ESTADOS UNIDOS: Morre a enfermeira do beijo no Times Square
ESTADOS UNIDOS Morre a enfermeira do beijo no Times Square Edith Shain, a enfermeira reconhecida por ter protagonizado a cena de beijo mais famosa do século passado, no dia em que se comemorava o fim da segunda guerra mundial, em Nova Iorque, faleceu domingo passado, mas só divulgado nesta quinta-feira, em sua casa em Los Angeles
Foto: Alfred Eisenstaedt/Revista LIFE Toinho de Passira
Dizem que ela virou símbolo de uma época, porque representava três importantes eventos: a vitória aliada, o regresso para casa de muitos milhares de soldados e o chamado baby boom – período imediatamente a seguir ao fim da II Grande Guerra Mundial durante o qual se verificou um crescimento exponencial da taxa de natalidade. Alfred Eisenstaedt, o fotografo sempre foi um perfeccionista e metódico, mas na balburdia daquele dia, esqueceu de anotar os nomes dos dois personagens que estrelavam a foto. A curiosidade foi crescendo e 35 anos depois do acontecimento iniciou-se uma verdadeira caçada a identidade do casal. Quem era o marinheiro, quem era a enfermeira? Em 1980 Alfred Eisenstaedt recebeu uma carta na revista Life, da enfermeira Edith Shain, então com 62 anos: "Sou eu. Nunca o assumi publicamente porque podia colocar-me numa posição pouco digna. Mas agora os tempos mudaram" – escreveu Edith. Curioso e emocionado, Eisenstaedt voou para Beverly Hills ao encontro dela. Edith estava já com 62 anos, era avó, professora num Jardim Infantil e ainda exercendo o ofício de enfermeira. Foto: Revista LIFE A própria Edith desvalorizava a importância da foto para a sua vida: «O Sol nasce, o Sol põe-se. Não muda nada. Nem foi grande coisa» – disse ela ao fotógrafo. «Afinal meninas bonitas recebem sempre mais do que um único beijo, não é?» Aquele, o da foto, descreveu-o como «um bom beijo, longo. Fechei os olhos e não resisti. Às vezes penso que se não estivesse acompanhada com uma amiga talvez tivesse ficado ali». Mas naquele dia, depois do beijo cada um foi para o seu lado.
O mistério entre os homens, porém, continua, não se chegou a uma opinião definitiva até hoje. Dos onze americanos que se autoproclamaram autores do beijo, três disputam com mais evidencias o troféu, embora nenhum tenha sido aceitado pela revista LIFE. Existe o reconhecido cientificamente, George Mendonsa, que teve a “aprovação” do Naval War College, a partir de uma análise das suas tatuagens, cicatrizes e testes biométricos na Mitsubishi Electric Research Laboratorie. Mas há quem diga que os exames não são conclusivos O reconhecido sentimentalmente, pela própria Edith Shain, que acredita ter reconhecido como o marinheiro - Carl S. Muscarello. Por fim, o reconhecido pela polícia: um cidadão chamado Glenn McDuffie é tido como o marinheiro por uma famosa especialista em identificação criminal, Lois Gibson, da Polícia de Houston. Mas o mistério parece fadado a persistir para sempre. |
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