ELEIÇÕES 2010 Serra fala como candidato a presidente do Brasil
Oficialmente, a partir de hoje, José Serra é legalmente candidato a presidente do Brasil, depois de aclamado na convenção do PSDB, em Salvador. No discurso criticou as alianças do governo Lula com países como o Irã, Cuba e Venezuela: "muitos políticos que se apresentam como democratas desdenham da democracia nas suas práticas diárias" e mais adiante afirmou: "não fica bem elogiar ditadores de todos os lados do planeta
Foto: Lalo de Almeida/Folhapress
O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, fez neste sábado, 12, na convenção nacional, em Salvador, um forte discurso de oposição no qual atacou o apadrinhamento, o aparelhamento do Estado e os políticos "neocorruptos".
Toinho de Passira Fontes: G1 , Estadão, A Tarde, Blog do Jamildo
Sem falar explicitamente o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra comparou as suas "crenças" com as práticas de oito anos de PT no poder, disse que os chefes de governo não podem acreditar que personificam o Estado e, citando Luis XIV, acrescentou: "Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses."
Além da defesa do Estado de Direito e da crítica a quem "desdenha a democracia nas ações diárias", Serra disse que o Brasil precisa se afastar de "três recordes internacionais": uma das menores taxas de investimento público do mundo, a maior taxa de juros do mundo e a maior carga tributária de todo o mundo em desenvolvimento. O tucano repetiu a biografia apresentada na pré-convenção, em Brasília, em abril passado, falou do político de origem pobre e que estudou em escola pública, e concluiu: "Não comecei ontem, não caí de paraquedas" e, "comigo, o povo brasileiro não terá surpresas."
Foto: Lalo de Almeida/Folhapress
José Serra chegando a convenção do Partido vestindo uma camisa da seleção brasileira, com o número 45
ACREDITO
Ao longo do discurso, Serra citou 13 vezes a palavra "acredito" para se diferenciar do governo Lula e do PT. Também citou 9 "necessidades e esperanças" que considera serem objetivos da "maioria dos brasileiros".
Na lista das crenças, ao dizer que a democracia não pode ser adotada como um "instrumento tático", acrescentou que esse é o regime e o caminho para melhorar a vida das pessoas. "Não é com o menosprezo ao Estado de Direito e às liberdades que vamos obter mais justiça social duradoura."
Ao tratar dos sindicatos, cooptados pelo governo Lula com a legalização das centrais e a distribuição do imposto sindical pago pelos trabalhadores, Serra criticou as "organizações pelegas sustentadas com dinheiro público" e defendeu a liberdade de imprensa e de organização social - que não devem, afirmou, ser "intimidades, pressionadas e patrulhadas pelos governos e partidos" .
Ao criticar duramente o governo Lula, reforçando o papel de adversário da atual gestão petista, o tucano fez inflexão em relação à posição de cautela adotada na fase de pré-campanha e durante os mais de três anos que comandou o Palácio dos Bandeirantes.
"Quem justifica deslizes morais dizendo que está fazendo o mesmo que os outros fizeram ou que foi levado a isso pelas circunstâncias deve merecer o repúdio da sociedade. São os neocorruptos", declarou o candidato, em discurso de mais de 40 minutos para uma plateia de cerca de 5.000 pessoas, no Clube Espanhol, em Salvador.
Ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, ex-prefeito de São Paulo e ex-governador, Serra enfatizou a sua trajetória - uma das estratégias do PSDB é a comparação de biografias. Sem citar a adversária Dilma Rousseff (PT), o tucano falou sobre falta de experiência política da petista que nunca disputou eleição. Foi quando disse a frase: "Não comecei ontem e não cai de para-quedas." Serra se apresentou como o candidato da moralidade e da defesa da ética. Criticou a atual relação com o Congresso, que, segundo ele, não deve ser "uma arena de mensalões, compras de votos e de silêncio".
Ditadores do mundoFalou também de política externa. "Acredito nos direitos humanos dentro do Brasil e no mundo. Não devemos elogiar continuamente ditadores de todos os cantos do planeta só porque são aliados eventuais do partido do governo." Foi uma referência direta à aproximação do presidente Lula com o Irã e a Venezuela.
Serra criticou o "desprezo" da atual gestão pelos órgãos de controle, como Ministério Público e Tribunal de Contas da União.
"Prezo as instituições que controlam o Poder Executivo, como os tribunais de contas e o Ministério Público, que nunca vão ser aprimoradas por ataques sistemáticos de governos que, na verdade, não querem ser controlados."
Foto: Lalo de Almeida/Folhapress
Promessas
O tucano fez promessas para áreas de educação e saúde. Disse que, se eleito, abrirá 1 milhão de vagas em escolas técnicas. Falou na construção de 150 Ambulatórios Médicos de Especialidades em todos os Estados. E aproveitou o tema da saúde para, novamente, atacar o governo. Serra, que até então falava que a saúde "não avançou", ontem usou a expressão "retrocesso" ao traçar o diagnóstico do setor.
Leia na íntegra o discurso de José Serra futuro presidente do Brasil |
Um comentário:
Espero, que quem vai ver, ou seja ler as minhas poucas palavras, não se zangue comigo, mais em campanha para chegar no que ele quer, que é estar no PODER, promete tudo para todos, e no fritar dos ovos, se torna em NADA, de tantos os PRESIDENTES que já passou pela REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, hoje o BRASIl VARONIL, pois DEUS constituiu um homem VARONIL, pra ser o Presidente do BRASIL, o doutor da VIDA, o nosso querido PRESIDENTE LULA, e porque? mexer em time que está ganhando, com muita humildade.
Ass: Edmilson Moura
Bacabal-MA.
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