CHINA – ESTADOS UNIDOS Hu Jintao em Washington
O presidente chinês vem ao encontra do presidente americano em Washington. Houve dos americanos queixas antes comuns a países em desenvolvimento em relação aos Estados Unidos, coisas como o desequilíbrio na balança comercial. Numa situação antes impensável, os americanos estão de pires na mão, em meio a uma crise econômica renitente enquanto a economia chinesa parece cada vez mais robusta e intransponível. Os analistas disputam datas cada vez mais próximas, para determinar quando a economia chinesa vai ultrapassar a americana. Alguns apressados dizem que isso já aconteceu.
Foto: Pete Souza/White House
Durante a cerimônia de recepção do presidente chinês Hu Jintao, Obama põe a mão no peito, durante a execução do Hino dos Estados Unidos
Postado por Toinho de Passira Fontes: Terra , White House, BBC Brasil, Cidade Verde, The New York Times, Stern, The Guardian, China Daily
O presidente chinês foi recebido na Casa Branca com honras militares na manhã desta quarta-feira.
A visita de Hu aos Estados Unidos tem sido considerada por analistas a mais importante de um líder chinês desde 1979, quando as relações diplomáticas entre os dois países foram normalizadas.
A viagem ocorre em um momento tenso nas relações bilaterais, com divergências sobre uma série de temas, entre eles comércio, segurança e a questão cambial.
Na entrevista coletiva, após um encontro fechado com o presidente chinês, Obama disse que a “relação positiva, construtiva e de cooperação” entre os dois países é boa para os Estados Unidos, para a China e para o mundo.
Como convinha, Obama tocou apenas nos pontos em que os dois países concordaram ultimamente. Falou das parcerias no G20, para tentar a recuperação da economia global, da concordância chinesa em alinhar com os americanos aprovando no Conselho de Segurança da ONU sanções mais fortes contra o programa nuclear do Irã, as tentativas, nem sempre afinadas, de reduzir as tensões na península coreana “e, mais recentemente, nós saudamos o apoio da China ao referendo histórico no sul do Sudão.”
Foto: Pete Souza/White House
Em encontro com Hu, Obama disse que a “ascensão pacífica” da China é uma boa notícia para os EUA
“Ao olharmos para o futuro, o que é necessário, eu acredito, é um espírito de cooperação que também seja de competição amigável, concluiu Obama.
Os dois presidentes também prometeram cooperar para resolver a disputa a respeito da moeda chinesa, o yuan.
Os Estados Unidos acusam a China de manter o yuan artificialmente desvalorizado, o que levaria a vantagens competitivas para suas exportações.
Obama afirmou ter dito a Hu que o valor do yuan deve ser determinado pelo mercado.
O déficit na balança comercial com a China preocupa os americanos.
Os Estados Unidos importam US$ 344,1 bilhões da China, e exportam somente US$ 81,8 bilhões.
Hu disse que as discussões com Obama foram “sinceras, pragmáticas e construtivas”.
O presidente chinês afirmou ainda que há muitas áreas em que China e Estados Unidos podem cooperar, e que os dois países vão continuar a resolver suas divergências de maneira apropriada e com respeito mútuo.
Foto: Getty Images
A entrevista coletiva com a imprensa americana
Há informações que o presidente americano, Barack Obama, falou com Hu Jintao, sobre o caso do dissidente chinês, Prêmio Nobel da Paz, Liu Xiaobo. Mas esse tema teria sido em caráter reservado, revelado por um diplomata americano mantido em anonimato.
"O presidente falou do caso de Liu", indicou este funcionário a jornalistas sob condição de anonimato, informando que Obama repetiu sua opinião, segundo a qual a liberdade de expressão constitui um direito universal.
Obama pediu em várias ocasiões às autoridades chinesas que libertem Liu, que conquistou em 2010 o Prêmio Nobel da Paz. O nome do dissidente, entretanto, não foi mencionado durante a coletiva de imprensa comum desta quarta-feira dos dois presidentes.
