Hillary e Chávez: cordiais inimigos
ESTADOS UNIDOS – VENEZUELA Hillary e Chávez: cordiais inimigos O encontro entre o presidente venezuelano e a Secretaria americana, durante a posse de Dilma Rousseff, em Brasília, foi surpreendentemente cortes e descontraído, apesar da tensão vivida atualmente entre os dois países. Chávez disse que Hillary aproximou-se sorridente e gentil e coube a ele corresponder e acolher cavalheiresca e educadamente o cumprimento estendendo-lhe a mão. Não parece terem conversado nada importante, mas o simples fato de terem se deixado fotografar e dialogarem na presença de outros líderes latinos foi considerado importante, tanto por Washington quanto por Caracas.
Foto: Captura de video Postado por Toinho de Passira Desde que se confirmou a presença da Secretaria de Estado Americano Hillary Clinton e do Presidente da Venezuela Hugo Chávez na posse de Dilma Rousseff, em Brasília, no primeiro dia do ano, que se estabeleceu uma expectativa da possibilidade de um encontro entre os dois, e como seria o comportamento adotado por ambas as partes. Os dois países nunca desfrutaram de relações amistosas, principalmente, devido às constantes ataques verbais de Hugo Chávez ao governo americano. Mas nas últimas semanas a pressão subiu e os dois países estiveram à beira de romper relações diplomáticas. Chávez recusou-se a aceitar a nomeação do novo embaixador americano em Caracas, Larry Palmer, acusando-o de ter desrespeitado a Venezuela durante as audiências no Congresso americano. Palmer afirmara na ocasião que havia dúvidas sobre a liberdade de imprensa na Venezuela, que a moral dos militares venezuelanos está baixa e denunciou as ligações do Governo Chávez aos guerrilheiros colombianos das FARC, que inclusive usariam o território venezuelano para se abrigar. Em resposta a guerra diplomática os EUA retaliaram, retirando o visto ao embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Álvarez. As relações entre os dois países complicaram-se muito desde a tentativa de golpe sofrida por Chávez em 2002. O presidente venezuelano chegou a ser deposto por dois dias e só retornou ao poder após fortes protestos populares e do empenho de outros líderes e presidentes latino-americanos. Chávez sempre acusou Washington de estar por trás do golpe. Desde então os americanos hostilizam o regime venezuelano, cada vez mais autoritário e Chávez não cansa de criticar o governo americano. Apesar das relações políticas conflitantes e difíceis, Estados Unidos e Venezuela mantêm relações comerciais importantes. No ano passado as importações de petróleo venezuelano para os Estados Unidos superam um milhão de barris por dia, e representa quase 10% das importações petrolíferas dos americanos. Na campanha para presidente Barack Obama disse claramente que os americanos têm que reduzir essa dependência do petróleo de países hostis. Da mesma forma a Venezuela de Hugo Chávez corre em busca de outros mercados, para não depender tanto do comércio com os americanos para vender o seu petróleo. Mas ambos ainda estão longe de encontrar uma solução e seguem brigando diplomaticamente e se acertando comercialmente. Foto: Reuters ESMAGANDO HILLARY- Na foto o presidente da Colômbia, Manuel Santos, Hillary Clinton, Secretaria de Estado USA, Sebastião Piñera, Presidente do Chile e Hugo Chávez, presidente da Venezuela. O site de humor venezuelano Aporrea disse que Chávez aproveitou para dá um aperto de mão esmagador, na Secretaria americana, que resistiu bravamente a dor, fingindo que sorria. |
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