José Dirceu é um referencial de falta de moral do Partido dos Trabalhadores. O sacana mor. O guru do conchavo. Por isso foi chamado para por ordem na zona que estava a central de dossiês instalada no comitê de campanha da ex-ministra candidata de Lula. Começou tirando os poderes de Dilma, mostrando quem manda agora e mandaria depois se ela fosse vitoriosa
Ilustração Toinho de Passira
Toinho de Passira
A necessidade de intervenção de José Dirceu para consertar a suruba política que se instalou na central de dossiês do comitê da candidata Dilma acabou evidenciando muitas coisas.
A primeira delas é que a crise era grave. Dirceu, PHD em sacanagem, só é chamado para resolver questões extremas. Depois, que ele sabe como ninguém manipular os cordões da ex-ministra fantoche, escolhida por Lula para candidata.
Só mesmo José Dirceu para resolver os complexos problemas de uma central de dossiês desorganizada. Como um jogador de sinuca deu uma tacada de efeito futuro. Enquanto resolvia a questão de agora, eliminava a concorrência abrindo espaços, na eventualidade de vitória da companheira Dilma Dossieff.
Traduzindo, sua intervenção consistiu em expulsar do comando da campanha o núcleo mineiro, do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel e sua trupe, lá posto pela candidata, passando o bastão ao deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), seu homem de confiança.
Isso poderia ter sido feito com reservas, sem estardalhaços, mas o estilo Dirceu não permite. A divulgação que foi ele quem pôs ordem na casa do lago, onde está instalada a central da campanha, vai lhe dá mais confiabilidade, nos outros conchavos, que está fazendo Brasil a fora, em nome da candidata, além de fazer transbordar o seu ego insaciável.
Não se pode imaginar, porém, que a intervenção de Dirceu, foi um ato moralizador, uma reprovação pela elaboração do dossiê. Sua reprovação foi ao fracasso e ineficiência de como foi tentado divulgar a difamação. Afinal dossiê bom é aquele que denigre o adversário e jamais se sabe a origem.
Registre-se, também, por ser da maior importância, que como interventor, José Dirceu, enquadrou também a companheira dos tempos da guerrilha. Mansamente ela se deixou conduzir, sem tentar salvar os seus protegidos do núcleo José Pimentel.
Dirceu é uma das poucas pessoas vivas que sabe o verdadeiro currículo guerrilheiro de Dilma, que se passava por Wanda, um bibelô dos aparelhos da Ação Libertadora Nacional, e serviçal de Carlos Marighella.
Como nesse período tanto a ex-ministra quanto Dirceu cometeram atos que preferem esconder da opinião pública, e como, no momento, ela tem mais a perder que ele, tacitamente, suas palavras soam chantageantes, como um dossiê vivo da história secreta de Wanda.
Por fim, ficou mais claro ainda, depois dessa intervenção, o espaço e o domínio que José Dirceu teria, num improvável e eventual governo de Dilma Dossieff.
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