BRASIL – SENADO Renan assedia sexualmente a oposição
O mafioso senador Renan Calheiros, líder do PMDB, quer ser presidente do Senado nos dois últimos anos do governo Dilma. Imaginem para quê? Dissimulado, como a Diana do Pastoril, é governo, mas, flerta abertamente com a rejeitada e fragilizada oposição, que enfrenta o dilema de aceitar o assédio de Renan ou sumir. Com espírito de “cafetão”, vai vender muito caro cada apoio que o governo precisar e cobrar libidinosamente as migalhas ofertadas à oposição
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
SANTO QUERENDO REZA - Não com bons propósitos, Renan Calheiros tornou-se um senador de dois gumes, oficialmente governista, na prática, distancia-se do PT e faz aliança com os oposicionistas PSDB e DEM”. Causa calafrios.
Postado por Toinho de Passira Fonte: Blog do Josias de Souza
O senador Renan Calheiros, com a alma lavada e enxaguada pelas urnas alagoanas, retorna ao Senado, para um novo mandato até 2018, como importante protagonista do submundo político. Ostenta, antes de começar a nova legislatura, duas vitórias, detém os títulos de Líder do PMDB, no Senado e o de pré candidato a presidência da casa a partir de 2013.
Depois da experiência do Renangate, o senador alagoano, acrescentou as suas habilidades de trator político, dossielista e chantageador mórbido, as de sutil negociador de conchavos de bastidores subterrâneos. Foi assim que conseguiu junto a Dilma Rousseff a promessa de que sucederia Sarney, apoiado pela bancada do PT no Senado.
Mas Renan não dá chances ao azar, nem confia em promessas de políticos. Sabe que se não se fizer temido, não será respeitado, nem se cumprirão os acordos. Para tanto, apesar de governista juramentado e privilegiado, estende a mão a oposição, para mostrar a Presidenta, que pode causar estragos e dores de cabeça, se não forem satisfeitos permanentemente seus libertinos desejos.
Josias de Souza, no seu Blog, comenta essa trama macabra de Renan no ciclo de poder que se estabelecerá no Senado.
“Nas próximas horas, serão rateados entre os partidos os postos de comando na Mesa diretora e nas comissões do Senado. Em combinação com o Planalto, o petismo ergueu a tese segundo a qual a divisão das poltronas deve levar em conta os blocos partidários, não os partidos.”
“Se prevalecesse tal entendimento, PSDB e DEM, já alquebrados pela artilharia eleitoral de Lula, seriam humilhados pelo PT. No comando de um bloco que inclui outros cinco partidos (PSB, PR, PRB, PCdoB e PDT), o PT desceria ao front com uma tropa de 30 senadores.”
“Renan, que dispõe da alternativa de tonificar o seu PMDB num bloco com PP e PTB, converteu seus exércitos em escudo protetor da oposição. Para o general pemedebê, prevalecem os partidos, não os blocos. A oposição perde poder, mas livra-se da asfixia tramada pelo PT e torna-se devedora de Renan.”
“Pela regra da proporcionalidade, cada partido escolherá as poltronas que deseja ocupar segundo o tamanho de sua bancada. Maior legenda do Senado, o PMDB reacomodará José Sarney (AP) na cadeira de presidente. Será a quarta presidência dele. Mais dois anos”.
"Ao desbancar o PSDB do posto de segunda maior bancada, o PT desalojará o tucanato da 1ª vice-presidência.O posto será ocupado, em sistema de rodízio, por Marta Suplicy (SP) e José Pimentel (CE). Um ano para cada um. Resta definir quem vai primeiro".
”O PMDB tem a prerrogativa de escolher mais uma posição na Mesa, a 2ª vice-presidência. Só então o PSDB, terceira maior bancada, fará a sua pedida. O tucanato cairá da 1ª vice para a 3ª Secretaria”.
"Na fila do rateio, vêm a seguir o DEM e o PTB, ambos com cinco senadores. Na legislatura que termina, os 'demos' eram 13. Saíram das urnas com seis. Mas um deles, Eliseu Resende (MG), morreu".
"Líder do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) agarra-se ao regimento para tentar “ressuscitar” Eliseu. Agripino alega que vale a conta da época da diplomação, não a de hoje".
"Seja como for, o ex-poderoso DEM terá de optar por uma secretaria subalterna –3ª ou 4ª. Num esforço para atenuar o prejuízo, Agripino rogou a Renan que o PMDB ceda para o DEM a 2ª vice-presidência. Aguarda por uma resposta.”
”Rateados os postos da Mesa diretora passa-se à divisão das comissões. São duas as mais relevantes: a de Justiça e a de Assuntos Econômicos.A primeira será do PMDB. A outra, do PT. O PSDB cobiça a de Infraestrutura, por onde passam as nomeações para agências reguladoras e os projetos do PAC.”
”Se vingasse a manobra do PT –blocos em vez de partidos— o tucanato daria adeus à Infraestrutura. Graças a Renan, conserva as chances de obter o posto. O DEM, que controlava a poderosa comissão de Justiça, terá de se contentar com coisa menos relevante – Agricultura, Assuntos Sociais ou algo assemelhado”. O futuro não parece promissor quando se constata que a oposição postou-se de quatro, submissa e receptiva, diante do libidinoso Renan Calheiros. |
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