ELEIÇÕES 2010: Marina: negra, pobre e candidata a presidente
ELEIÇÕES 2010 Marina: negra, pobre e candidata a presidente Oriunda dos seringais acrianos, nas fronteiras extremas da floresta amazônica e nas dificuldades de sobreviver com dignidade Marina Silva, tornou-se, ontem, 10, oficialmente, candidata a presidente do Brasil, pelo Partido Verde, patrocinada pelo seu vice, o dono da Natura
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Toinho de Passira Sem a pompa e a circunstancia dos outros candidatos, Marina Silva, tornou-se oficialmente candidata do Partido Verde à Presidência da República. Posta em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, com larga distancia dos dois primeiros colocados, José Serra e Dilma dos dossiês, fez um discurso procurando se equilibrar numa lâmina afiada. Não é oposição a Lula, mas pretende em tese derrotar a candidata indicada por ele. Ex-petista tenta arrebanhar os votos dos que sendo do partido não gostam de Dilma e da forma como Lula está conduzindo o processo de sucessão. Oferece a promessa de manter o desenvolvimento sustentável e estabilidade econômica. Preocupada com a sua arraigada religiosidade fala em liberdade religiosa no Brasil, e a existência de um estado laico, para não assustar os crentes de outras religiões e os descrentes. Finge elogiar o Bolsa Família falando que Lula teria tirado da linha de pobreza 20 milhões de brasileiros, pra em seguida defender os "programas sociais de terceira geração", “os quais, além de reduzir as desigualdades sociais, potencializariam a criação de oportunidades de empregos para os assistidos”. De passagem citou ainda a desigualdade de oportunidades entre pessoas ricas e pobres, a inexistência de uma educação de qualidade que alavanque a economia e a inovação tecnológica e a falta de infraestrutura e segurança nas cidades. A candidata, que é professora, cobrou uma reformulação no ensino e a valorização dos professores. "Esse país ainda está na estagnação na qualidade do ensino. Quarenta por cento das crianças que chegam ao ensino fundamental não concluem a 8ª serie. A escola precisa ser criativa, valorizar professores, para que a gente sinta orgulho de dar aula. Esse desafio não foi superado no país", afirmou. "Temos ainda um país que dilapida o seu imenso patrimônio natural", afirmou a candidata falando pelo seu lado verde. Mariana para ser sincera teria que explicar como passou seis anos no governo Lula, ouvindo impropérios e aprovando projetos que iam de encontro a sua dita índole preservacionista. Mesmo candidata e pretensa oposicionista, não defende com seriedade nem o seu lado verde, ninguém a ver criticar por exempla a construção da Usina Belo Monte ou a criminosa transposição do rio São Francisco, que Lula a fez aprovar goela abaixo. Marina não quer falar mal de Lula para não perder os votos do PT mesmo que isso sacrifique o seu único e real diferencial de candidata fundamentalmente preocupada com o meio ambiente. Quer usar o estigma de ser negra, mulher e de origem humilde como capital para lhe fazer merecedora de ser presidente da republica. Não é honesto apelar assim que as mulheres e os pobres e os negro votem nela por identificação. Os americanos entusiasmado em eleger um negro presidente, esqueceram de observar se Barack Obama tinha competência, experiência e maturidade para o cargo, agora estão esperando que o jovem aprenda a ser presidente enquanto exerce o cargo, com enormes prejuízos para os Estados Unidos e para todo o mundo. Não são condições básicas para ser presidente, a cor da pele, o gênero, nem a origem social. O que precisamos é de um presidente, experiente, confiável e com maturidade suficiente para tomar as decisões certas. Foto: Getty Images Vestida com suas costumeiras roupas simples e sóbrias, Marina destacou que o país ainda precisa corrigir erros, pediu durante seu discurso a oração e a torcida dos presentes enquanto afagava o seu vice, o empresário Guilherme Leal, dono da Natura, o “teúdo e manteúdo” da campanha, orçada em 90 milhões, que por sinal vestia um caríssimo e sofisticado terno Armani. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr O melhor da convenção nacional do PV, porém, foi quando um palhaço invadiu o palco do evento e passou a fazer piadas depreciativas sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), sobre o chamado escândalo do mensalão do PT e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). |
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