PERNAMBUCO: As memórias do Zeppelin
PERNAMBUCO As memórias do Zeppelin Em maio de 1930 o registro histórico era visual. A chegada do Zeppelin ao Recife, no dia 22, levou multidões às ruas no final da tarde. O povo ocupava as pontes, as torres das igrejas, os tetos das casas, os terraços dos edifícios mais altos.
Foto: Arquivo Jornal do Comércio- Editorial
Também os de casa podem ali ter um encontro com um pouco de nossa história em uma década que marcou a ascensão e queda do Zeppelin. Pois foi em 1937, numa trágica coincidência no mês de maio, que se deu o fim de um sonho que apareceu várias vezes nos céus do Recife, sempre com o mesmo fascínio das multidões: naquele mês, o maior e mais celebrado dos Zeppelins, o Hindenburgo, explodiu em Lakehurst, nos Estados Unidos, interrompendo o voo dos dirigíveis com suas cinzas e uma centena de mortos. Pois nós, em Pernambuco, temos como chamar a atenção para essa década histórica do século passado, trazendo de volta alguns dos seus símbolos mais marcantes e um deles é, certamente, o Parque do Jiquiá. Motivo para o nosso reconhecimento a esse derradeiro gesto de apoio do ministro de Ciência e Tecnologia, o professor Sérgio Rezende, um carioca com tantas raízes aqui plantadas que pode muito bem ser tido como um ministro pernambucano. E não podemos perder de vista que a atenção do ministro – que foi secretário no governo Arraes e é conhecido como um dos mais importantes físicos do Brasil – não se esgota nesse marco histórico que é o Zeppelin: o investimento agora anunciado é também para um museu de ciências e um planetário, ambos instrumentos de ensino e lazer, a que nossa juventude está pouco afeita. É, pois, um grande investimento para o futuro, que deve receber nosso reconhecimento. Entretanto, como se trata de dinheiro público federal, o ministro de Ciência e Tecnologia que assume em janeiro é paulista, e a grande preocupação prevista no futuro governo é de controlar a inflação e reduzir os gastos públicos, vale recorrer aos dirigentes estaduais, a bancada federal e os dois senadores eleitos na base de apoio à presidenta Dilma Rousseff para que se mantenham vigilantes e não deixem que o museu, o planetário e a restauração da torre do Zeppelin fiquem apenas como um projeto abortado pelas contingências políticas.
Ao chegar ao Recife, pela primeira vez, a tripulação e os passageiros do Graf Zeppelin foram recebidos pelo sociólogo Gilberto Freyre - chefe de gabinete do Governador Estácio Coimbra. O comandante alemão, Hugo Eckener, ficou tão entusiasmado com a hospitalidade pernambucana que sugeriu a mudança do nome do dirigível para Pernambuco. Leia ainda no "thepassiranews" o post comemorativo dos 100 anos da chegada do Zeppelin em Recife * Acrescentamos subtítulo, fotos e legendas ao texto original |
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