Foto: Samantha Appleton/White House
Este foi o oitavo encontro entre Obama e Hu
O assunto, Direitos Humanos, foi mencionado apenas em tese, pelo presidente da China, Hu Jintao, concordando que “muito ainda precisa ser feito” em relação aos direitos humanos em seu país.
Hu disse que a China fez “enormes progressos reconhecidos no mundo” em relação aos direitos humanos.
O líder chinês disse ainda que a China pretende continuar a manter discussões sobre direitos humanos com base no respeito mútuo e na não-interferência em seus assuntos internos.
No mesmo tom, Obama afirmou que as diferenças entre os Estados Unidos e a China em relação aos direitos humanos são às vezes “motivo de tensão”.
“Eu acredito que parte da justiça e parte dos direitos humanos é conseguir ganhar seu sustento e ter o suficiente para comer e ter abrigo e ter eletricidade”, disse Obama.
O presidente americano disse que a “ascensão pacífica” da China é boa para os Estados Unidos.
“Os Estados Unidos têm interesse em ver centenas de milhões de pessoas saindo da pobreza”, afirmou Obama. O presidente chinês chegou a Washington na tarde de terça-feira e, após ser recebido pelo vice-presidente, Joe Biden, participou de um jantar privado na Casa Branca.
Nesta quarta-feira, Hu e Obama participaram de um encontro entre líderes empresariais chineses e americanos.
Foto: Getty Images
Durante o jantar o presidente Obama ergue um brinde em homenagem a China e ao presidente Jintao
À noite, foi oferecido um jantar de Estado na Casa Branca em homenagem ao líder chinês.
Nesta quinta-feira, Hu visitou o Congresso americano e se reunir com líderes republicanos e democratas, antes de partir para Chicago, última parada de sua visita aos Estados Unidos.
CHEGADA À RECEPÇÃO NA CASA BRANCA
Foto: Doug Mills/ The New York Times
Michelle Obama foi a rainha da noite, aclamada pelo vestido de organza de seda com detalhes em preto criado por Sarah Burton da grife britânica de Alexander McQueen. A coluna de moda do "New York Times" foi só elogios. "Sua escolha tinha pompa certa para mostrava a importância do jantar de Estado". O "Los Angeles Times" diz que os rumores sobre o fim do bom gosto característico de Michelle estão acabados. "O pescoço assimétrico é incrível e a cor vermelha sem dúvida é uma saudação à China".
Foto: Pete Souza/White House
O jornal britânico "Guardian" também trouxe a foto da primeira-dama, Michelle Obama, em seu glamour vermelho. Kate Betts, autora de um livro sobre o estilo de Michelle, diz que era de se esperar a escolha por uma marca americana. "Mas ela é sempre surpreendente e é por isso que todos nós somos arrebatados por ela".".
Foto: Brendan Smialowski/Getty Images
Entre os convidados o astro chinês, de filmes de ação e comédia, Jackie Chan
Foto: Jonathan Ernst/Reuters
A cantora e atriz Barbra Streisand chegou acompanhada do seu marido, James Brolin. Perguntada por que havia sido convidada, respondeu sorrindo que havia “trabalhado em um restuarante chinês."
Foto: Brendan Smialowski/Getty Images
A famosa estilista chinesa, radicada no Estados Unidos, Vera Wang, acompanhada do marido Arthur Becker.
Foto: Brendan Smialowski/Getty Images
Anna Wintour, editora chefe da Vogue Americana, acompanhada do seu boy-friend Shelby Bryan.
Foto: JonathanErnst-Reuters
O ex-Secretário de Estado Americanos Henry Kissinger e sua esposa Nancy. Kissinger ofi um diplomata americano, de nascido alemão de origem judaica, nacionalisado americano, uma lenda na história da politica externa dos Estados Unidos entre os anos 1968 e 1976.
Conselheiro político de inúmeros presidentes americanos foi nomeado por Richard Nixon como Secretário de Estado. Ganhou o Premio Nobel da Paz, por sua atuação do cessar fogo na guerra do Vietnã. Durante sua gestão aproximou de forma decisiva os Estados Unidos da República Popular da China. |
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