16 de jun. de 2010

ELEIÇÕES 2010: A candidata foi encher o saquinho de Sarkozy

ELEIÇÕES 2010
A candidata foi encher o saquinho de Sarkozy
Dilma Dossieff está em Paris para aparecer em fotos e filmes ao lado do presidente francês, simulando que tem prestígio e sabe tratar com estadistas estrangeiros. Na verdade Sarkozy imprensou a candidata no meio da agenda, deixou-se fotografar e voltou a trabalhar que ser presidente da França não é brincadeira. Ela disse que a viagem está sendo um sucesso (?)

Foto: Blog do Antônio Ribeiro

BEIJINHO E TCHAU, TCHAU - Sarkozy livrando-se de Dilma em frente ao Palácio do Elysée

Antonio Ribeiro
Fontes: Blog do Antonio Ribeiro, Estadão

Pronto. Missão cumprida. A candidata do PT, Dilma Rousseff, posou para fotografias ao lado do presidente da França, Nicolas Sarkozy. E cumprida com louvor. Recebeu beijos na despedida de um encontro de 25 minutos no Palácio do Elysée, em Paris, solicitado pela candidata. Mas os marqueteiros de Dilma queriam mais. A entrada no interior do palácio do cinegrafista que a equipe da candidata leva a tiracolo na turnê promocional pela Europa. O objetivo era registrar o encontro de Rousseff com Sarkozy para o horário de propaganda eleitoral. O protocolo presidencial francês brecou a idéia.

Houve quem desejou saber o que foi tratado no encontro imediatamente antes da sessão fotográfica e pelo qual Dilma classificou de “muito bom, muito gentil”. A candidata gastou um minuto e cinqüenta e dois segundos relatando platitudes. Um raro momento onde o discurso reflete exatamente o que aconteceu. Em uma palavra: nada. Antes de ser convidada gentilmente a deixar o pátio devido a chegada de um outro visitante, sobrou tempo para perguntar sobre a compra dos 36 Rafales franceses para Força Aérea Brasileira (FAB) .

O maior gasto militar da história do Brasil — 12 bilhões de reais — não poderia estar fora da conversa entre a eventual presidente do país com Sarkozy. Embora fosse como apostar na vitória da Espanha contra a Suíça, a zebra desfilou a seu modo nao só na Copa mas também na capital da França . “Não tratamos do assunto”, disse a canditada do PT.

Foto: Soraya Ursine/AE

Martine Aubry, secretária-geral do Partido Socialista (PS), o maior da esquerda francesa, baixou o sarrafo em Sarkozy e queria saber quem era Sarney. Melhor não saber minha cara socialista.

Mais cedo, Dilma recebeu o apoio da secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Aubry, à sua candidatura. O que é perto de nada.

Fora do roteiro, o brasileiro José Tadeu, ligado ao PT de Brasília apareceu em frente ao hotel cinco estrelas Champs Elysée Plaza onde Dilma estava hospedada. No momento em que a candidata do PT se despedia de Aubry, em mais uma sessão de fotografias, Tadeu começou a gritar em português: “Sarney é igual a Hitler, Sarney é igual a Hitler, aqui é a França.” Dilma reganhou rápido sua suíte. Atônita, Martine Aubry quis saber quem era Sarney?


*“Uma foto, nenhuma palavra” é o título do post do Blog de Antonio Ribeiro, em Paris
**Acrescentamos subtítulos, foto e legendas

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