalessem. Como se fosse possível dialogar com cortadores de cabeças.

Fiquei envergonhado com a performance de Dilma. Acho que muita gente também ficou.

Perto do desfecho do seu atual mandato, Dilma revelou-se provinciana, arcaica e míope. Muito menor do que a cadeira que ocupa no Palácio do Planalto.

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