Brigadas de combate dos EUA deixam o Iraque
ESTADOS UNIDOS – IRAQUE Brigadas de combate dos EUA deixam o Iraque As últimas tropas de combate dos Estados Unidos no Iraque estão deixando o país ocupado, antes do previsto para sua retirada. A última brigada já atravessou a fronteira que separa o Iraque do Kuwait, cerca de sete anos após a invasão liderada pelos norte-americanos, para derrubar o ditador iraquiano, Saddam Hussein. Com a saída desse grupo, os Estados Unidos que ocupou o país desde 2003, quando teve início a “Operação Liberdade Iraquiana”, considera a missão de combate no Iraque, terminada, embora 50 mil militares ainda vão permanecer no país.
Foto: Maya Alleruzzo/Associated Press Toinho de Passira A última brigada de combate dos Estados Unidos deixou o Iraque nesta quinta-feira, mas 50.000 soldados americanos permanecerão no país para treinar as Forças Armadas iraquianas. "Os últimos soldados cruzaram a fronteira por volta das 6H00 (0H00 de Brasília)", declarou à AFP o tenente-coronel Eric Bloom, porta-voz militar americano, quase sete anos e meio depois da invasão liderada por Washington e após a morte de centenas de milhares de pessoas. "É a última brigada de combate, o que não quer dizer que não existam mais tropas de combate no Iraque", acrescentou o porta-voz. "Ainda restam alguns dias para limpar e preparar os equipamentos, alistá-los para o envio e depois partir para os Estados Unidos", completou Bloom. Foto: Maya Alleruzzo/Associated Press O capitão Russell Varnado, de Camp Arifjan, uma base 70 km ao sul do Kuwait, indicou à AFP que as tropas se preparam para retornar em breve para casa, mas sem revelar a data precisa. O Kuwait abriga, no deserto perto da fronteira com o Iraque, vários acampamentos militares americanos e uma base naval, que foram utilizados durante a invasão do Iraque em 2003. Quase 56.000 soldados americanos continuam no Iraque, mas o número vai cair a 50.000 até 1º de setembro. Foto: David Leeson . Nesta data, Washington dará por encerrada a missão de combate e passará a uma de treinamento e assessoria das tropas iraquianas. A missão americana mudará seu nome de "Operação Liberdade Iraquiana" para "Operação Novo Amanhecer". Os 6.000 soldados restantes estão espalhados por todo o país, segundo a capitã Sarah Baumgardner, porta-voz do exército. "Continuaremos com nossa retirada responsável até alcançá-la em 1º de setembro", afirmou o general Stephen Lanza ao canal MSNBC. Lanza destacou que o objetivo passará "de operações de combate para operações de estabilização". Foto: Reuters Os 50.000 militares americanos que permanecerão no Iraque deverão deixar o país no fim de 2011 em virtude de um acordo assinado pelos dois países em novembro de 2008. O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, destacou a MSNBC o que chamou de "momento histórico", mas ressaltou que o compromisso de Washington no Iraque é sólido e de longo prazo.
"Não o fim de algo, e sim uma transição para algo diferente", declarou Crowley, no momento em que a emissora exibia imagens de veículos blindados cruzando a fronteira.
O conflito no Iraque, que matou a 4.400 americanos e resultou em gastos de um trilhão de dólares, tem um "custo elevado", segundo Crowley. Em um documento com data de 18 de agosto, disponibilizado no site da Casa Branca, o presidente Obama celebra o fim da missão de combate, sem fazer referência à data de saída das últimas unidades de combate. A O comandante do Estado-Maior iraquiano, general Babaker Zebari, advertiu que a retirada total do exército americano no fim de 2011 será prematura, porque na opinião dele as forças nacionais não terão condições de garantir plenamente a segurança do país antes de 2020. A retirada acontece no momento em que o Iraque passa por uma profunda crise política: cinco meses depois das eleições legislativas, os dois principais partidos políticos não chegam a um acordo para formar um novo governo. Foto: Associated Press |
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