23 de jan. de 2011

TRAGÉDIA CARIOCA: “Um investimento de R$ 36 milhões, teriam sido



HUMBERTO- Jornal do Comércio (PE)


TRAGÉDIA CARIOCA
“Um investimento de R$ 36 milhões, teriam sido
suficiente para evitar as centenas de mortes”

– afirmou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, numa comissão do Senado, nesta semana. A afirmação irretocável, de um técnico respeitado, sepulta, junto com mais de mil mortos, as desculpas esfarrapadas de Dilma defendendo o governo Lula

Foto: Jose Cruz/Ag Senado
Luiz Antônio exibindo documentos que comprovam que o governo Lula vetou os investimentos na área de prevenção de catastrofes

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Wall Stree Journal, Portal Terra, Portal Senado, G1, O Dia

O secretário demissionário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, falando no Senado explicou porque as tragédias brasileiras continuam vitimando tantas pessoas, quando a maioria delas poderia ser salva se o governo tivesse feito a sua parte.

Luiz Antônio disse que há cerca de dois anos foi montado o protótipo de um sistema de radares para monitorar e alertar sobre tragédias como a que atingiu o Rio e já vitimou oficialmente quase mil pessoas.

“O Rio de Janeiro sabia que a chuva ia acontecer. O radar disse que ia acontecer, mas não tinha um sistema (de alerta) e o radar ficou com aquilo [a informação] na mão, que não foi pra lugar nenhum”.

Segundo ele, o protótipo exigia um investimento inicial de R$ 36 milhões que evitaria, grande parte das mortes ocorridas na Região Serrana do estado.

“Se gastarmos R$ 36 milhões ao longo deste ano, no ano que vem não morre ninguém. Não é uma coisa mágica. A pessoa fica olhando os radares, vê a quantidade de chuva que está caindo e fala para a Defesa Civil: “tira as pessoas de lá”, disse.

Agora se compreende melhor as declarações surrealistas da presidenta Dilma Rousseff, fez durante sua visita as áreas da catástrofe, acompanhada do governador Sérgio Cabral.

”O Rio vive um momento muito forte"(!?)disse a presidenta sem explicar bem o que significava isso. A frase era tão inexpugnável quanto algumas áreas atingidas pelas chuvas.

Na etapa seguinte desandou a defender o presidente Lula: "Agora vou defender o presidente Lula." E acrescentou "O Minha Casa, Minha Vida não investe em área de risco. Nós não incentivamos a população a construir em área de risco".

A defesa intempestiva de Dilma ao presidente Lula, quando ninguém o acusava de nada, soa como uma confissão de culpa. Qualquer investigador sabe que alguém com a consciência pesada, toma uma atitude defensiva mesmo que não esteja sendo acusado. Naquele instante o que se esperava dela era solidariedade e gerenciamento, indicando, diante da tragédia, quais providências o governo federal iria tomar para minorar o sofrimento dos atingidos.

Mas para ela todos aqueles corpos soterrados a apontavam e mais cedo ou mais tarde os vivos iriam perceber. Assim sentindo-se pressionada acionou o com o seu cacoete de mentir, “para defender comparsas” coisa que se diz orgulhar.

No caso porém, há uma sutileza fundamental, ao defender o presidente Lula, naquela momento específico, ela estava inicialmente admitindo que ele precisava ser defendido, como se soubesse, mais que o resto da sociedade, que ele poderia ser culpabilizado pelo resultado da tragédia. O que só ficou claro agora com as declarações de Luiz Antônio Barreto de Castro, no Senado.

O mais interessante disso tudo é que enquanto simulava defender Lula, Dilma, na verdade o estava expondo como possível culpado, tentando tirar de si, como gerente dos programas do governo, a responsabilidade, de ter vetado os investimentos para a área de prevenção de acidentes.

Enquanto inventavam gastos bilionários, submarinos atômicos, aviões de caça, trem bala, Olimpíadas, Copa do mundo, deixavam que as pessoas ficassem a própria sorte.

Contabilize-se, pois, como co-responsáveis pelas mortes da tragédia do Rio, a dupla Dilma-Lula, tendo como coadjuvante importante o governador Sérgio Cabral.

Ironicamente, depois da catástrofe, Dilma anunciou que vai implantar um novo sistema de prevenção de acidente, mas que só ficará pronto daqui há quatro anos. Tradução: todas as falhas na prevenção de acidentes que acontecerem durante o seu governo serão de responsabilidade dos governos anteriores, pois o seu sistema só ficará pronto, quando o seu governo acabar.

Pelo visto, ao invés de resolver a questão presidenta Dilma Rousseff está mais preocupada em tirar algo seu da reta, nem que para isso tenha que por o de Lula.

Foto: Roberto Ferreira/Agência O Dia

Em Teresópolis, os mortos enterrados na Lama, em covas numeradas


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