23 de ago. de 2010

Manhã de medo na Cidade Maravilhosa

BRASIL – RIO DE JANEIRO
Manhã de medo na Cidade Maravilhosa
Uma perseguição policial acabou com a invasão de um grupo de bandidos, num um hotel de luxo, em São Conrado, onde havia 1.500 hospedes entre os quais 300 estrangeiros. Os bandidos fizeram 35 reféns, mas acabaram se rendendo após negociação. Apesar do medo e do pânico, apenas uma pessoa morreu, uma mulher, que pertencia ao grupo de traficantes. Obviamente por causa desses fatos a violência no Rio acabou virando manchete nos jornais e sites de todo o mundo

Foto: El Pais/AFP

IMAGEM DO RIO - Essa foi a imagem do Rio exibida pelos principais sites do mundo. O hotel Intercontinental transformado em zona de guerra.

Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Extra, BBC Brasil, The New York Times, O Globo, El Pais, Chicago Tribune

O Estado do Rio de Janeiro é um dos mais violentos do Brasil, registra a cada ano mais de 40 mil assassinatos, gerando uma taxa anual de 23,8 homicídios a cada 100 mil habitantes, na América latina só perde para a Caracas, na Venezuela.

Dissipado os primeiro momentos após o dia de violência vivido no Rio de Janeiro, no último sábado, quando bandidos perseguidos pela polícia, entraram no Hotel Intercontinental, um cinco estrelas, em São Conrado, começam a surgir versões que tenta explicar o estranho incidente, comentando pelos mais importantes órgãos de imprensa do mundo.

Segundo o jornal O Globo, uma operação não autorizada pelo comando da Segurança Pública feita por 12 policiais militares, para tentar prender o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o ”Nem”, chefe do tráfico nas favelas do Vidigal e da Rocinha, estaria por trás da manhã de terror vivida neste sábado por centenas de turistas e moradores de São Conrado.

Os policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 23º BPM (Leblon) foram informados da presença do bandido na Favela do Vidigal, ainda de madrugada. O traficante ““Nem”” estaria em uma festa acompanhado de ao menos 60 traficantes armados com fuzis, metralhadoras e pistolas. Ele chegou à favela por volta de 5h, anunciando bebida de de graça para os cúmplices e moradores. Ao deixar a comunidade, às 7h15m, os policiais - todos à paisana - tomaram um dos acessos da Avenida Presidente João Goulart, principal ligação entre a Avenida Niemeyer e o alto do morro, e ficaram esperando, escondidos.

Foto: Cleber Junior/Extra

BANDIDOS PRESOS NA OPERAÇÃO: - Esses são os bandidos que haviam feitos reféns e foram presos pela polícia, após negociação e as armas que conduziam

Surpreendidos pelos PMs, “Nem” e seu bando, que seguiam em comboio para a Favela da Rocinha, reagiram a tiros. A intensa troca de tiros aconteceu por volta das 7h30m.

Moradores do Vidigal confirmaram que “Nem” e seus cúmplices estavam numa festa no alto da favela, no final da Avenida João Goulart, uma das principais ruas da comunidade. Segundo fontes do GLOBO, “‘Nem” e seus cúmplices obrigaram a dois motoristas de Vans, do Vidigal, que os transportassem até a Rocinha, quando o grupo cruzou com policiais militares e começou o tiroteio.

Segundo o coronel Paulo Henrique Moraes, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), há suspeitas de que “Nem” tenha se ferido durante o confronto, mas a polícia não sabe de seu paradeiro.

Na ação, 35 pessoas foram feitas reféns. Entre elas havia cinco hóspedes estrangeiros do Hotel Intercontinental.

Foto: Domingos Peixoto/O Globo

Adriana Medeiros, que tinha um mandato de prisão expedido pela Justiça e trabalhava para o tráfico da Rocinha foi a única vítima fatal do confronto

Duas pessoas ficaram feridas. Elas foram socorridas e levadas para o Hospital Miguel, Couto na Gávea.

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