ESTADOS UNIDOS: Em Utah, Prisioneiro foi executado por fuzilamento
ESTADOS UNIDOS Em Utah, Prisioneiro foi executado por fuzilamento O prisioneiro Ronnie Lee Gardner, condenado por assassinato no Estado americano de Utah, escolheu ser executado por um pelotão de fuzilamento, que o alvejou mortalmente, nesta sexta-feira, dentro do presídio estadual
Foto: Francisco Kjolseth/Pool Photo
Toinho de Passira
Foi executado em Utah, nos Estados Unidos, nesta madrugada, 00:20, horário local, Ronnie Lee Gardner, 49 anos,(foto) mediante os disparos de um pelotão de fuzilamento, método escolhido pelo próprio preso, condenado por matar o advogado Michael Burdell, em 1985, quando tentou escapar durante uma audiência judicial na qual era acusado de roubo e homicídio. A execução de Gardner ficou definida na noite desta quinta quando a Corte Suprema negou uma moção apresentada pelos advogados do condenado para reconsideração do caso. Pouco antes, um tribunal de apelações de Denver (no estado do Colorado) tinha negado o adiamento do castigo em decisão apoiada pelo governador do estado de Utah, Gary Herbert. Dos 35 Estados americanos que possuem a pena de morte, Utah é o único que oferece o fuzilamento como opção, para os que foram condenados antes de 2004. Gardner elegeu este método porque acredita que é "mais humano", segundo seu advogado, Andrew Parnes, mas o último executado por disparos, John Albert Taylor, decidiu morrer desta forma para envergonhar as autoridades. Antes de escutar os disparos, o preso pronunciou suas últimas palavras, ouvidas por cinco testemunhas, até cinco familiares das vítimas de seus crimes, dirigentes oficiais e nove jornalistas. Quatro redes televisivas de Utah transmitiram ao vivo a execução, mas longe da sala onde aconteciam os disparos. Foto: Associated Press O preso ficou sentado e amarrado em uma cadeira com um capuz e com uma marca no peito que serviu como um alvo para as cinco pessoas anônimas, voluntários das forças armadas locais, identificadas como "agentes pacifistas", que apertaram o gatilho. Foto: Associated Press O Governo emitiu permissões para dois protestos de grupos opositores à pena de morte, no Congresso do estado e perto da prisão, e houve orações por sua morte na catedral da capital do estado, Salt Lake City. Foto: Associated Press Outros quatro presos dos dez que estão sentenciados à pena de morte neste estado também escolheram o fuzilamento para sua execução. Foto: Associated Press
O caso da execução de Gardner atraiu muita atenção nacional e internacional, pois o método tem sido criticado. Muitos alegam que o pelotão de fuzilamento é uma herança dos tempos do Velho Oeste e deveria ser abolido. De acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte, a Suprema Corte dos Estados Unidos deu a Utah a permissão para o uso do pelotão de fuzilamento como método de execução em 1879. "Este é, claramente, um regresso a um tempo mais antigo e as pessoas perguntam como nós ainda fazemos isto?", disse recentemente Richard Dieter, diretor-executivo do centro, ao canal americano CBS. Mas, Gary DeLand, diretor-executivo da agência penitenciária de Utah entre 1985 e 1992, afirma que não sabe porquê a execução por pelotão de fuzilamento gera tanto interesse. "Uma execução é uma execução", disse. "Acho que é apenas curiosidade mórbida." Familiares e amigos de Michael Burdell, o advogado morto por Gardner dentro de um tribunal, teriam dito que a execução simplesmente seria uma vitória da violência que o advogado tentava combater. Foto: Associated Press Historiadores, por outro lado, afirmam que o método de execução tem origem em uma doutrina do século 19, da religião mórmon, predominante no Estado americano de Utah. Atualmente a igreja não tem opinião sobre assunto. Foto: Deseret News Arquivos |
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