AFEGANISTÃO: Al Qaeda assume atentado que matou agentes da CIA
AFEGANISTÃO Al Qaeda assume atentado que matou agentes da CIA Os Um agente duplo, passou-se por agente americano, jordaniano, mais era um braço armado suícida da Al Qaeda
Foto: Alzajzeera
Fontes: The New York Times, Reuters , BBC Brasil, Reuters
AO ataque na base da CIA desferiu um golpe devastador às operações da agência de espionagem contra os militantes nas regiões montanhosas do Afeganistão, eliminando uma equipe de elite que usava um informante com credenciais impecáveis de jihadista. O ataque adiou ainda mais a esperança de destruir a Al Qaeda, além de também parecer uma evidência potente da capacidade da rede de contra-atacar seus adversários americanos. Ele também colocou em risco as relações entre a CIA e o serviço de espionagem jordaniano, cujas autoridades garantiram o suposto informante. O serviço jordaniano, chamado de Departamento Geral de Inteligência, há anos é um dos aliados mais estreitos e úteis da CIA no Oriente Médio. O homem-bomba conseguiu enganar a segurança da base e não foi revistado por causa de seu suposto valor como alguém que poderia levar as forças americanas aos altos líderes da Al Qaeda. Atuais e ex-funcionários americanos da CIA disseram na segunda-feira que devido à formação de médico de Mohammed, ele poderia ter sido recrutado para descobrir o paradeiro de Ayman al Zawahiri, o médico egípcio que é o segundo em comando da Al Qaeda. Altos funcionários da agência viajaram de Cabul para Khost para a reunião com o informante, um sinal de que a CIA confiava no informante e que estava ávida em saber o que extraiu das operações em campo, segundo um ex-funcionário da CIA com experiência no Afeganistão. Foto: Yousef Allan/European Pressphoto Agency O agente jordaniano, o capitão Sharif Ali bin Zeid, foi a oitava pessoa morta na explosão. A morte de Zeid foi informada nos últimos dias pelas autoridades jordanianas, mas elas não confirmaram onde especificamente ele foi morto ou o que estava fazendo no Afeganistão.
O incidente também foi embaraçoso para as autoridades jordanianas, que não queriam que a profundidade de sua cooperação com a CIA fosse revelada para os seus próprios cidadãos ou para outros árabes na região. Os Estados Unidos, e a CIA em particular, são profundamente impopulares na Jordânia, onde pelo menos metade da população é de origem palestina e onde o apoio de Washington a Israel é amplamente condenado. O rei Abdullah 2º e seu governo, apesar de trabalhar estreitamente com Washington em operações de contraterrorismo, além de fornecer apoio estratégico para as operações no Iraque, tenta rotineiramente manter esse trabalho em segredo. No passado, as autoridades jordanianas criticavam privativamente os serviços de inteligência americanos, dizendo que dependiam demais de tecnologia e não o suficiente de agentes capazes de operações de infiltração. Em 2006, os jordanianos receberam o crédito por terem ajudado a localizar e matar Abu Musab al Zarqawi, o líder da Al Qaeda na Mesopotâmia. A CIA se recusou a comentar sobre as circunstâncias do atentado no Afeganistão. Atuais e ex-funcionários da inteligência americana disseram que a base da CIA em Khost era usada para coletar inteligência sobre as redes militantes na região da fronteira. Os agentes da CIA na base usavam a informação para planejar ataques contra os líderes da Al Qaeda e do Taleban, além dos principais agentes da rede Haqqani. Foto: Steve Ruark/Associated Press
Os restos mortais dos sete agentes da CIA mortos no ataque chegaram em um avião militar à base da Força Aérea em Dover, na segunda-feira, onde foi realizada uma cerimônia privada. O evento contou com a presença do diretor da CIA, Leon Panetta, e parentes dos agentes mortos. Foto: Associated Press
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário